Internações e reinternações psiquiátricas em um hospital geral de Porto Alegre: características sociodemográficas, clínicas e do uso da Rede de Atenção Psicossocial

RESUMO: Introdução: O fenômeno da porta giratória é caracterizado por repetidas e frequentes reinternações psiquiátricas. Objetivo: Investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) associadas às internações e às reintern...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de epidemiologia 2017-09, Vol.20 (3), p.460-474
Hauptverfasser: Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho, Silveira, Luísa Horn de Castro, Rocha, Cristianne Maria Famer, Rocha, Kátia Bones
Format: Artikel
Sprache:por
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creator Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho
Silveira, Luísa Horn de Castro
Rocha, Cristianne Maria Famer
Rocha, Kátia Bones
description RESUMO: Introdução: O fenômeno da porta giratória é caracterizado por repetidas e frequentes reinternações psiquiátricas. Objetivo: Investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) associadas às internações e às reinternações psiquiátricas de usuários de um hospital geral de Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal realizado com uma amostra de 96 participantes. Resultados: Mais da metade da amostra (53,1%) era do sexo feminino, 51% eram solteiros e a idade média foi de 44,33 anos. Dos dados clínicos, 36,5% (n = 35) dos usuários estavam em sua primeira internação e 36,5% (n = 35) preencheram o critério para reinternação frequente. Os resultados mostraram que usuários com reinternações frequentes referiam um número significativamente menor de pessoas com as quais consideravam que poderiam contar. Já os usuários de primeira internação viviam com um número significativamente maior de pessoas que o restante da amostra e possuíam, com menor frequência, vínculo com serviço de saúde, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Em relação ao acompanhamento na rede, 34,4% da amostra não frequentava nenhum serviço da RAPS antes da internação à época do estudo e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Conclusão: Destacamos a importância do hospital como ponto articulador da rede e estratégico para realizar a ponte com os serviços da RAPS. Apesar de a literatura internacional investigar e registrar o fenômeno da porta giratória, percebe-se que esse é um campo que necessita de maiores investigações no território brasileiro.
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Objetivo: Investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) associadas às internações e às reinternações psiquiátricas de usuários de um hospital geral de Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal realizado com uma amostra de 96 participantes. Resultados: Mais da metade da amostra (53,1%) era do sexo feminino, 51% eram solteiros e a idade média foi de 44,33 anos. Dos dados clínicos, 36,5% (n = 35) dos usuários estavam em sua primeira internação e 36,5% (n = 35) preencheram o critério para reinternação frequente. Os resultados mostraram que usuários com reinternações frequentes referiam um número significativamente menor de pessoas com as quais consideravam que poderiam contar. Já os usuários de primeira internação viviam com um número significativamente maior de pessoas que o restante da amostra e possuíam, com menor frequência, vínculo com serviço de saúde, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Em relação ao acompanhamento na rede, 34,4% da amostra não frequentava nenhum serviço da RAPS antes da internação à época do estudo e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Conclusão: Destacamos a importância do hospital como ponto articulador da rede e estratégico para realizar a ponte com os serviços da RAPS. Apesar de a literatura internacional investigar e registrar o fenômeno da porta giratória, percebe-se que esse é um campo que necessita de maiores investigações no território brasileiro.</description><identifier>ISSN: 1415-790X</identifier><identifier>DOI: 10.1590/1980-5497201700030009</identifier><language>por</language><publisher>Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva</publisher><subject>Health Policy &amp; Services</subject><ispartof>Revista brasileira de epidemiologia, 2017-09, Vol.20 (3), p.460-474</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,860,881,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Zanardo, Gabriela Lemos de Pinho</creatorcontrib><creatorcontrib>Silveira, Luísa Horn de Castro</creatorcontrib><creatorcontrib>Rocha, Cristianne Maria Famer</creatorcontrib><creatorcontrib>Rocha, Kátia Bones</creatorcontrib><title>Internações e reinternações psiquiátricas em um hospital geral de Porto Alegre: características sociodemográficas, clínicas e do uso da Rede de Atenção Psicossocial</title><title>Revista brasileira de epidemiologia</title><addtitle>Rev. bras. epidemiol</addtitle><description>RESUMO: Introdução: O fenômeno da porta giratória é caracterizado por repetidas e frequentes reinternações psiquiátricas. Objetivo: Investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) associadas às internações e às reinternações psiquiátricas de usuários de um hospital geral de Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal realizado com uma amostra de 96 participantes. Resultados: Mais da metade da amostra (53,1%) era do sexo feminino, 51% eram solteiros e a idade média foi de 44,33 anos. Dos dados clínicos, 36,5% (n = 35) dos usuários estavam em sua primeira internação e 36,5% (n = 35) preencheram o critério para reinternação frequente. Os resultados mostraram que usuários com reinternações frequentes referiam um número significativamente menor de pessoas com as quais consideravam que poderiam contar. Já os usuários de primeira internação viviam com um número significativamente maior de pessoas que o restante da amostra e possuíam, com menor frequência, vínculo com serviço de saúde, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Em relação ao acompanhamento na rede, 34,4% da amostra não frequentava nenhum serviço da RAPS antes da internação à época do estudo e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Conclusão: Destacamos a importância do hospital como ponto articulador da rede e estratégico para realizar a ponte com os serviços da RAPS. 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Já os usuários de primeira internação viviam com um número significativamente maior de pessoas que o restante da amostra e possuíam, com menor frequência, vínculo com serviço de saúde, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Em relação ao acompanhamento na rede, 34,4% da amostra não frequentava nenhum serviço da RAPS antes da internação à época do estudo e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Conclusão: Destacamos a importância do hospital como ponto articulador da rede e estratégico para realizar a ponte com os serviços da RAPS. Apesar de a literatura internacional investigar e registrar o fenômeno da porta giratória, percebe-se que esse é um campo que necessita de maiores investigações no território brasileiro.</abstract><pub>Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva</pub><doi>10.1590/1980-5497201700030009</doi><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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