Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
OBJETIVO: Analisar a prevalência de hipertirotropinemia e estudar sua possível etiologia em crianças com síndrome de Down atendidas na Policlínica Municipal Antônio Cândido, em Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram utilizados os dados dos prontuários de todas as crianças com síndrome de Down atendidas na p...
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Veröffentlicht in: | Jornal de pediatria 2005-02, Vol.81 (1), p.79-84 |
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description | OBJETIVO: Analisar a prevalência de hipertirotropinemia e estudar sua possível etiologia em crianças com síndrome de Down atendidas na Policlínica Municipal Antônio Cândido, em Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram utilizados os dados dos prontuários de todas as crianças com síndrome de Down atendidas na policlínica para o cálculo da prevalência da alteração do hormônio estimulante da tireóide (TSH). As crianças que tiveram TSH elevado (maior que 5 µUI/ml) em pelo menos um exame foram convocadas para novas dosagens de TSH, T4livre, T4total e auto-anticorpo antiperoxidase (ATPO), realização de ultra-som da tireóide, tireograma com iodo-131 e teste de descarga do perclorato. As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta. |
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As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.</description><identifier>ISSN: 1678-4782</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0021-75572005000100015</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Brasileira de Pediatria</publisher><subject>PEDIATRICS</subject><ispartof>Jornal de pediatria, 2005-02, Vol.81 (1), p.79-84</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Dias, Vera M. A.</creatorcontrib><creatorcontrib>Nunes, Júlio C. 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As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.</description><subject>PEDIATRICS</subject><issn>1678-4782</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2005</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNplkE1OwzAUhL0AiVI4A75Aih3nxc6yKn-VKiFE99GL_QKukriKAxyIRVesOEIuRvjZsRiNNCPNSB9jF1IsJBTi8lGIVCYaQKdCgBBCfguO2Ezm2iSZNukJO41xN7V5kcsZe1i-YuNxPIzvgdPgQzN-PnmL3CF_9nvqB9-HoQ9731HrkVPLbe-xGw8YuQ0tj-NH5_rQEnfEr8Jbd8aOa2winf_5nG1vrreru2Rzf7teLTdJNAaSonIopUOjMEPSYDIFVFtQhZFQkYHcZGlNUqhCWwV1BVUmYUrRGUN5quZs8TsbracmlLvw0nfTX_nDoPzHQH0BWyxVoA</recordid><startdate>20050201</startdate><enddate>20050201</enddate><creator>Dias, Vera M. A.</creator><creator>Nunes, Júlio C. 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Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.</abstract><pub>Sociedade Brasileira de Pediatria</pub><doi>10.1590/S0021-75572005000100015</doi><tpages>6</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record> |
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