Clusters da heterogeneidade da coinfecção tuberculose-HIV no Brasil: um estudo geoespacial

OBJETIVO: Analisar a geoespacialização da coinfecção tuberculose-HIV no Brasil, de 2010 a 2021, e a correlação com indicadores socioeconômicos, habitacionais e sanitários. MÉTODOS: Estudo ecológico dos municípios e estados brasileiros, com dados dos sistemas de informação do HIV e da tuberculose, pr...

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Veröffentlicht in:Revista de saúde pública 2024-03, Vol.58 (1), p.10
Hauptverfasser: Monroe, Aline Aparecida, Lima, Lucas Vinícius de, Pavinati, Gabriel, Bossonario, Pedro Augusto, Pelissari, Daniele Maria, Alves, Kleydson Bonfim Andrade, Magnabosco, Gabriela Tavares
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:OBJETIVO: Analisar a geoespacialização da coinfecção tuberculose-HIV no Brasil, de 2010 a 2021, e a correlação com indicadores socioeconômicos, habitacionais e sanitários. MÉTODOS: Estudo ecológico dos municípios e estados brasileiros, com dados dos sistemas de informação do HIV e da tuberculose, previamente relacionados pelo Ministério da Saúde. Foram calculados os coeficientes brutos e suavizados pelo método bayesiano empírico local de incidência da coinfecção, por 100 mil habitantes, na população entre 18 e 59 anos. Empregaram-se os índices de Moran univariado (identificação de clusters) e bivariado (correlação com 20 indicadores). RESULTADOS: Foram registrados 122.223 casos de coinfecção no Brasil, de 2010 a 2021, com coeficiente médio de 8,30/100 mil. As regiões Sul (11,44/100 mil) e Norte (9,93/100 mil) concentraram a maior carga das infecções. Houve queda dos coeficientes no Brasil, em todas as regiões, nos anos de covid-19 (2020 e 2021). Os maiores coeficientes foram visualizados nos municípios do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso do Sul e do Amazonas, com aglomerados alto-alto nas capitais, em regiões de fronteira e no litoral do país. Os municípios pertencentes aos estados de Minas Gerais, da Bahia, do Paraná e do Piauí apresentaram clusters baixo-baixo. Houve correlação direta com os índices de desenvolvimento humano e as taxas de aids, bem como indireta com a proporção de pobres ou vulneráveis à pobreza e o índice de Gini. CONCLUSÕES: A análise espacial da coinfecção tuberculose-HIV demonstrou heterogeneidade no território brasileiro e comportamento constante ao longo do período, revelando clusters com municípios de alta carga, principalmente nos grandes centros urbanos e nos estados com ocorrência elevada do HIV e/ou da tuberculose. Esses achados, além de trazerem um alerta para os efeitos da pandemia da covid-19, podem incorporar o planejamento estratégico para o controle da coinfecção, visando à eliminação dessas infecções como problemas de saúde pública até 2030. OBJECTIVE: To analyze the geospatialization of tuberculosis-HIV coinfection in Brazil, from 2010 to 2021, and the correlation with socioeconomic, housing, and health indicators. METHODS: An ecological study of Brazilian municipalities and states, with data from HIV and tuberculosis information systems, previously reported by the Ministry of Health. The crude and smoothed coefficients were calculated by the local empirical Bayesian method of incidence of coinfection per 100,000 inha
ISSN:0034-8910
1518-8787
DOI:10.11606/s1518-8787.2024058005531