Multiplicação de Pseudomonas fluorescens em temperaturas de refrigeração e seu potencial proteolítico

A multiplicação de estirpes de Pseudomonas fluorescens 07A e 041 em condições de refrigeração foi avaliada neste trabalho, bem como seu potencial proteolítico usando-se ágar-leite e azocaseína como substrato. Foi possível observar a multiplicação dos isolados nas temperaturas de refrigeração, sendo que ocorreu um aumento da multiplicação na medida em que se aumentou a temperatura e o período de estocagem. A atividade proteolítica dos isolados foi demonstrada pelo ágar-leite, sendo que a do isolado 07A foi superior à de 041, o que também foi observado pela técnica de azocaseína. Esse resultado se deve à variabilidade genética entre os microrganismos psicrotróficos e a expressão de suas enzimas proteolíticas. A legislação brasileira preconiza o uso de temperaturas de refrigeração para o armazenamento do leite cru na propriedade rural e no estabelecimento processador. Entretanto, as temperaturas estabelecidas não inibem a multiplicação de microrganismos psicrotróficos. Portando, é imprescindível assegurar a adoção de boas práticas de produção para evitar contaminações, além do controle efetivo do tempo e da temperatura de estocagem do leite cru para se evitar a sua contaminação durante a produção e não comprometer a sua qualidade e de seus derivados.