Relação anatômica do nervo óptico com o seio esfenoidal: estudo por tomografia computadorizada

O seio esfenoidal entre os seios da face é certamente o mais negligenciado quanto ao diagnóstico. A abordagem cirúrgica requer conhecimento anatômico detalhado, levando-se em conta as graves complicações decorrentes de lesões de estruturas vitais adjacentes a esta região. OBJETIVO: O objetivo do nos...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de otorrinolaringologia 2004-10, Vol.70 (5), p.651-657
Hauptverfasser: Dias, Paulo Cesar J., Albernaz, Pedro Luiz M., Yamashida, Hélio K.
Format: Artikel
Sprache:por
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Albernaz, Pedro Luiz M.
Yamashida, Hélio K.
description O seio esfenoidal entre os seios da face é certamente o mais negligenciado quanto ao diagnóstico. A abordagem cirúrgica requer conhecimento anatômico detalhado, levando-se em conta as graves complicações decorrentes de lesões de estruturas vitais adjacentes a esta região. OBJETIVO: O objetivo do nosso estudo é avaliar a relação anatômica do canal do nervo óptico com o seio esfenoidal utilizando a tomografia computadorizada. FORMA DE ESTUDO: Análise de série. MATERIAL E MÉTODO: Os autores apresentam a análise retrospectiva de 202 tomografias computadorizadas de seios da face de indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 14 anos. Os exames foram avaliados observando o trajeto do canal do nervo óptico obtido pelo grau de projeção na parede do seio esfenoidal. Foi utilizada a classificação modificada de Delano. Foi avaliada a ausência de atenuação óssea (deiscência) do canal do nervo óptico no seio esfenoidal. O grau de pneumatização do seio esfenoidal foi analisado, sendo empregado a classificação de Hammer's adaptada por Guerrero, além da pneumatização do processo clinóide anterior e pterigóide e a presença da célula de Onodi. RESULTADOS: A maioria dos pacientes (78.96%) apresentou o canal do nervo óptico com trajeto do tipo 1, o tipo 2 foi observado em 16.83%, o tipo 3 em 3.47% e o tipo 4 em 0.74%. A presença de deiscência do nervo óptico na parede do seio esfenoidal foi evidenciada em 21.29% dos casos. Em relação à pneumatização, notamos que o tipo pré-selar foi observado em 6.44%, o tipo selar em 39.11%, o tipo selar em 54.45%, e o tipo apneumatizado não foi observado em nossos casos. A pneumatização do processo clinóide anterior foi constatado em 10.64% enquanto do processo pterigóide em 21.29% dos casos, a célula de Onodi foi verificada em 7.92% dos casos. CONCLUSÃO: A presença de deiscência do canal do nervo óptico está relacionado com o grau de pneumatização dos processos clinóide anterior e processo pterigóide, a presença de célula de Onodi e os tipos de trajeto 2, 3 e 4 da relação do nervo óptico com o seio esfenoidal.
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A abordagem cirúrgica requer conhecimento anatômico detalhado, levando-se em conta as graves complicações decorrentes de lesões de estruturas vitais adjacentes a esta região. OBJETIVO: O objetivo do nosso estudo é avaliar a relação anatômica do canal do nervo óptico com o seio esfenoidal utilizando a tomografia computadorizada. FORMA DE ESTUDO: Análise de série. MATERIAL E MÉTODO: Os autores apresentam a análise retrospectiva de 202 tomografias computadorizadas de seios da face de indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 14 anos. Os exames foram avaliados observando o trajeto do canal do nervo óptico obtido pelo grau de projeção na parede do seio esfenoidal. Foi utilizada a classificação modificada de Delano. Foi avaliada a ausência de atenuação óssea (deiscência) do canal do nervo óptico no seio esfenoidal. O grau de pneumatização do seio esfenoidal foi analisado, sendo empregado a classificação de Hammer's adaptada por Guerrero, além da pneumatização do processo clinóide anterior e pterigóide e a presença da célula de Onodi. RESULTADOS: A maioria dos pacientes (78.96%) apresentou o canal do nervo óptico com trajeto do tipo 1, o tipo 2 foi observado em 16.83%, o tipo 3 em 3.47% e o tipo 4 em 0.74%. A presença de deiscência do nervo óptico na parede do seio esfenoidal foi evidenciada em 21.29% dos casos. Em relação à pneumatização, notamos que o tipo pré-selar foi observado em 6.44%, o tipo selar em 39.11%, o tipo selar em 54.45%, e o tipo apneumatizado não foi observado em nossos casos. A pneumatização do processo clinóide anterior foi constatado em 10.64% enquanto do processo pterigóide em 21.29% dos casos, a célula de Onodi foi verificada em 7.92% dos casos. CONCLUSÃO: A presença de deiscência do canal do nervo óptico está relacionado com o grau de pneumatização dos processos clinóide anterior e processo pterigóide, a presença de célula de Onodi e os tipos de trajeto 2, 3 e 4 da relação do nervo óptico com o seio esfenoidal.</description><identifier>ISSN: 0034-7299</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0034-72992004000500012</identifier><language>por</language><publisher>ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial</publisher><subject>OTORHINOLARYNGOLOGY</subject><ispartof>Revista brasileira de otorrinolaringologia, 2004-10, Vol.70 (5), p.651-657</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Dias, Paulo Cesar J.</creatorcontrib><creatorcontrib>Albernaz, Pedro Luiz M.</creatorcontrib><creatorcontrib>Yamashida, Hélio K.</creatorcontrib><title>Relação anatômica do nervo óptico com o seio esfenoidal: estudo por tomografia computadorizada</title><title>Revista brasileira de otorrinolaringologia</title><addtitle>Rev. 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O grau de pneumatização do seio esfenoidal foi analisado, sendo empregado a classificação de Hammer's adaptada por Guerrero, além da pneumatização do processo clinóide anterior e pterigóide e a presença da célula de Onodi. RESULTADOS: A maioria dos pacientes (78.96%) apresentou o canal do nervo óptico com trajeto do tipo 1, o tipo 2 foi observado em 16.83%, o tipo 3 em 3.47% e o tipo 4 em 0.74%. A presença de deiscência do nervo óptico na parede do seio esfenoidal foi evidenciada em 21.29% dos casos. Em relação à pneumatização, notamos que o tipo pré-selar foi observado em 6.44%, o tipo selar em 39.11%, o tipo selar em 54.45%, e o tipo apneumatizado não foi observado em nossos casos. A pneumatização do processo clinóide anterior foi constatado em 10.64% enquanto do processo pterigóide em 21.29% dos casos, a célula de Onodi foi verificada em 7.92% dos casos. CONCLUSÃO: A presença de deiscência do canal do nervo óptico está relacionado com o grau de pneumatização dos processos clinóide anterior e processo pterigóide, a presença de célula de Onodi e os tipos de trajeto 2, 3 e 4 da relação do nervo óptico com o seio esfenoidal.</description><subject>OTORHINOLARYNGOLOGY</subject><issn>0034-7299</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2004</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNplkEtOxDAQRL0AiWHgDPgCGTp2HDvs0IifNBISn3XUsR3kUSYdxQkLrsOCA8ANcjHCR2xYlLqkeupuFWMnKaxSVcDpPYDMEi2KQgBkAKBmpWKPLf6CA3YY4xZAaGnyBavufIPT2_RKHFscpo9dsMgd8db3z8Sn924IlrilHScefSDuY-1bCg6bs9kP48x21POBdvTUYx3wC-7GAR314QUdHrH9Gpvoj3_nkj1eXjysr5PN7dXN-nyTxFQZkUiphERttbEyQ-cU1nJ-ETPwlVCFqpzylcoK41TtwchcZnWea4uIlc4NyiVb_eyNNviGyi2NfTsfLL9bKf-1Ij8BSRlcKQ</recordid><startdate>20041001</startdate><enddate>20041001</enddate><creator>Dias, Paulo Cesar J.</creator><creator>Albernaz, Pedro Luiz M.</creator><creator>Yamashida, Hélio K.</creator><general>ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial</general><scope>GPN</scope></search><sort><creationdate>20041001</creationdate><title>Relação anatômica do nervo óptico com o seio esfenoidal: estudo por tomografia computadorizada</title><author>Dias, Paulo Cesar J. ; Albernaz, Pedro Luiz M. ; Yamashida, Hélio K.</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-s1582-33523a7c78c34add5af3386a40eb2595bd5eb5498d5fe083634f667caaab768a3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2004</creationdate><topic>OTORHINOLARYNGOLOGY</topic><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Dias, Paulo Cesar J.</creatorcontrib><creatorcontrib>Albernaz, Pedro Luiz M.</creatorcontrib><creatorcontrib>Yamashida, Hélio K.</creatorcontrib><collection>SciELO</collection><jtitle>Revista brasileira de otorrinolaringologia</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Dias, Paulo Cesar J.</au><au>Albernaz, Pedro Luiz M.</au><au>Yamashida, Hélio K.</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Relação anatômica do nervo óptico com o seio esfenoidal: estudo por tomografia computadorizada</atitle><jtitle>Revista brasileira de otorrinolaringologia</jtitle><addtitle>Rev. 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Foi utilizada a classificação modificada de Delano. Foi avaliada a ausência de atenuação óssea (deiscência) do canal do nervo óptico no seio esfenoidal. O grau de pneumatização do seio esfenoidal foi analisado, sendo empregado a classificação de Hammer's adaptada por Guerrero, além da pneumatização do processo clinóide anterior e pterigóide e a presença da célula de Onodi. RESULTADOS: A maioria dos pacientes (78.96%) apresentou o canal do nervo óptico com trajeto do tipo 1, o tipo 2 foi observado em 16.83%, o tipo 3 em 3.47% e o tipo 4 em 0.74%. A presença de deiscência do nervo óptico na parede do seio esfenoidal foi evidenciada em 21.29% dos casos. Em relação à pneumatização, notamos que o tipo pré-selar foi observado em 6.44%, o tipo selar em 39.11%, o tipo selar em 54.45%, e o tipo apneumatizado não foi observado em nossos casos. A pneumatização do processo clinóide anterior foi constatado em 10.64% enquanto do processo pterigóide em 21.29% dos casos, a célula de Onodi foi verificada em 7.92% dos casos. CONCLUSÃO: A presença de deiscência do canal do nervo óptico está relacionado com o grau de pneumatização dos processos clinóide anterior e processo pterigóide, a presença de célula de Onodi e os tipos de trajeto 2, 3 e 4 da relação do nervo óptico com o seio esfenoidal.</abstract><pub>ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial</pub><doi>10.1590/S0034-72992004000500012</doi><tpages>7</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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