Uma cidade pós‑criativa?
Na década de 1990, a reabilitação urbana de base cultural tornou‑se regra na Europa, legitimada pelo conceito de cidade criativa. Em alguns casos, esse processo levou a uma marginalização de culturas locais; noutros, a esperada nova prosperidade não se concretizou com a estetização do espaço e o res...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Revista crítica de ciencias sociais 2012, p.09-30 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | por |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | Na década de 1990, a reabilitação urbana de base cultural tornou‑se regra na Europa, legitimada pelo conceito de cidade criativa. Em alguns casos, esse processo levou a uma marginalização de culturas locais; noutros, a esperada nova prosperidade não se concretizou com a estetização do espaço e o resultante do enobrecimento urbano (gentrification). A cidade criativa é uma cidade socialmente fragmentada na qual se valoriza a cultura entendida como as artes, em detrimento da cultura enquanto articulação de valores partilhados no quotidiano. Contudo, a crise financeira de 2008 intercetou esta trajetória, proporcionando uma oportunidade para reavaliar o conceito de cidade criativa e os seus valores implícitos. Têm aparecido alternativas, nomeadamente o movimento Ocupa e a arte ativista. Poderá existir uma cidade pós‑criativa? Poderá a imaginação criativa de uma diversidade de grupos urbanos levar a novas formações sociopolíticas e culturais? Isso constituiria possivelmente uma outra revolução urbana. |
---|---|
ISSN: | 0254-1106 2182-7435 |
DOI: | 10.4000/rccs.5091 |