Padrões de amamentação e fatores associados ao desmame precoce na Amazônia ocidental

OBJETIVO: Caracterizar os padrões de amamentação nos primeiros seis meses de vida e fatores associados ao desmame precoce numa coorte de nascidos vivos em Rio Branco, Acre. MÉTODOS: Estudo prospectivo com nascidos vivos entre abril e junho de 2015. As entrevistas com as mães ocorreram logo após o na...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Revista de saúde pública 2021-05, Vol.55, p.21
Hauptverfasser: Martins, Fernanda Andrade, Ramalho, Alanderson Alves, Andrade, Andréia Moreira de, Opitz, Simone Perufo, Koifman, Rosalina Jorge, Silva, Ilce Ferreira da
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:OBJETIVO: Caracterizar os padrões de amamentação nos primeiros seis meses de vida e fatores associados ao desmame precoce numa coorte de nascidos vivos em Rio Branco, Acre. MÉTODOS: Estudo prospectivo com nascidos vivos entre abril e junho de 2015. As entrevistas com as mães ocorreram logo após o nascimento e entre 6 e 15 meses pós-parto. Na alta hospitalar, o aleitamento foi definido em exclusivo (AME) e materno (AM). No seguimento, os padrões de amamentação foram AME, aleitamento materno predominante (AMP) e AM. A interrupção da amamentação nos primeiros seis meses foi classificada como desmame precoce. Utilizou-se o método de Kaplan Meier (log-rank: 95%) para estimar a probabilidade condicional de mudança no padrão de amamentação e risco de desmame. Os fatores associados ao desmame e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram analisados pela regressão proporcional de Cox bruta e ajustada. RESULTADOS: Participaram do estudo 833 lactentes que na alta hospitalar estavam em AME (95,4%) e AM (4,6%). A probabilidade do lactente em AME na alta hospitalar permanecer em AME, ou se tornar AMP ou AM, aos seis meses, foi de 16,4%, 32,3% e 56,5% respectivamente. A probabilidade de desmame aos seis meses foi estaticamente maior para lactentes em AM na alta hospitalar (47,4%) em comparação com aqueles em AME (26%). Mostraram-se associados ao desmame precoce: o AM na alta hospitalar (HR = 1,82; IC95% 1,06–3,11), ausência de amamentação cruzada praticada pela mãe (HR = 2,50; IC95% 1,59–3,94), usar chupeta (HR = 6,23; IC95% 4,52–8,60), pretender amamentar por menos de seis meses (HR = 1,93; IC95% 1,25–2,98), não amamentar na primeira hora de vida (HR = 1,45; IC95% 1,10–1,92) e consumir álcool na gestação (HR = 1,88; IC95% 1,34–2,90). CONCLUSÃO: Comparados aos lactentes em AME, aqueles em AM, na alta hospitalar, apresentaram maior probabilidade de desmame. Esforços em saúde pública devem priorizar o AME na alta hospitalar, promover amamentação na primeira hora de vida e orientar sobre os riscos do consumo de álcool na gestação, amamentação cruzada e uso de chupeta.
ISSN:0034-8910
1518-8787
DOI:10.11606/s1518-8787.2021055002134