Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro...
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Veröffentlicht in: | Acta Botânica Brasílica 2003-09, Vol.17 (3), p.343-353 |
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Format: | Artikel |
Sprache: | por |
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Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental) Couturier, Guy(IRD) Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna) |
description | Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.
It was studied some aspects of the pollination biology of fiber palm in experimental station of Embrapa, Eastern Amazon at Belém, PA. Phenology, floral morphology, time of flowering, pollen viability, and floral visitors data were collected, in ten plants, from January to December/1997. This palm is arborescent, multicaule, monoecious with inflorescence involved by a bract woody covered by thorns and hundreds unisexual sessile flowers. The female flower is flanked by two male flowers forming the triads, and located in the base of the rachillae; cream and measure 5 to 10mm of length; campanular type with petals stuck to the stigma exposed. The male flowers is in larger amount, and measure from 2 to 4mm of length. T |
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It was studied some aspects of the pollination biology of fiber palm in experimental station of Embrapa, Eastern Amazon at Belém, PA. Phenology, floral morphology, time of flowering, pollen viability, and floral visitors data were collected, in ten plants, from January to December/1997. This palm is arborescent, multicaule, monoecious with inflorescence involved by a bract woody covered by thorns and hundreds unisexual sessile flowers. The female flower is flanked by two male flowers forming the triads, and located in the base of the rachillae; cream and measure 5 to 10mm of length; campanular type with petals stuck to the stigma exposed. The male flowers is in larger amount, and measure from 2 to 4mm of length. The flowering and fruiting were registered in every period, with picks of March to July and December to March, respectively. The opening of bract and exposition of the inflorescence occurred mainly in the beginning of the morning and in the night, moment in that all the female flowers began the anthesis happening with stigma producing secretion viscous, and stay receptive for 24 at 36 hours. The male flowers, also, presented simultaneous anthesis, staying viable for 24 at 36 hours, but stayed in the rachillae for many days. Pollen viability was high in flower buds in the pre-anthesis and in the open flowers. The floral rewards were the pollen abundantly and stigmatic secretion. Several parts of the inflorescence, mainly the flowers, emitted strong scent. The floral visitors were insects, with predominance of beetles and bees. Therefore the fiber palm is protoginic with high pollen production and strong scent as the primary attractive and prevalently cantharophilic pollination.</description><identifier>ISSN: 0102-3306</identifier><identifier>EISSN: 1677-941X</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S0102-33062003000300002</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Botânica do Brasil</publisher><subject>Arecaceae ; biologia floral ; cantarofilia ; cantharophily ; fenologia ; floral biology ; Palmae ; phenology ; reproduction ; reprodução</subject><ispartof>Acta Botânica Brasílica, 2003-09, Vol.17 (3), p.343-353</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,860,27903,27904</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental)</creatorcontrib><creatorcontrib>Couturier, Guy(IRD)</creatorcontrib><creatorcontrib>Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna)</creatorcontrib><title>Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil</title><title>Acta Botânica Brasílica</title><description>Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.
It was studied some aspects of the pollination biology of fiber palm in experimental station of Embrapa, Eastern Amazon at Belém, PA. Phenology, floral morphology, time of flowering, pollen viability, and floral visitors data were collected, in ten plants, from January to December/1997. This palm is arborescent, multicaule, monoecious with inflorescence involved by a bract woody covered by thorns and hundreds unisexual sessile flowers. The female flower is flanked by two male flowers forming the triads, and located in the base of the rachillae; cream and measure 5 to 10mm of length; campanular type with petals stuck to the stigma exposed. The male flowers is in larger amount, and measure from 2 to 4mm of length. The flowering and fruiting were registered in every period, with picks of March to July and December to March, respectively. The opening of bract and exposition of the inflorescence occurred mainly in the beginning of the morning and in the night, moment in that all the female flowers began the anthesis happening with stigma producing secretion viscous, and stay receptive for 24 at 36 hours. The male flowers, also, presented simultaneous anthesis, staying viable for 24 at 36 hours, but stayed in the rachillae for many days. Pollen viability was high in flower buds in the pre-anthesis and in the open flowers. The floral rewards were the pollen abundantly and stigmatic secretion. Several parts of the inflorescence, mainly the flowers, emitted strong scent. The floral visitors were insects, with predominance of beetles and bees. Therefore the fiber palm is protoginic with high pollen production and strong scent as the primary attractive and prevalently cantharophilic pollination.</description><subject>Arecaceae</subject><subject>biologia floral</subject><subject>cantarofilia</subject><subject>cantharophily</subject><subject>fenologia</subject><subject>floral biology</subject><subject>Palmae</subject><subject>phenology</subject><subject>reproduction</subject><subject>reprodução</subject><issn>0102-3306</issn><issn>1677-941X</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2003</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>DOA</sourceid><recordid>eNo9UNtKw0AUXETBWv0EcR8Vmrq3bJLHtngpVBSq0LdwsrsJWxK3bBJB_0b6IH5HfszYigfOGRgOw8wgdEHJmIYJuV4SSljAOZGMEE72S9gBGlAZRUEi6OoQDf6fjtFJXa8JoUJSNkDZ1LrSFRawBrxxpX21H9B9dVu3I6CsjPWAm1a1VbfFl5O68U6Bf28r_NaWBXiDH8A34ytsKjw1ZfddjfAT-O5zhKcealueoqMcytqc_eEQvdzePM_ug8Xj3Xw2WQSaJlETaMiYCDVjTERc5CzLOAgVExpmQsYZESBjJfo4OokVBWB9mP72w43WivMhmu91tYN1uvG26m2mDmy6I5wv0t6oVaVJhVSGsJwqHSciAZNprsFAFEcxk0z-ap3vtXJwKRTe1ulqyfoSad9vGPMfxJhwaQ</recordid><startdate>20030901</startdate><enddate>20030901</enddate><creator>Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental)</creator><creator>Couturier, Guy(IRD)</creator><creator>Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna)</creator><general>Sociedade Botânica do Brasil</general><scope>FBQ</scope><scope>DOA</scope></search><sort><creationdate>20030901</creationdate><title>Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil</title><author>Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental) ; Couturier, Guy(IRD) ; Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna)</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-d197t-dab245d2224734f2bb3a4c8015b468b04a68c4941d98c1aa2306aa22223eddc33</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2003</creationdate><topic>Arecaceae</topic><topic>biologia floral</topic><topic>cantarofilia</topic><topic>cantharophily</topic><topic>fenologia</topic><topic>floral biology</topic><topic>Palmae</topic><topic>phenology</topic><topic>reproduction</topic><topic>reprodução</topic><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental)</creatorcontrib><creatorcontrib>Couturier, Guy(IRD)</creatorcontrib><creatorcontrib>Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna)</creatorcontrib><collection>AGRIS</collection><collection>DOAJ Directory of Open Access Journals</collection><jtitle>Acta Botânica Brasílica</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Oliveira, Maria do Socorro Padilha de(Embrapa Amazônia Oriental)</au><au>Couturier, Guy(IRD)</au><au>Beserra, Paulo(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazôna)</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil</atitle><jtitle>Acta Botânica Brasílica</jtitle><date>2003-09-01</date><risdate>2003</risdate><volume>17</volume><issue>3</issue><spage>343</spage><epage>353</epage><pages>343-353</pages><issn>0102-3306</issn><eissn>1677-941X</eissn><abstract>Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.
It was studied some aspects of the pollination biology of fiber palm in experimental station of Embrapa, Eastern Amazon at Belém, PA. Phenology, floral morphology, time of flowering, pollen viability, and floral visitors data were collected, in ten plants, from January to December/1997. This palm is arborescent, multicaule, monoecious with inflorescence involved by a bract woody covered by thorns and hundreds unisexual sessile flowers. The female flower is flanked by two male flowers forming the triads, and located in the base of the rachillae; cream and measure 5 to 10mm of length; campanular type with petals stuck to the stigma exposed. The male flowers is in larger amount, and measure from 2 to 4mm of length. The flowering and fruiting were registered in every period, with picks of March to July and December to March, respectively. The opening of bract and exposition of the inflorescence occurred mainly in the beginning of the morning and in the night, moment in that all the female flowers began the anthesis happening with stigma producing secretion viscous, and stay receptive for 24 at 36 hours. The male flowers, also, presented simultaneous anthesis, staying viable for 24 at 36 hours, but stayed in the rachillae for many days. Pollen viability was high in flower buds in the pre-anthesis and in the open flowers. The floral rewards were the pollen abundantly and stigmatic secretion. Several parts of the inflorescence, mainly the flowers, emitted strong scent. The floral visitors were insects, with predominance of beetles and bees. Therefore the fiber palm is protoginic with high pollen production and strong scent as the primary attractive and prevalently cantharophilic pollination.</abstract><pub>Sociedade Botânica do Brasil</pub><doi>10.1590/S0102-33062003000300002</doi><tpages>11</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record> |
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