O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global

O princípio da participação é um dos pilares do direito ambiental global e envolve, de um modo geral, a participação da sociedade na proteção do meio ambiente, conformando a boa governança ambiental. A criação e gestão de áreas protegidas não é exceção e depende, para sua efetividade na preservação...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Revista de Direito Internacional 2018-02, Vol.14 (3)
Hauptverfasser: Dieguez Leuzinger, Marcia, Teles da Silva, Solange
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
container_end_page
container_issue 3
container_start_page
container_title Revista de Direito Internacional
container_volume 14
creator Dieguez Leuzinger, Marcia
Teles da Silva, Solange
description O princípio da participação é um dos pilares do direito ambiental global e envolve, de um modo geral, a participação da sociedade na proteção do meio ambiente, conformando a boa governança ambiental. A criação e gestão de áreas protegidas não é exceção e depende, para sua efetividade na preservação de diversidade biológica, da participação dos grupos afetados, em especial de populações tradicionais residentes. A prática de instituição de espaços protegidos de cima para baixo, de forma autoritária, em geral não produz efeitos satisfatórios. No entanto, na contramão do direito ambiental global, o Brasil continua a utilizar, nessa seara, formas fracas de participação, consubstanciadas em consultas públicas, sem caráter vinculante, para a criação de unidades de conservação, e conselhos meramente consultivos para 10 das 12 categorias de manejo previstas pela Lei nº 9.985/2000. Na Austrália, ao contrário, a cogestão vem se desenhando como um instrumento capaz de alcançar níveis mais altos de participação na gestão de parques nacionais, o que conduz à implementação do princípio da participação, nos moldes propugnados pelo direito ambiental global. Esse instrumento deveria, assim, ser adotado em países que possuem populações tradicionais residentes em áreas protegidas restritivas (UICN categorias I e II) e que não possuem mecanismos que garantam a sua participação seja na criação, seja na gestão desses espaços.
doi_str_mv 10.5102/rdi.v14i3.4976
format Article
fullrecord <record><control><sourceid>proquest_cross</sourceid><recordid>TN_cdi_proquest_journals_2010005986</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><sourcerecordid>2010005986</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-LOGICAL-c1776-9f6efb443b891053d171048e6d2f13f56cc7ca62475d31eaed9c58253962c1eb3</originalsourceid><addsrcrecordid>eNo9kM1KAzEUhYMoWGq3rgOuZ8zPJJlZlvoLhW4U3IVMkimR6WRMphUfR1y48inmxUxbcXXPvZx77-ED4BKjnGFEroNx-Q4XjuZFJfgJmBBCRYYR5acHzbOqEi_nYBajqxEtkWCY8gl4X8E-uE6PP73z0CjYqzA47Xo1fo9fHlqooA7uv1vbOOyVURGOn8Gm0gc_2LXbT7q0b0PsrR7cTkHj4Y0L1g0ezje1s92gWnjf-lq1F-CsUW20s786Bc93t0-Lh2y5un9czJeZxkKk0A23TV0UtC4rjBg1WGBUlJYb0mDaMK610IqTQjBDsVXWVJqVhNGKE41tTafg6ng3pXzbpvDy1W9Dl15KgjBCiFUlT6786NLBxxhsIxOUjQofEiO55ysTX3ngK_d86S_vzHPQ</addsrcrecordid><sourcetype>Aggregation Database</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype><pqid>2010005986</pqid></control><display><type>article</type><title>O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global</title><source>HeinOnline Law Journal Library</source><creator>Dieguez Leuzinger, Marcia ; Teles da Silva, Solange</creator><creatorcontrib>Dieguez Leuzinger, Marcia ; Teles da Silva, Solange</creatorcontrib><description>O princípio da participação é um dos pilares do direito ambiental global e envolve, de um modo geral, a participação da sociedade na proteção do meio ambiente, conformando a boa governança ambiental. A criação e gestão de áreas protegidas não é exceção e depende, para sua efetividade na preservação de diversidade biológica, da participação dos grupos afetados, em especial de populações tradicionais residentes. A prática de instituição de espaços protegidos de cima para baixo, de forma autoritária, em geral não produz efeitos satisfatórios. No entanto, na contramão do direito ambiental global, o Brasil continua a utilizar, nessa seara, formas fracas de participação, consubstanciadas em consultas públicas, sem caráter vinculante, para a criação de unidades de conservação, e conselhos meramente consultivos para 10 das 12 categorias de manejo previstas pela Lei nº 9.985/2000. Na Austrália, ao contrário, a cogestão vem se desenhando como um instrumento capaz de alcançar níveis mais altos de participação na gestão de parques nacionais, o que conduz à implementação do princípio da participação, nos moldes propugnados pelo direito ambiental global. Esse instrumento deveria, assim, ser adotado em países que possuem populações tradicionais residentes em áreas protegidas restritivas (UICN categorias I e II) e que não possuem mecanismos que garantam a sua participação seja na criação, seja na gestão desses espaços.</description><identifier>ISSN: 2236-997X</identifier><identifier>EISSN: 2237-1036</identifier><identifier>DOI: 10.5102/rdi.v14i3.4976</identifier><language>eng ; por</language><publisher>Brasilia: Centro Universitario de Brasilia - UniCEUB</publisher><subject>Conservation laws ; Environmental law</subject><ispartof>Revista de Direito Internacional, 2018-02, Vol.14 (3)</ispartof><rights>Copyright Centro Universitario de Brasilia - UniCEUB 2017</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Dieguez Leuzinger, Marcia</creatorcontrib><creatorcontrib>Teles da Silva, Solange</creatorcontrib><title>O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global</title><title>Revista de Direito Internacional</title><description>O princípio da participação é um dos pilares do direito ambiental global e envolve, de um modo geral, a participação da sociedade na proteção do meio ambiente, conformando a boa governança ambiental. A criação e gestão de áreas protegidas não é exceção e depende, para sua efetividade na preservação de diversidade biológica, da participação dos grupos afetados, em especial de populações tradicionais residentes. A prática de instituição de espaços protegidos de cima para baixo, de forma autoritária, em geral não produz efeitos satisfatórios. No entanto, na contramão do direito ambiental global, o Brasil continua a utilizar, nessa seara, formas fracas de participação, consubstanciadas em consultas públicas, sem caráter vinculante, para a criação de unidades de conservação, e conselhos meramente consultivos para 10 das 12 categorias de manejo previstas pela Lei nº 9.985/2000. Na Austrália, ao contrário, a cogestão vem se desenhando como um instrumento capaz de alcançar níveis mais altos de participação na gestão de parques nacionais, o que conduz à implementação do princípio da participação, nos moldes propugnados pelo direito ambiental global. Esse instrumento deveria, assim, ser adotado em países que possuem populações tradicionais residentes em áreas protegidas restritivas (UICN categorias I e II) e que não possuem mecanismos que garantam a sua participação seja na criação, seja na gestão desses espaços.</description><subject>Conservation laws</subject><subject>Environmental law</subject><issn>2236-997X</issn><issn>2237-1036</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2018</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>BENPR</sourceid><recordid>eNo9kM1KAzEUhYMoWGq3rgOuZ8zPJJlZlvoLhW4U3IVMkimR6WRMphUfR1y48inmxUxbcXXPvZx77-ED4BKjnGFEroNx-Q4XjuZFJfgJmBBCRYYR5acHzbOqEi_nYBajqxEtkWCY8gl4X8E-uE6PP73z0CjYqzA47Xo1fo9fHlqooA7uv1vbOOyVURGOn8Gm0gc_2LXbT7q0b0PsrR7cTkHj4Y0L1g0ezje1s92gWnjf-lq1F-CsUW20s786Bc93t0-Lh2y5un9czJeZxkKk0A23TV0UtC4rjBg1WGBUlJYb0mDaMK610IqTQjBDsVXWVJqVhNGKE41tTafg6ng3pXzbpvDy1W9Dl15KgjBCiFUlT6786NLBxxhsIxOUjQofEiO55ysTX3ngK_d86S_vzHPQ</recordid><startdate>20180227</startdate><enddate>20180227</enddate><creator>Dieguez Leuzinger, Marcia</creator><creator>Teles da Silva, Solange</creator><general>Centro Universitario de Brasilia - UniCEUB</general><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope><scope>0-V</scope><scope>3V.</scope><scope>7XB</scope><scope>8FK</scope><scope>ABUWG</scope><scope>AFKRA</scope><scope>ALSLI</scope><scope>AZQEC</scope><scope>BENPR</scope><scope>CCPQU</scope><scope>CLZPN</scope><scope>DPSOV</scope><scope>DWQXO</scope><scope>KC-</scope><scope>M2L</scope><scope>PIMPY</scope><scope>PQEST</scope><scope>PQQKQ</scope><scope>PQUKI</scope><scope>PRINS</scope></search><sort><creationdate>20180227</creationdate><title>O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global</title><author>Dieguez Leuzinger, Marcia ; Teles da Silva, Solange</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c1776-9f6efb443b891053d171048e6d2f13f56cc7ca62475d31eaed9c58253962c1eb3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng ; por</language><creationdate>2018</creationdate><topic>Conservation laws</topic><topic>Environmental law</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Dieguez Leuzinger, Marcia</creatorcontrib><creatorcontrib>Teles da Silva, Solange</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><collection>ProQuest Social Sciences Premium Collection【Remote access available】</collection><collection>ProQuest Central (Corporate)</collection><collection>ProQuest Central (purchase pre-March 2016)</collection><collection>ProQuest Central (Alumni) (purchase pre-March 2016)</collection><collection>ProQuest Central (Alumni)</collection><collection>ProQuest Central UK/Ireland</collection><collection>Social Science Premium Collection (Proquest) (PQ_SDU_P3)</collection><collection>ProQuest Central Essentials</collection><collection>ProQuest Central</collection><collection>ProQuest One Community College</collection><collection>Latin America &amp; Iberia Database</collection><collection>Politics Collection</collection><collection>ProQuest Central</collection><collection>ProQuest Politics Collection</collection><collection>Political Science Database (Proquest)</collection><collection>Publicly Available Content Database</collection><collection>ProQuest One Academic Eastern Edition (DO NOT USE)</collection><collection>ProQuest One Academic</collection><collection>ProQuest One Academic UKI Edition</collection><collection>ProQuest Central China</collection><jtitle>Revista de Direito Internacional</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Dieguez Leuzinger, Marcia</au><au>Teles da Silva, Solange</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global</atitle><jtitle>Revista de Direito Internacional</jtitle><date>2018-02-27</date><risdate>2018</risdate><volume>14</volume><issue>3</issue><issn>2236-997X</issn><eissn>2237-1036</eissn><abstract>O princípio da participação é um dos pilares do direito ambiental global e envolve, de um modo geral, a participação da sociedade na proteção do meio ambiente, conformando a boa governança ambiental. A criação e gestão de áreas protegidas não é exceção e depende, para sua efetividade na preservação de diversidade biológica, da participação dos grupos afetados, em especial de populações tradicionais residentes. A prática de instituição de espaços protegidos de cima para baixo, de forma autoritária, em geral não produz efeitos satisfatórios. No entanto, na contramão do direito ambiental global, o Brasil continua a utilizar, nessa seara, formas fracas de participação, consubstanciadas em consultas públicas, sem caráter vinculante, para a criação de unidades de conservação, e conselhos meramente consultivos para 10 das 12 categorias de manejo previstas pela Lei nº 9.985/2000. Na Austrália, ao contrário, a cogestão vem se desenhando como um instrumento capaz de alcançar níveis mais altos de participação na gestão de parques nacionais, o que conduz à implementação do princípio da participação, nos moldes propugnados pelo direito ambiental global. Esse instrumento deveria, assim, ser adotado em países que possuem populações tradicionais residentes em áreas protegidas restritivas (UICN categorias I e II) e que não possuem mecanismos que garantam a sua participação seja na criação, seja na gestão desses espaços.</abstract><cop>Brasilia</cop><pub>Centro Universitario de Brasilia - UniCEUB</pub><doi>10.5102/rdi.v14i3.4976</doi><oa>free_for_read</oa></addata></record>
fulltext fulltext
identifier ISSN: 2236-997X
ispartof Revista de Direito Internacional, 2018-02, Vol.14 (3)
issn 2236-997X
2237-1036
language eng ; por
recordid cdi_proquest_journals_2010005986
source HeinOnline Law Journal Library
subjects Conservation laws
Environmental law
title O princípio da participação e a criação e gestão das áreas protegidas na perspectiva do Direito Ambiental Global
url https://sfx.bib-bvb.de/sfx_tum?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2025-02-07T16%3A55%3A42IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-proquest_cross&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=O%20princ%C3%ADpio%20da%20participa%C3%A7%C3%A3o%20e%20a%20cria%C3%A7%C3%A3o%20e%20gest%C3%A3o%20das%20%C3%A1reas%20protegidas%20na%20perspectiva%20do%20Direito%20Ambiental%20Global&rft.jtitle=Revista%20de%20Direito%20Internacional&rft.au=Dieguez%20Leuzinger,%20Marcia&rft.date=2018-02-27&rft.volume=14&rft.issue=3&rft.issn=2236-997X&rft.eissn=2237-1036&rft_id=info:doi/10.5102/rdi.v14i3.4976&rft_dat=%3Cproquest_cross%3E2010005986%3C/proquest_cross%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&disable_directlink=true&sfx.directlink=off&sfx.report_link=0&rft_id=info:oai/&rft_pqid=2010005986&rft_id=info:pmid/&rfr_iscdi=true