Os artífices do poder: mecanismos de ascensão social em Guarapiranga (MG), 1715-1820

O presente trabalho tem como intuito analisar as mudanças conjunturais, políticas, sociais e econômicas, no século XVIII e início XIX (1715 a 1820), experimentadas por indivíduos que se dedicaram ao comércio, nas Minas Gerais. Por intermédio de inventários post-mortem, processos matrimoniais, cartas...

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Veröffentlicht in:Maracanan 2020 (25 (Poderes), p.230-249
1. Verfasser: Alves, Débora Cristina
Format: Artikel
Sprache:por
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description O presente trabalho tem como intuito analisar as mudanças conjunturais, políticas, sociais e econômicas, no século XVIII e início XIX (1715 a 1820), experimentadas por indivíduos que se dedicaram ao comércio, nas Minas Gerais. Por intermédio de inventários post-mortem, processos matrimoniais, cartas patentes do Arquivo Histórico Ultramarino e documentos do Arquivo da Torre do Tombo, a pesquisa analisa alguns sujeitos da freguesia que instituíram redes de negócios, alianças familiares e demais estratégias para ascenderem socialmente e adquirirem poder e distinção. Para tanto, observamos a riqueza material que conquistaram e o poder imaterial, como benesses, privilégios, comendas, mercês, ofícios que obtiveram ao longo de suas trajetórias com o propósito de participarem do rol dos grandes e importantes senhores na região. Observamos que esses indivíduos e suas famílias mantiveram no início do oitocentos os mesmos mecanismos empregados ao longo do setecentos, como alianças, obtenção de concessões, mercês, privilégios e aquisição de riquezas para se conservarem entre a camada mais abastada da população. Embora regidos por um sistema político que procurava se diferenciar e de ideais liberais, os habitantes de Minas no início do XIX, perpetuaram os mesmos padrões de hierarquização, exclusão e domínio do século XVIII.
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Por intermédio de inventários post-mortem, processos matrimoniais, cartas patentes do Arquivo Histórico Ultramarino e documentos do Arquivo da Torre do Tombo, a pesquisa analisa alguns sujeitos da freguesia que instituíram redes de negócios, alianças familiares e demais estratégias para ascenderem socialmente e adquirirem poder e distinção. Para tanto, observamos a riqueza material que conquistaram e o poder imaterial, como benesses, privilégios, comendas, mercês, ofícios que obtiveram ao longo de suas trajetórias com o propósito de participarem do rol dos grandes e importantes senhores na região. Observamos que esses indivíduos e suas famílias mantiveram no início do oitocentos os mesmos mecanismos empregados ao longo do setecentos, como alianças, obtenção de concessões, mercês, privilégios e aquisição de riquezas para se conservarem entre a camada mais abastada da população. 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