O espaço discursivo de bibliotecas: o caso de livros infantis

Neste artigo, filiados à Análise do Discurso materialista, à História das Ideias Linguísticas e à História do Livro (compondo aquilo que temos chamado de História Discursiva dos Livros), nos propomos a lançar um olhar para o espaço das bibliotecas, pensando-as inicialmente como instituições e, posteriormente, como metáfora. No estudo em tela, observamos, então, como essas instituições têm seus sentidos deslizados para livros infantis, livros-brinquedo (como a Minha pequena biblioteca, da Fisher-Price), que, ao lançar categorizações das coisas a saber fundamentais da infância, acabam por significar raças e gêneros dos corpos da formação social.