A PRODUÇÃO DA NOÇÃO DE NORMALIDADE E SEUS SENTIDOS HISTÓRICOS

RESUMO: Este artigo é recorte de uma pesquisa mais ampla que analisou discursos da inclusão escolar, em documentos oficiais, e o modo como operam estratégias de governamento sobre os sujeitos ditos normais. Para isso, tensionar o conceito de normalidade foi fundamental à pesquisa. No presente texto,...

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Veröffentlicht in:Educação em revista 2024, Vol.40
Hauptverfasser: CORRÊA, CAMILA BOTTERO, LOCKMANN, KAMILA
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:RESUMO: Este artigo é recorte de uma pesquisa mais ampla que analisou discursos da inclusão escolar, em documentos oficiais, e o modo como operam estratégias de governamento sobre os sujeitos ditos normais. Para isso, tensionar o conceito de normalidade foi fundamental à pesquisa. No presente texto, temos por objetivo apresentar como a noção de normalidade foi sendo produzida historicamente e junto a ela práticas de in/exclusão com ênfase no sujeito dito normal. Tomamos como suporte teórico os estudos realizados por Michel Foucault, Lilia Lobo e Georges Canguilhem, autores que, em suas investigações, tensionaram as noções de anormalidade e norma. Como resultados, construímos três sentidos históricos relacionados à noção de normalidade, que se encontram imbricados com os saberes produzidos ao longo de cada época: o ideal transcendental - evidenciado na Idade Média e constituído pelos saberes religiosos e/ou divinos, estando vinculado ao corpo e à conduta dos sujeitos; a normalidade científica - constituída pelos saberes científicos, entre os séculos XVI e XVIII, vinculada ao comportamento dos sujeitos e, no fim do século XVIII, também se mostrando relacionada à sua intimidade; e as normalidades diferenciais - associadas a uma ciência de Estado, aos saberes estatísticos e a uma norma flexível, que entra em operação na sociedade de seguridade. Essa noção constitui-se a partir de dois movimentos relacionados a um mesmo fenômeno: o da naturalização das diferenças. O primeiro movimento refere-se à criação e proliferação de normalidades diferenciais, e o segundo movimento concerne à aceitação, à tolerância e ao respeito à diversidade. RESUMEN: Este artículo es el recorte de una investigación más amplia que analizó discursos sobre la inclusión escolar, en documentos oficiales, y el modo como operan estrategias de gobernanza sobre los sujetos llamados normales. Para ello, tensionar el concepto de normalidad fue fundamental para la investigación. El presente texto tiene como objetivo presentar cómo se produjo históricamente la noción de normalidad y junto a ella prácticas de in/exclusión con énfasis en el sujeto llamado normal. Tomamos como soporte teórico los estudios realizados por Michel Foucault, Lilia Lobo y Georges Canguilhem, autores que en sus investigaciones tensionaron las nociones de anormalidad y norma. Como resultados, construimos tres significados históricos relacionados con la noción de normalidad que se encuentran yuxtapuestos con los saberes produci
ISSN:0102-4698
1982-6621
1982-6621
DOI:10.1590/0102-4698-39848