Parâmetros maternos e perinatais após intervenções não farmacológicas: um ensaio clínico randomizado controlado

Resumo Objetivo Analisar os efeitos do banho quente, de exercícios perineais com bola suíça ou de ambos durante o trabalho de parto em parâmetros maternos e perinatais. Métodos Ensaio clínico randomizado controlado incluindo 101 gestantes de baixo risco admitidas em dois centros obstétricos entre ju...

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Veröffentlicht in:Acta paulista de enfermagem 2020, Vol.33
Hauptverfasser: Melo, Patrícia de Souza, Barbieri, Márcia, Westphal, Flavia, Fustinoni, Suzete Maria, Henrique, Angelita José, Francisco, Adriana Amorim, Gabrielloni, Maria Cristina
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Barbieri, Márcia
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Fustinoni, Suzete Maria
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description Resumo Objetivo Analisar os efeitos do banho quente, de exercícios perineais com bola suíça ou de ambos durante o trabalho de parto em parâmetros maternos e perinatais. Métodos Ensaio clínico randomizado controlado incluindo 101 gestantes de baixo risco admitidas em dois centros obstétricos entre junho de 2013 e fevereiro de 2014 com idade mínima de 18 anos, gestação a termo, feto único em apresentação cefálica, dilatação cervical entre 3 e 8 cm, escala de dor ≥5, sem patologias clínicas ou obstétricas ou doença mental, não usuárias de drogas psicoativas ou de corticosteroides naturais ou sintéticos, e que não fizeram uso de produtos de tabaco, cafeína e analgésicos duas, quatro e seis horas antes de serem incluídas no estudo. Os arâmetros maternos e perinatais foram avaliados antes e 30 minutos após as intervenções, incluindo: pressão arterial materna, frequência cardíaca e respiratória, contratilidade uterina, dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, linha de base, variabilidade, acelerações e desacelerações usando cardiotocografia e escala de Apgar (no 1º e 5º minutos após o nascimento). Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: A) banho quente (33); B) bola suíça (35); e C) intervenções combinadas (33). Resultados Em relação aos parâmetros maternos, a pressão arterial sistólica foi mantida abaixo de 100 mmHg, com um pequeno aumento no grupo B. A pressão arterial diastólica diminuiu em todos os grupos, mantendo-se, contudo, acima de 70 mmHg. A frequência cardíaca apresentou diminuição nos grupos B e C e esteva acima de 80 bpm. A frequência respiratória ficou acima de 20 rpm em todos os grupos após as intervenções, enquanto a dilatação cervical foi de 5,0 cm em média antes das intervenções com aumento de 1,3 cm após as intervenções em todos os grupos. Em relação aos parâmetros fetais, 90% dos fetos em todos os grupos apresentaram frequência cardíaca normal nos dois períodos avaliados, acelerações transitórias estiveram presentes em mais de 80% dos fetos em todos os grupos em ambos os períodos analisados. Não foi constatada desaceleração antes da intervenção em aproximadamente 58,4% dos casos. Observou-se desacelerações em 52,5% dos casos, principalmente nos grupos A e B. A variabilidade foi normal em mais de 80% dos casos, e um valor
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Métodos Ensaio clínico randomizado controlado incluindo 101 gestantes de baixo risco admitidas em dois centros obstétricos entre junho de 2013 e fevereiro de 2014 com idade mínima de 18 anos, gestação a termo, feto único em apresentação cefálica, dilatação cervical entre 3 e 8 cm, escala de dor ≥5, sem patologias clínicas ou obstétricas ou doença mental, não usuárias de drogas psicoativas ou de corticosteroides naturais ou sintéticos, e que não fizeram uso de produtos de tabaco, cafeína e analgésicos duas, quatro e seis horas antes de serem incluídas no estudo. Os arâmetros maternos e perinatais foram avaliados antes e 30 minutos após as intervenções, incluindo: pressão arterial materna, frequência cardíaca e respiratória, contratilidade uterina, dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, linha de base, variabilidade, acelerações e desacelerações usando cardiotocografia e escala de Apgar (no 1º e 5º minutos após o nascimento). Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: A) banho quente (33); B) bola suíça (35); e C) intervenções combinadas (33). Resultados Em relação aos parâmetros maternos, a pressão arterial sistólica foi mantida abaixo de 100 mmHg, com um pequeno aumento no grupo B. A pressão arterial diastólica diminuiu em todos os grupos, mantendo-se, contudo, acima de 70 mmHg. A frequência cardíaca apresentou diminuição nos grupos B e C e esteva acima de 80 bpm. A frequência respiratória ficou acima de 20 rpm em todos os grupos após as intervenções, enquanto a dilatação cervical foi de 5,0 cm em média antes das intervenções com aumento de 1,3 cm após as intervenções em todos os grupos. Em relação aos parâmetros fetais, 90% dos fetos em todos os grupos apresentaram frequência cardíaca normal nos dois períodos avaliados, acelerações transitórias estiveram presentes em mais de 80% dos fetos em todos os grupos em ambos os períodos analisados. Não foi constatada desaceleração antes da intervenção em aproximadamente 58,4% dos casos. Observou-se desacelerações em 52,5% dos casos, principalmente nos grupos A e B. A variabilidade foi normal em mais de 80% dos casos, e um valor &lt;7 na escala de Apgar no primeiro minuto após o nascimento só foi observado em 14 casos. Não foram encontradas diferenças significativas na pressão arterial e frequência cardíaca materna e fetal, incluindo a ocorrência de acelerações transitórias, variabilidade ou desacelerações e valores na escala de Apgar tanto na análise inter e intragrupo quanto nos períodos avaliados. Ao comparar os parâmetros maternos antes e 30 minutos após as intervenções, observou-se aumento na frequência respiratória (p=0,037) e na dilatação cervical (p&lt;0,001) em todos os grupos de intervenção. Na análise intergrupo, a progressão do trabalho de parto estimulada dos grupos A (p=0,041) e C (p=0,021) em relação às contrações uterinas aumentou em comparação com o grupo B. Conclusão As intervenções isoladas ou combinadas são uma forma segura de assistência ao parto uma vez que elas não afetam negativamente os parâmetros maternos e perinatais.</description><identifier>ISSN: 0103-2100</identifier><identifier>ISSN: 1982-0194</identifier><identifier>EISSN: 1982-0194</identifier><identifier>DOI: 10.37689/acta-ape/2020AO0136</identifier><language>eng ; por</language><publisher>Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo</publisher><subject>NURSING</subject><ispartof>Acta paulista de enfermagem, 2020, Vol.33</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><citedby>FETCH-LOGICAL-c2516-397aa5afbb42fde9a3b0e824a4b2b9d593617a8a742e9a3d04ba5038502a6f1a3</citedby><cites>FETCH-LOGICAL-c2516-397aa5afbb42fde9a3b0e824a4b2b9d593617a8a742e9a3d04ba5038502a6f1a3</cites><orcidid>0000-0003-1424-093X ; 0000-0003-0920-116X ; 0000-0003-4705-6987 ; 0000-0002-4662-1983 ; 0000-0002-4777-6098 ; 0000-0001-5877-8323 ; 0000-0003-2395-9161</orcidid></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,315,781,785,865,886,4025,27928,27929,27930</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Melo, Patrícia de Souza</creatorcontrib><creatorcontrib>Barbieri, Márcia</creatorcontrib><creatorcontrib>Westphal, Flavia</creatorcontrib><creatorcontrib>Fustinoni, Suzete Maria</creatorcontrib><creatorcontrib>Henrique, Angelita José</creatorcontrib><creatorcontrib>Francisco, Adriana Amorim</creatorcontrib><creatorcontrib>Gabrielloni, Maria Cristina</creatorcontrib><title>Parâmetros maternos e perinatais após intervenções não farmacológicas: um ensaio clínico randomizado controlado</title><title>Acta paulista de enfermagem</title><addtitle>Acta paul. enferm</addtitle><description>Resumo Objetivo Analisar os efeitos do banho quente, de exercícios perineais com bola suíça ou de ambos durante o trabalho de parto em parâmetros maternos e perinatais. 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Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: A) banho quente (33); B) bola suíça (35); e C) intervenções combinadas (33). Resultados Em relação aos parâmetros maternos, a pressão arterial sistólica foi mantida abaixo de 100 mmHg, com um pequeno aumento no grupo B. A pressão arterial diastólica diminuiu em todos os grupos, mantendo-se, contudo, acima de 70 mmHg. A frequência cardíaca apresentou diminuição nos grupos B e C e esteva acima de 80 bpm. A frequência respiratória ficou acima de 20 rpm em todos os grupos após as intervenções, enquanto a dilatação cervical foi de 5,0 cm em média antes das intervenções com aumento de 1,3 cm após as intervenções em todos os grupos. Em relação aos parâmetros fetais, 90% dos fetos em todos os grupos apresentaram frequência cardíaca normal nos dois períodos avaliados, acelerações transitórias estiveram presentes em mais de 80% dos fetos em todos os grupos em ambos os períodos analisados. Não foi constatada desaceleração antes da intervenção em aproximadamente 58,4% dos casos. Observou-se desacelerações em 52,5% dos casos, principalmente nos grupos A e B. A variabilidade foi normal em mais de 80% dos casos, e um valor &lt;7 na escala de Apgar no primeiro minuto após o nascimento só foi observado em 14 casos. Não foram encontradas diferenças significativas na pressão arterial e frequência cardíaca materna e fetal, incluindo a ocorrência de acelerações transitórias, variabilidade ou desacelerações e valores na escala de Apgar tanto na análise inter e intragrupo quanto nos períodos avaliados. Ao comparar os parâmetros maternos antes e 30 minutos após as intervenções, observou-se aumento na frequência respiratória (p=0,037) e na dilatação cervical (p&lt;0,001) em todos os grupos de intervenção. Na análise intergrupo, a progressão do trabalho de parto estimulada dos grupos A (p=0,041) e C (p=0,021) em relação às contrações uterinas aumentou em comparação com o grupo B. 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Métodos Ensaio clínico randomizado controlado incluindo 101 gestantes de baixo risco admitidas em dois centros obstétricos entre junho de 2013 e fevereiro de 2014 com idade mínima de 18 anos, gestação a termo, feto único em apresentação cefálica, dilatação cervical entre 3 e 8 cm, escala de dor ≥5, sem patologias clínicas ou obstétricas ou doença mental, não usuárias de drogas psicoativas ou de corticosteroides naturais ou sintéticos, e que não fizeram uso de produtos de tabaco, cafeína e analgésicos duas, quatro e seis horas antes de serem incluídas no estudo. Os arâmetros maternos e perinatais foram avaliados antes e 30 minutos após as intervenções, incluindo: pressão arterial materna, frequência cardíaca e respiratória, contratilidade uterina, dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, linha de base, variabilidade, acelerações e desacelerações usando cardiotocografia e escala de Apgar (no 1º e 5º minutos após o nascimento). Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: A) banho quente (33); B) bola suíça (35); e C) intervenções combinadas (33). Resultados Em relação aos parâmetros maternos, a pressão arterial sistólica foi mantida abaixo de 100 mmHg, com um pequeno aumento no grupo B. A pressão arterial diastólica diminuiu em todos os grupos, mantendo-se, contudo, acima de 70 mmHg. A frequência cardíaca apresentou diminuição nos grupos B e C e esteva acima de 80 bpm. A frequência respiratória ficou acima de 20 rpm em todos os grupos após as intervenções, enquanto a dilatação cervical foi de 5,0 cm em média antes das intervenções com aumento de 1,3 cm após as intervenções em todos os grupos. Em relação aos parâmetros fetais, 90% dos fetos em todos os grupos apresentaram frequência cardíaca normal nos dois períodos avaliados, acelerações transitórias estiveram presentes em mais de 80% dos fetos em todos os grupos em ambos os períodos analisados. Não foi constatada desaceleração antes da intervenção em aproximadamente 58,4% dos casos. Observou-se desacelerações em 52,5% dos casos, principalmente nos grupos A e B. A variabilidade foi normal em mais de 80% dos casos, e um valor &lt;7 na escala de Apgar no primeiro minuto após o nascimento só foi observado em 14 casos. Não foram encontradas diferenças significativas na pressão arterial e frequência cardíaca materna e fetal, incluindo a ocorrência de acelerações transitórias, variabilidade ou desacelerações e valores na escala de Apgar tanto na análise inter e intragrupo quanto nos períodos avaliados. Ao comparar os parâmetros maternos antes e 30 minutos após as intervenções, observou-se aumento na frequência respiratória (p=0,037) e na dilatação cervical (p&lt;0,001) em todos os grupos de intervenção. Na análise intergrupo, a progressão do trabalho de parto estimulada dos grupos A (p=0,041) e C (p=0,021) em relação às contrações uterinas aumentou em comparação com o grupo B. Conclusão As intervenções isoladas ou combinadas são uma forma segura de assistência ao parto uma vez que elas não afetam negativamente os parâmetros maternos e perinatais.</abstract><pub>Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo</pub><doi>10.37689/acta-ape/2020AO0136</doi><orcidid>https://orcid.org/0000-0003-1424-093X</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0003-0920-116X</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0003-4705-6987</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-4662-1983</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-4777-6098</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0001-5877-8323</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0003-2395-9161</orcidid><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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