Drogas fluidas: revisitando a antropologia dos fármacos
Esta revisão aborda um conjunto crescente de trabalhos situados na intersecção entre a antropologia e os estudos sociais da ciência e tecnologia (CTS) que examinam como as drogas são tornadas eficazes nos laboratórios, em contextos terapêuticos e na vida cotidiana. Essa literatura ressalta co...
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Veröffentlicht in: | Ilha 2023-01, Vol.25 (1) |
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Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
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creator | Rose, Isabel Santana de Hardon, Anita Sanabria, Emilia |
description | Esta revisão aborda um conjunto crescente de trabalhos situados na intersecção entre a antropologia e os estudos sociais da ciência e tecnologia (CTS) que examinam como as drogas são tornadas eficazes nos laboratórios, em contextos terapêuticos e na vida cotidiana. Essa literatura ressalta como os interesses comerciais e as preocupações sociais modelam os tipos de efeitos farmacêuticos que são colocados em prática, e como certas eficácias são bloqueadas devido a questões morais. Os trabalhos reunidos aqui revelam como as instituições reguladoras e os atores envolvidos nas políticas públicas de saúde tentam estabilizar as ações farmacêuticas. Ao mesmo tempo, nas linhas de frente do cuidado, farmacêuticos, trabalhadores da saúde e usuários procuram ajustar as dosagens e as indicações, buscando adaptar as ações farmacêuticas a circunstâncias específicas. Nós mostramos que não existe um objeto (farmacêutico) puro que precede sua socialização. Os fármacos não são “descobertos”; eles são constituídos e reproduzidos em relação a contextos mutáveis. Esta revisão delineia cinco áreas-chave nas pesquisas etnográficas e nos estudos CTS que examinam tais drogas fluidas. |
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Essa literatura ressalta como os interesses comerciais e as preocupações sociais modelam os tipos de efeitos farmacêuticos que são colocados em prática, e como certas eficácias são bloqueadas devido a questões morais. Os trabalhos reunidos aqui revelam como as instituições reguladoras e os atores envolvidos nas políticas públicas de saúde tentam estabilizar as ações farmacêuticas. Ao mesmo tempo, nas linhas de frente do cuidado, farmacêuticos, trabalhadores da saúde e usuários procuram ajustar as dosagens e as indicações, buscando adaptar as ações farmacêuticas a circunstâncias específicas. Nós mostramos que não existe um objeto (farmacêutico) puro que precede sua socialização. Os fármacos não são “descobertos”; eles são constituídos e reproduzidos em relação a contextos mutáveis. 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