O uso dos filtros de aparência do Instagram como experiências de padrões estéticos estruturados às mulheres pela sociedade

Esta pesquisa, de natureza qualitativa e aplicada, investiga o fenômeno social do uso dos filtros de aparência do Instagram, uma vez que esta categoria de filtros, através dos critérios de usabilidade, é aceita como experiência técnica do usuário, mas representa e reproduz nas suas interfaces os padrões brancos, magros e jovens estruturados pela sociedade às mulheres. Este fenômeno é aqui analisado por meio da interação e da decomposição dos elementos visuais da interface que reforçam esses padrões estruturados socialmente, do refinamento tecnológico que intensifica a interação com essa ferramenta e dos princípios de usabilidade que facilitam o seu manuseio. Já seus procedimentos metodológicos envolvem a pesquisa bibliográfica sobre padrões de beleza e postulados de usabilidade, e uma análise de campo interativa na plataforma Instagram. Para tanto, utilizou-se de uma amostra de seis filtros com edições imagéticas selecionadas devido as suas escalas de representação dos padrões estéticos e de seu alcance na rede. Por fim, realizou-se entrevistas semi-estruturadas com mulheres usuárias de filtros de aparência no Instagram, que relataram as consequências e interferências dos filtros na aceitação das subjetividades dos seus corpos.