Nomes e Sobrenomes das Mulheres no Brasil: Marcas da Violência Patriarcal
Esse estudo teórico e documental tem como fito compreender os processos de instituição dos nomes e sobrenomes das mulheres no Brasil, observando que esses trazem marcas do patriarcado e da tradição cristã e, estão vinculados aos nomes do pai, do avô, do marido, do irmão, ao dono, evidenciando os mod...
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Veröffentlicht in: | Cadernos Cajuína 2024-10, Vol.9 (6), p.e249622 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | por |
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Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Esse estudo teórico e documental tem como fito compreender os processos de instituição dos nomes e sobrenomes das mulheres no Brasil, observando que esses trazem marcas do patriarcado e da tradição cristã e, estão vinculados aos nomes do pai, do avô, do marido, do irmão, ao dono, evidenciando os modelos simbólicos que historicamente constroem e instituem as identidades femininas. Conquanto o nome dos homens seja determinado da mesma maneira, são as mulheres que sentem na carne o peso do nome que carregam. Foram realizadas leituras e interpretação crítica de documentos oficiais e religiosos, e de obras da Filósofa Hannah Arendt. A análise considera o contexto das violências contra as mulheres na contemporaneidade e se organiza no horizonte da pesquisa em filosofia política e em gênero. Concluiu-se que assim como o rebanho de gado recebia, a ferro e a fogo, o nome do dono cravado no corpo, a mulher brasileira também precisou ser marcada e “ferrada” com um nome de santa e um sobrenome advindo de um agente masculino, pois assim se definia sua identidade, demarcava seu corpo e delimitava seu lugar. No fim, se pretende chamar atenção para os processos de violência que foram e permanecem incrustados na sociedade brasileira, implicando no assassinato de 4 a 5 mulheres todos os dias. |
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ISSN: | 2448-0916 2448-0916 |
DOI: | 10.52641/cadcajv9i6.702 |