Revascularização miocárdica em pacientes octogenários: estudo retrospectivo e comparativo entre pacientes operados com e sem circulação extracorpórea
OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é comparar e analisar os benefícios da cirurgia com e sem CEC, em pacientes octogenários. MÉTODO: Foram analisados dados retrospectivos dos pacientes com 80 anos de idade ou mais, no período de dezembro 1995 a dezembro de 2003. Neste período, 73 pacientes fo...
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Veröffentlicht in: | Revista brasileira de cirurgia cardiovascular 2005-03, Vol.20 (1), p.8-13 |
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Format: | Artikel |
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description | OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é comparar e analisar os benefícios da cirurgia com e sem CEC, em pacientes octogenários. MÉTODO: Foram analisados dados retrospectivos dos pacientes com 80 anos de idade ou mais, no período de dezembro 1995 a dezembro de 2003. Neste período, 73 pacientes foram submetidos à revascularização do miocárdio (RM), sendo 26 (35,6%) com CEC e 47 (64,4%), sem CEC. Os dados demográficos, fatores de risco pré-operatório, comorbidades, classe da angina (CCVS), complicações pós-operatórias e resultados cirúrgicos foram comparados entre os dois grupos (com CEC e sem CEC). Utilizou-se o teste de "t de Student" na comparação entre os grupos e foi considerado um nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram maior risco pré-operatório, embora o grupo sem CEC tenha exibido menor mortalidade cirúrgica (11,5% x 2,1%, p |
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MÉTODO: Foram analisados dados retrospectivos dos pacientes com 80 anos de idade ou mais, no período de dezembro 1995 a dezembro de 2003. Neste período, 73 pacientes foram submetidos à revascularização do miocárdio (RM), sendo 26 (35,6%) com CEC e 47 (64,4%), sem CEC. Os dados demográficos, fatores de risco pré-operatório, comorbidades, classe da angina (CCVS), complicações pós-operatórias e resultados cirúrgicos foram comparados entre os dois grupos (com CEC e sem CEC). Utilizou-se o teste de "t de Student" na comparação entre os grupos e foi considerado um nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram maior risco pré-operatório, embora o grupo sem CEC tenha exibido menor mortalidade cirúrgica (11,5% x 2,1%, p<0,05). Não foi observado acidente vascular cerebral (AVC) nos pacientes operados sem CEC (11,5% x 0,0% p<0,005). Foi menor a presença de nova fibrilação atrial (FA), no pós-operatório imediato, no grupo operado sem CEC (30,8% x 12,8% p<0,005). O tempo de ventilação mecânica, no pós-operatório, e a presença de insuficiência respiratória foram menores no grupo sem CEC (p<0,001). Presença de insuficiência renal aguda (IRA) foi de 19,2% nos pacientes operados com CEC e nula nos operados sem CEC (p<0,05). Necessidade de transfusão de sangue ou hemoderivados foi menor no grupo sem CEC (69,2% x 31,9%, p<0,005). O tempo médio de permanência na UTI e hospitalar foi menor no grupo sem CEC (p<0,05). Nos pacientes livres de complicações no pós-operatório, o grupo sem CEC foi maior 89,4% x 61,5% nos pacientes operados com CEC (p<0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que pacientes com 80 anos ou mais de idade se beneficiam quando submetidos à cirurgia de RM sem CEC, e este procedimento está associado a baixas taxas de complicações pós-operatórias: AVC, FA, IRA e insuficiência respiratória, bem como menor tempo de UTI e de permanência hospitalar, menor uso de hemoderivados e menor mortalidade. Em pacientes octogenários, a cirurgia de RM sem CEC é uma técnica segura e eficaz, podendo ser a operação de escolha, quando aplicada com a devida indicação.]]></description><identifier>ISSN: 0102-7638</identifier><identifier>ISSN: 1678-9741</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0102-76382005000100006</identifier><language>eng</language><publisher>Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular</publisher><subject>CARDIAC & CARDIOVASCULAR SYSTEMS ; SURGERY</subject><ispartof>Revista brasileira de cirurgia cardiovascular, 2005-03, Vol.20 (1), p.8-13</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><citedby>FETCH-LOGICAL-c1906-539b5d427af21f2e648c3b47f21b3ebc9142c834cdd4ec809c0f289489470eae3</citedby></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,780,784,864,885,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Lima, Ricardo</creatorcontrib><creatorcontrib>Diniz, Roberto</creatorcontrib><creatorcontrib>Césio, Antonio</creatorcontrib><creatorcontrib>Vasconcelos, Frederico</creatorcontrib><creatorcontrib>Gesteira, Mário</creatorcontrib><creatorcontrib>Menezes, Alexandre</creatorcontrib><creatorcontrib>Baltar, Alexandre</creatorcontrib><creatorcontrib>Sampaio, Hermano</creatorcontrib><creatorcontrib>Aquino, André</creatorcontrib><creatorcontrib>Escobar, Mozart</creatorcontrib><title>Revascularização miocárdica em pacientes octogenários: estudo retrospectivo e comparativo entre pacientes operados com e sem circulação extracorpórea</title><title>Revista brasileira de cirurgia cardiovascular</title><addtitle>Braz. 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Não foi observado acidente vascular cerebral (AVC) nos pacientes operados sem CEC (11,5% x 0,0% p<0,005). Foi menor a presença de nova fibrilação atrial (FA), no pós-operatório imediato, no grupo operado sem CEC (30,8% x 12,8% p<0,005). O tempo de ventilação mecânica, no pós-operatório, e a presença de insuficiência respiratória foram menores no grupo sem CEC (p<0,001). Presença de insuficiência renal aguda (IRA) foi de 19,2% nos pacientes operados com CEC e nula nos operados sem CEC (p<0,05). Necessidade de transfusão de sangue ou hemoderivados foi menor no grupo sem CEC (69,2% x 31,9%, p<0,005). O tempo médio de permanência na UTI e hospitalar foi menor no grupo sem CEC (p<0,05). Nos pacientes livres de complicações no pós-operatório, o grupo sem CEC foi maior 89,4% x 61,5% nos pacientes operados com CEC (p<0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que pacientes com 80 anos ou mais de idade se beneficiam quando submetidos à cirurgia de RM sem CEC, e este procedimento está associado a baixas taxas de complicações pós-operatórias: AVC, FA, IRA e insuficiência respiratória, bem como menor tempo de UTI e de permanência hospitalar, menor uso de hemoderivados e menor mortalidade. 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RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram maior risco pré-operatório, embora o grupo sem CEC tenha exibido menor mortalidade cirúrgica (11,5% x 2,1%, p<0,05). Não foi observado acidente vascular cerebral (AVC) nos pacientes operados sem CEC (11,5% x 0,0% p<0,005). Foi menor a presença de nova fibrilação atrial (FA), no pós-operatório imediato, no grupo operado sem CEC (30,8% x 12,8% p<0,005). O tempo de ventilação mecânica, no pós-operatório, e a presença de insuficiência respiratória foram menores no grupo sem CEC (p<0,001). Presença de insuficiência renal aguda (IRA) foi de 19,2% nos pacientes operados com CEC e nula nos operados sem CEC (p<0,05). Necessidade de transfusão de sangue ou hemoderivados foi menor no grupo sem CEC (69,2% x 31,9%, p<0,005). O tempo médio de permanência na UTI e hospitalar foi menor no grupo sem CEC (p<0,05). Nos pacientes livres de complicações no pós-operatório, o grupo sem CEC foi maior 89,4% x 61,5% nos pacientes operados com CEC (p<0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que pacientes com 80 anos ou mais de idade se beneficiam quando submetidos à cirurgia de RM sem CEC, e este procedimento está associado a baixas taxas de complicações pós-operatórias: AVC, FA, IRA e insuficiência respiratória, bem como menor tempo de UTI e de permanência hospitalar, menor uso de hemoderivados e menor mortalidade. Em pacientes octogenários, a cirurgia de RM sem CEC é uma técnica segura e eficaz, podendo ser a operação de escolha, quando aplicada com a devida indicação.]]></abstract><pub>Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular</pub><doi>10.1590/S0102-76382005000100006</doi><tpages>6</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record> |
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