Resultados do tratamento cirúrgico da coarctação de aorta em adultos

OBJETIVO: Reportar a experiência no tratamento cirúrgico da coarctação da aorta (CoAo) em pacientes adultos, avaliando os resultados imediatos e a médio prazo. MÉTODOS: Entre janeiro de 1987 e março de 2000, 50 pacientes consecutivos adultos foram submetidos a tratamento cirúrgico da coarctação de a...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de cirurgia cardiovascular 2009-09, Vol.24 (3), p.346-353
Hauptverfasser: Jatene, Marcelo Biscegli, Abuchaim, Décio Cavalet Soares, Oliveira Junior, José de Lima, Riso, Arlindo, Tanamati, Carla, Miura, Nana, Lopes, Antonio Augusto, Barbero-Marcial, Miguel L
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:OBJETIVO: Reportar a experiência no tratamento cirúrgico da coarctação da aorta (CoAo) em pacientes adultos, avaliando os resultados imediatos e a médio prazo. MÉTODOS: Entre janeiro de 1987 e março de 2000, 50 pacientes consecutivos adultos foram submetidos a tratamento cirúrgico da coarctação de aorta, por toracotomia lateral esquerda. Destes, 42 (84%) eram hipertensos, com pressão arterial sistólica média de 170,6 mmHg (125-220 mmHg). O gradiente médio no local da coarctação era de 51,4 mmHg (18-123 mmHg). A abordagem de doenças cardiovasculares associadas não foi realizada no mesmo tempo cirúrgico, com exceção de dois casos de persistência do canal arterial (PCA). Ressecção da CoAo e anastomose término-terminal foi realizada em 20 (40%) pacientes, ampliação da área de CoAo com retalho de pericárdio bovino em 22 (44%) e interposição de um tubo sintético em oito (16%). RESULTADOS: A morbidade operatória foi baixa, ocorrendo apenas uma reoperação por sangramento; a ocorrência mais frequente nas primeiras horas de pós-operatório foi hipertensão, observada em 98% dos pacientes, controlada com medicamentos endovenosos. Não houve óbito hospitalar. O gradiente residual médio foi de 18,7 mmHg (8-33 mmHg). O tempo médio de internação hospitalar foi de 9,5 dias (5-30 dias). O tempo médio de seguimento foi de 46,8 meses (1145 meses) em 45 (91,8%) pacientes; destes, 41 (91,1%) encontravam-se normotensos, sendo que 75,6% sem medicamentos. Em 93,3% dos pacientes, não ocorreram sintomas de qualquer natureza. Quatro pacientes foram reoperados neste período (um para implante de marca-passo definitivo, dois para troca valvar, e outro por endocardite), ocorrendo um óbito tardio por endocardite e sepse. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da CoAo, mesmo em pacientes adultos, impõe-se como método terapêutico eficaz, nesta série, independentemente da técnica cirúrgica utilizada, com baixa morbidade e mortalidade, e sobretudo reduzindo os níveis pressóricos a curto e médio prazos
ISSN:1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76382009000400014