Estudo clínico-epidemiológico do carcinoma epidermóide da base da língua

INTRODUÇÃO: A evolução assintomática e a disseminação precoce justifica a análise de variáveis determinantes do prognóstico do carcinoma espinocelular de base de língua (CEC). OBJETIVO: estudo clínico-epidemiológico de pacientes portadores CEC de base de língua. FORMA DE ESTUDO: Retrospectivo. MATER...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de otorrinolaringologia 2003-03, Vol.69 (2), p.175-179
Hauptverfasser: Amorim Filho, Francisco de Souza, Andrade Sobrinho, Josias de, Rapoport, Abrão, Novo, Neil Ferreira, Juliano, Yara
Format: Artikel
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description INTRODUÇÃO: A evolução assintomática e a disseminação precoce justifica a análise de variáveis determinantes do prognóstico do carcinoma espinocelular de base de língua (CEC). OBJETIVO: estudo clínico-epidemiológico de pacientes portadores CEC de base de língua. FORMA DE ESTUDO: Retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: 290 pacientes com carcinoma epidermóide de base de língua (1977 a 2000), 259 homens (89,3%) e 31 mulheres (10,7%) - relação 8:1 -, 237 brancos (81,7%), 51 negros (17,6%) e 2 amarelos (0,7%) - relação 5:1. Houve predomínio da 6ª década (41,0%), 5ª e 7ª (22,7%), 8ª (3,4%) e 9ª (1,7%). Estas variáveis foram relacionadas com a profissão, hábitos e vícios (tabagismo e etilismo), estadiamento TNM, sintoma inicial, tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. Para análise estatística, utilizamos testes não paramétricos: Wilcoxon (tempo de consumo de álcool e fumo para cada paciente), Kruskal Wallis (álcool e fumo e o estadiamento TNM para cada paciente), Kappa (concordância entre o grau de consumo do álcool e fumo para cada estádio TNM e para cada grupo de pacientes segundo a ocupação), e Mc Nemar (complementar ao Kappa - determinação das frequências acima e abaixo da diagonal de concordância). Como nível de rejeição da hipótese de nulidade, fixou-se como valor significante 0,05 ou 5%. RESULTADOS: Predominaram pacientes ligados à indústria (36,6%) seguido de comerciários e liberais (34,5%), agricultores (7,9%) e aposentados (7,3%). Houve predomínio do grupo dos 30 aos 59 anos (61,1%) e do tempo de queixa de até 180 dias (62,0%). A odinofagia (37,2%) foi a queixa principal, linfonodo metastático (21,8%), disfagia (14,5%), ferida na língua (9,0%), rouquidão (6,9%) corpo estranho (4,8%), otalgia (3,4%) outras (2,0%). Quanto aos hábitos, etilismo e tabagismo (83,8%), tabagismo (10,3%), etilismo (1,4%) e nenhum (4,5%). Houve relação de 9:1 dos estádios III e IV (avançados) em relação ao I e II (iniciais), sendo que todos I, II e IV eram tabagistas e ou etilistas, unanimidade não encontrada nos casos III, IVa, IVb e IVc (23,1%, 53,8% e 23,1% respectivamente). Quanto ao parâmetro T, 241 (83,1%) eram T3 e T4 e 49(16,9%) eram T1 e T2. Quanto ao N, 61(21,6%) eram N0, 39(13,4%) N1, 125(43,0%) N2 e 65(22,4%) N3, sendo o nível II (69,0%) o mais acometido, seguido do nível III - 57 casos (13,5%), do I - 49 casos (11,6%), do IV - 25 casos (15,9%). CONCLUSÕES: O carcinoma espinocelular de base de língua é mais freqüente no homem branco da 5ª a 6ª década, tendo com
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OBJETIVO: estudo clínico-epidemiológico de pacientes portadores CEC de base de língua. FORMA DE ESTUDO: Retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: 290 pacientes com carcinoma epidermóide de base de língua (1977 a 2000), 259 homens (89,3%) e 31 mulheres (10,7%) - relação 8:1 -, 237 brancos (81,7%), 51 negros (17,6%) e 2 amarelos (0,7%) - relação 5:1. Houve predomínio da 6ª década (41,0%), 5ª e 7ª (22,7%), 8ª (3,4%) e 9ª (1,7%). Estas variáveis foram relacionadas com a profissão, hábitos e vícios (tabagismo e etilismo), estadiamento TNM, sintoma inicial, tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. Para análise estatística, utilizamos testes não paramétricos: Wilcoxon (tempo de consumo de álcool e fumo para cada paciente), Kruskal Wallis (álcool e fumo e o estadiamento TNM para cada paciente), Kappa (concordância entre o grau de consumo do álcool e fumo para cada estádio TNM e para cada grupo de pacientes segundo a ocupação), e Mc Nemar (complementar ao Kappa - determinação das frequências acima e abaixo da diagonal de concordância). Como nível de rejeição da hipótese de nulidade, fixou-se como valor significante 0,05 ou 5%. RESULTADOS: Predominaram pacientes ligados à indústria (36,6%) seguido de comerciários e liberais (34,5%), agricultores (7,9%) e aposentados (7,3%). Houve predomínio do grupo dos 30 aos 59 anos (61,1%) e do tempo de queixa de até 180 dias (62,0%). A odinofagia (37,2%) foi a queixa principal, linfonodo metastático (21,8%), disfagia (14,5%), ferida na língua (9,0%), rouquidão (6,9%) corpo estranho (4,8%), otalgia (3,4%) outras (2,0%). Quanto aos hábitos, etilismo e tabagismo (83,8%), tabagismo (10,3%), etilismo (1,4%) e nenhum (4,5%). Houve relação de 9:1 dos estádios III e IV (avançados) em relação ao I e II (iniciais), sendo que todos I, II e IV eram tabagistas e ou etilistas, unanimidade não encontrada nos casos III, IVa, IVb e IVc (23,1%, 53,8% e 23,1% respectivamente). Quanto ao parâmetro T, 241 (83,1%) eram T3 e T4 e 49(16,9%) eram T1 e T2. Quanto ao N, 61(21,6%) eram N0, 39(13,4%) N1, 125(43,0%) N2 e 65(22,4%) N3, sendo o nível II (69,0%) o mais acometido, seguido do nível III - 57 casos (13,5%), do I - 49 casos (11,6%), do IV - 25 casos (15,9%). CONCLUSÕES: O carcinoma espinocelular de base de língua é mais freqüente no homem branco da 5ª a 6ª década, tendo como fatores de risco o álcool e o fumo, sendo predominante o emprego do tabagismo nas mulheres. O tempo de queixa foi referido nos 6 meses iniciais, com predomínio dos estádios III e IV, sendo que os casos I e II eram todos etilistas e/ou tabagistas.</description><identifier>ISSN: 0034-7299</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0034-72992003000200005</identifier><language>por</language><publisher>ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial</publisher><subject>OTORHINOLARYNGOLOGY</subject><ispartof>Revista brasileira de otorrinolaringologia, 2003-03, Vol.69 (2), p.175-179</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,315,781,785,886,27929,27930</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Amorim Filho, Francisco de Souza</creatorcontrib><creatorcontrib>Andrade Sobrinho, Josias de</creatorcontrib><creatorcontrib>Rapoport, Abrão</creatorcontrib><creatorcontrib>Novo, Neil Ferreira</creatorcontrib><creatorcontrib>Juliano, Yara</creatorcontrib><title>Estudo clínico-epidemiológico do carcinoma epidermóide da base da língua</title><title>Revista brasileira de otorrinolaringologia</title><addtitle>Rev. 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Para análise estatística, utilizamos testes não paramétricos: Wilcoxon (tempo de consumo de álcool e fumo para cada paciente), Kruskal Wallis (álcool e fumo e o estadiamento TNM para cada paciente), Kappa (concordância entre o grau de consumo do álcool e fumo para cada estádio TNM e para cada grupo de pacientes segundo a ocupação), e Mc Nemar (complementar ao Kappa - determinação das frequências acima e abaixo da diagonal de concordância). Como nível de rejeição da hipótese de nulidade, fixou-se como valor significante 0,05 ou 5%. RESULTADOS: Predominaram pacientes ligados à indústria (36,6%) seguido de comerciários e liberais (34,5%), agricultores (7,9%) e aposentados (7,3%). Houve predomínio do grupo dos 30 aos 59 anos (61,1%) e do tempo de queixa de até 180 dias (62,0%). A odinofagia (37,2%) foi a queixa principal, linfonodo metastático (21,8%), disfagia (14,5%), ferida na língua (9,0%), rouquidão (6,9%) corpo estranho (4,8%), otalgia (3,4%) outras (2,0%). Quanto aos hábitos, etilismo e tabagismo (83,8%), tabagismo (10,3%), etilismo (1,4%) e nenhum (4,5%). Houve relação de 9:1 dos estádios III e IV (avançados) em relação ao I e II (iniciais), sendo que todos I, II e IV eram tabagistas e ou etilistas, unanimidade não encontrada nos casos III, IVa, IVb e IVc (23,1%, 53,8% e 23,1% respectivamente). Quanto ao parâmetro T, 241 (83,1%) eram T3 e T4 e 49(16,9%) eram T1 e T2. Quanto ao N, 61(21,6%) eram N0, 39(13,4%) N1, 125(43,0%) N2 e 65(22,4%) N3, sendo o nível II (69,0%) o mais acometido, seguido do nível III - 57 casos (13,5%), do I - 49 casos (11,6%), do IV - 25 casos (15,9%). CONCLUSÕES: O carcinoma espinocelular de base de língua é mais freqüente no homem branco da 5ª a 6ª década, tendo como fatores de risco o álcool e o fumo, sendo predominante o emprego do tabagismo nas mulheres. 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Para análise estatística, utilizamos testes não paramétricos: Wilcoxon (tempo de consumo de álcool e fumo para cada paciente), Kruskal Wallis (álcool e fumo e o estadiamento TNM para cada paciente), Kappa (concordância entre o grau de consumo do álcool e fumo para cada estádio TNM e para cada grupo de pacientes segundo a ocupação), e Mc Nemar (complementar ao Kappa - determinação das frequências acima e abaixo da diagonal de concordância). Como nível de rejeição da hipótese de nulidade, fixou-se como valor significante 0,05 ou 5%. RESULTADOS: Predominaram pacientes ligados à indústria (36,6%) seguido de comerciários e liberais (34,5%), agricultores (7,9%) e aposentados (7,3%). Houve predomínio do grupo dos 30 aos 59 anos (61,1%) e do tempo de queixa de até 180 dias (62,0%). A odinofagia (37,2%) foi a queixa principal, linfonodo metastático (21,8%), disfagia (14,5%), ferida na língua (9,0%), rouquidão (6,9%) corpo estranho (4,8%), otalgia (3,4%) outras (2,0%). Quanto aos hábitos, etilismo e tabagismo (83,8%), tabagismo (10,3%), etilismo (1,4%) e nenhum (4,5%). Houve relação de 9:1 dos estádios III e IV (avançados) em relação ao I e II (iniciais), sendo que todos I, II e IV eram tabagistas e ou etilistas, unanimidade não encontrada nos casos III, IVa, IVb e IVc (23,1%, 53,8% e 23,1% respectivamente). Quanto ao parâmetro T, 241 (83,1%) eram T3 e T4 e 49(16,9%) eram T1 e T2. Quanto ao N, 61(21,6%) eram N0, 39(13,4%) N1, 125(43,0%) N2 e 65(22,4%) N3, sendo o nível II (69,0%) o mais acometido, seguido do nível III - 57 casos (13,5%), do I - 49 casos (11,6%), do IV - 25 casos (15,9%). CONCLUSÕES: O carcinoma espinocelular de base de língua é mais freqüente no homem branco da 5ª a 6ª década, tendo como fatores de risco o álcool e o fumo, sendo predominante o emprego do tabagismo nas mulheres. O tempo de queixa foi referido nos 6 meses iniciais, com predomínio dos estádios III e IV, sendo que os casos I e II eram todos etilistas e/ou tabagistas.</abstract><pub>ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial</pub><doi>10.1590/S0034-72992003000200005</doi><tpages>5</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record>
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