Hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroides revisitada - Aspetos clinicolaboratoriais à luz da nova classificação da EAACI
Introdução: Os anti-inflamatorios não esteroides (AINE) são a segunda causa de reações de hipersensibilidade medicamentosa. O largo espetro de sintomas observados, os diferentes mecanismos fisiopatológicos envolvidos e a exiguidade de métodos de diagnóstico eficazes tornam complexa a sua investigaçã...
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Veröffentlicht in: | Revista portuguesa de imunoalergologia 2016-09, Vol.24 (3), p.163-175 |
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creator | Cardoso, Bárbara Kong Tomaz, Elza Correia, Sara Inácio, Filipe |
description | Introdução: Os anti-inflamatorios não esteroides (AINE) são a segunda causa de reações de hipersensibilidade medicamentosa. O largo espetro de sintomas observados, os diferentes mecanismos fisiopatológicos envolvidos e a exiguidade de métodos de diagnóstico eficazes tornam complexa a sua investigação. Objetivo: Classificar um grupo de doentes com hipersensibilidade a AINE de acordo com o novo sistema proposto pela EAACI Task Force on NSAIDs Hypersensitivity, caracterizar os grupos resultantes e avaliar os meios de diagnóstico clinicolaboratoriais de acordo com esta perspetiva. Material e métodos: Foram analisados os processos clínicos de 64 doentes estudados no período de 2010 a 2015 por hipersensibilidade a AINE em que o estudo tivesse incluído a realização do teste de ativação de basófilos (TAB) e foi aplicada ao grupo a classificação referida: Grupo 1 - Doença respiratória exacerbada por AINE; Grupo 2 - Doença cutânea exacerbada por AINE; Grupo 3 - urticária/angioedema induzido por AINE; Grupo 4 - Urticária/angioedema ou anafilaxia induzida por um AINE único. Foram registados e analisados dados demográficos, clínicos e resultados de testes cutâneos, provas de provocação e TAB. Resultados: Foi possível classificar 59 dos 64 doentes. A diferença da prevalência de atopia foi significativa entre os grupos 3 e 4, respetivamente de 50% e de 5% (p=0,027). Houve no total três provas de provocação positiva ao nimesulide e uma com o celecoxib. O metamizol foi responsável por 54% das reações do grupo 4 e por 56% das reações anafiláticas nos doentes estudados. A positividade dos testes cutâneos e do TAB, tomadas em conjunto, identificaram 11 (79%) dos doentes com hipersensibilidade isolada a este fármaco. Conclusões: A classificação usada foi aplicável à maioria dos doentes estudados.Salientamos a importância das provas de provocação para encontrar alternativas seguras e também a importância dos testes cutâneos e do TAB no diagnóstico da hipersensibilidade isolada ao metamizol |
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Foram registados e analisados dados demográficos, clínicos e resultados de testes cutâneos, provas de provocação e TAB. Resultados: Foi possível classificar 59 dos 64 doentes. A diferença da prevalência de atopia foi significativa entre os grupos 3 e 4, respetivamente de 50% e de 5% (p=0,027). Houve no total três provas de provocação positiva ao nimesulide e uma com o celecoxib. O metamizol foi responsável por 54% das reações do grupo 4 e por 56% das reações anafiláticas nos doentes estudados. A positividade dos testes cutâneos e do TAB, tomadas em conjunto, identificaram 11 (79%) dos doentes com hipersensibilidade isolada a este fármaco. Conclusões: A classificação usada foi aplicável à maioria dos doentes estudados.Salientamos a importância das provas de provocação para encontrar alternativas seguras e também a importância dos testes cutâneos e do TAB no diagnóstico da hipersensibilidade isolada ao metamizol</description><identifier>ISSN: 0871-9721</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica</publisher><subject>ALLERGY ; IMMUNOLOGY</subject><ispartof>Revista portuguesa de imunoalergologia, 2016-09, Vol.24 (3), p.163-175</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,780,784,885</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Cardoso, Bárbara Kong</creatorcontrib><creatorcontrib>Tomaz, Elza</creatorcontrib><creatorcontrib>Correia, Sara</creatorcontrib><creatorcontrib>Inácio, Filipe</creatorcontrib><title>Hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroides revisitada - Aspetos clinicolaboratoriais à luz da nova classificação da EAACI</title><title>Revista portuguesa de imunoalergologia</title><addtitle>Rev Port Imunoalergologia</addtitle><description>Introdução: Os anti-inflamatorios não esteroides (AINE) são a segunda causa de reações de hipersensibilidade medicamentosa. 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Foram registados e analisados dados demográficos, clínicos e resultados de testes cutâneos, provas de provocação e TAB. Resultados: Foi possível classificar 59 dos 64 doentes. A diferença da prevalência de atopia foi significativa entre os grupos 3 e 4, respetivamente de 50% e de 5% (p=0,027). Houve no total três provas de provocação positiva ao nimesulide e uma com o celecoxib. O metamizol foi responsável por 54% das reações do grupo 4 e por 56% das reações anafiláticas nos doentes estudados. A positividade dos testes cutâneos e do TAB, tomadas em conjunto, identificaram 11 (79%) dos doentes com hipersensibilidade isolada a este fármaco. 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O largo espetro de sintomas observados, os diferentes mecanismos fisiopatológicos envolvidos e a exiguidade de métodos de diagnóstico eficazes tornam complexa a sua investigação. Objetivo: Classificar um grupo de doentes com hipersensibilidade a AINE de acordo com o novo sistema proposto pela EAACI Task Force on NSAIDs Hypersensitivity, caracterizar os grupos resultantes e avaliar os meios de diagnóstico clinicolaboratoriais de acordo com esta perspetiva. Material e métodos: Foram analisados os processos clínicos de 64 doentes estudados no período de 2010 a 2015 por hipersensibilidade a AINE em que o estudo tivesse incluído a realização do teste de ativação de basófilos (TAB) e foi aplicada ao grupo a classificação referida: Grupo 1 - Doença respiratória exacerbada por AINE; Grupo 2 - Doença cutânea exacerbada por AINE; Grupo 3 - urticária/angioedema induzido por AINE; Grupo 4 - Urticária/angioedema ou anafilaxia induzida por um AINE único. Foram registados e analisados dados demográficos, clínicos e resultados de testes cutâneos, provas de provocação e TAB. Resultados: Foi possível classificar 59 dos 64 doentes. A diferença da prevalência de atopia foi significativa entre os grupos 3 e 4, respetivamente de 50% e de 5% (p=0,027). Houve no total três provas de provocação positiva ao nimesulide e uma com o celecoxib. O metamizol foi responsável por 54% das reações do grupo 4 e por 56% das reações anafiláticas nos doentes estudados. A positividade dos testes cutâneos e do TAB, tomadas em conjunto, identificaram 11 (79%) dos doentes com hipersensibilidade isolada a este fármaco. 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