As emoçoes racionais e a realizaçao prática do direito à luz da proposta de Martha Nussbaum: o papel das obras literárias e das emoçoes racionais no processo de tomada de decisao judicial
What is the role of emotions in the rational decision-making process and in the judicial decision-making process, as a species belonging to the genre? The ability to put this question in a committed way implies facing criticism from the traditional position, anchored in the Western philosophical tra...
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Veröffentlicht in: | Revista de estudos jurídicos UNESP 2011, Vol.15 (22), p.285-307 |
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Format: | Artikel |
Sprache: | por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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container_title | Revista de estudos jurídicos UNESP |
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creator | Faria Silvestre, Ana Carolina |
description | What is the role of emotions in the rational decision-making process and in the
judicial decision-making process, as a species belonging to the genre? The ability to put this
question in a committed way implies facing criticism from the traditional position, anchored in
the Western philosophical tradition, which assumes a structural dualism between emotion and
reason. Emotions, they maintain, should be controlled or, preferably, strains of rational debate -
proving to be particularly damaging in the context of public deliberation. The rational decision is
also a non-emotional decision and, therefore, a good judge, in addition to being a person
intellectually endowed with solid knowledge about the Law and things about the world should be
able to suppress his/her emotions. However, questions Nussbaum, can the judge decide
righteously without emotions? The judges are not neutral and their judgments calls-involvesproduces
emotions (rational and irrational ones). The rational emotions should not be banished
from rational discourse, they must be assumed in their inevitability and importance in the rational
decision-making and under the judicial decision-making as well.
Qual será o papel das emoções no processo de tomada de decisão racional e no
processo de tomada de decisão judicial, enquanto espécie pertencente ao gênero? A possibilidade
de se colocar comprometidamente esta pergunta implica no enfrentamento crítico da posição
tradicional, ancorada na tradição filosófica ocidental, que assume uma dualidade estrutural entre
as emoções e a razão. As emoções, sustentam, devem ser dominadas ou, preferencialmente,
estirpadas do debate racional - revelando-se especialmente nocivas no âmbito da deliberação
pública. A decisão racional é também uma decisão não-emotiva e, portanto, um bom julgador,
para além de ser uma pessoa intelectualmente dotada de conhecimentos sólidos sobre as leis e
sobre as coisas do mundo, deve ser capaz de suprimir suas emoções. No entanto, questiona
Nussbaum, será possível decidir um caso com justiça sem a convocação das emoções? Os juízes
não são neutros e o seu julgamento convoca-envolve-produz emoções (racionais e irracionais). As
emoções racionais não devem ser suprimidas, elas devem ser assumidas em sua inevitabilidade e
importância no âmbito do processo racional de decisão e no âmbito da decisão judicial. |
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judicial decision-making process, as a species belonging to the genre? The ability to put this
question in a committed way implies facing criticism from the traditional position, anchored in
the Western philosophical tradition, which assumes a structural dualism between emotion and
reason. Emotions, they maintain, should be controlled or, preferably, strains of rational debate -
proving to be particularly damaging in the context of public deliberation. The rational decision is
also a non-emotional decision and, therefore, a good judge, in addition to being a person
intellectually endowed with solid knowledge about the Law and things about the world should be
able to suppress his/her emotions. However, questions Nussbaum, can the judge decide
righteously without emotions? The judges are not neutral and their judgments calls-involvesproduces
emotions (rational and irrational ones). The rational emotions should not be banished
from rational discourse, they must be assumed in their inevitability and importance in the rational
decision-making and under the judicial decision-making as well.
Qual será o papel das emoções no processo de tomada de decisão racional e no
processo de tomada de decisão judicial, enquanto espécie pertencente ao gênero? A possibilidade
de se colocar comprometidamente esta pergunta implica no enfrentamento crítico da posição
tradicional, ancorada na tradição filosófica ocidental, que assume uma dualidade estrutural entre
as emoções e a razão. As emoções, sustentam, devem ser dominadas ou, preferencialmente,
estirpadas do debate racional - revelando-se especialmente nocivas no âmbito da deliberação
pública. A decisão racional é também uma decisão não-emotiva e, portanto, um bom julgador,
para além de ser uma pessoa intelectualmente dotada de conhecimentos sólidos sobre as leis e
sobre as coisas do mundo, deve ser capaz de suprimir suas emoções. No entanto, questiona
Nussbaum, será possível decidir um caso com justiça sem a convocação das emoções? Os juízes
não são neutros e o seu julgamento convoca-envolve-produz emoções (racionais e irracionais). As
emoções racionais não devem ser suprimidas, elas devem ser assumidas em sua inevitabilidade e
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judicial decision-making process, as a species belonging to the genre? The ability to put this
question in a committed way implies facing criticism from the traditional position, anchored in
the Western philosophical tradition, which assumes a structural dualism between emotion and
reason. Emotions, they maintain, should be controlled or, preferably, strains of rational debate -
proving to be particularly damaging in the context of public deliberation. The rational decision is
also a non-emotional decision and, therefore, a good judge, in addition to being a person
intellectually endowed with solid knowledge about the Law and things about the world should be
able to suppress his/her emotions. However, questions Nussbaum, can the judge decide
righteously without emotions? The judges are not neutral and their judgments calls-involvesproduces
emotions (rational and irrational ones). The rational emotions should not be banished
from rational discourse, they must be assumed in their inevitability and importance in the rational
decision-making and under the judicial decision-making as well.
Qual será o papel das emoções no processo de tomada de decisão racional e no
processo de tomada de decisão judicial, enquanto espécie pertencente ao gênero? A possibilidade
de se colocar comprometidamente esta pergunta implica no enfrentamento crítico da posição
tradicional, ancorada na tradição filosófica ocidental, que assume uma dualidade estrutural entre
as emoções e a razão. As emoções, sustentam, devem ser dominadas ou, preferencialmente,
estirpadas do debate racional - revelando-se especialmente nocivas no âmbito da deliberação
pública. A decisão racional é também uma decisão não-emotiva e, portanto, um bom julgador,
para além de ser uma pessoa intelectualmente dotada de conhecimentos sólidos sobre as leis e
sobre as coisas do mundo, deve ser capaz de suprimir suas emoções. No entanto, questiona
Nussbaum, será possível decidir um caso com justiça sem a convocação das emoções? Os juízes
não são neutros e o seu julgamento convoca-envolve-produz emoções (racionais e irracionais). As
emoções racionais não devem ser suprimidas, elas devem ser assumidas em sua inevitabilidade e
importância no âmbito do processo racional de decisão e no âmbito da decisão judicial.</description><subject>adjudication</subject><subject>decisão judicial</subject><subject>deliberação pública</subject><subject>Emoções racionais</subject><subject>judicial decision</subject><subject>making</subject><subject>public deliberation</subject><subject>Rational emotions</subject><subject>realização prática do Direito</subject><issn>1414-3097</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2011</creationdate><recordtype>article</recordtype><sourceid>FKZ</sourceid><recordid>eNqlUDFOxEAM3AIkTnB_8AdOyiWBCERzQiAaKND1kW_XCEebOFpvCu41UN07UD7GLoKO7lzY0ow9M_KJWazrdb2qiuvmzCxVuyJVU5RXTbkwXxsF6mU-CCkEtCwDcoIAIRB63uN8QIExzJ-RLYITcByIo8D8AX7ag8PEyigaE0vwhCG-ITxPqjuc-htIxziST3sKsgupe46U9AJjNsr4PwmGbCqWVCXLRunR_Rg4sqwpUjc5toz-wpy-olda_s5zc_twv717XLlEDhTbMXCP4b0V5PYPmwYOLB22pO3mZZs_Ul9WRV1WR55_A7smfyU</recordid><startdate>2011</startdate><enddate>2011</enddate><creator>Faria Silvestre, Ana Carolina</creator><general>Editora Unesp</general><scope>AGMXS</scope><scope>FKZ</scope></search><sort><creationdate>2011</creationdate><title>As emoçoes racionais e a realizaçao prática do direito à luz da proposta de Martha Nussbaum: o papel das obras literárias e das emoçoes racionais no processo de tomada de decisao judicial</title><author>Faria Silvestre, Ana Carolina</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-dialnet_primary_oai_dialnet_unirioja_es_ART00004530423</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2011</creationdate><topic>adjudication</topic><topic>decisão judicial</topic><topic>deliberação pública</topic><topic>Emoções racionais</topic><topic>judicial decision</topic><topic>making</topic><topic>public deliberation</topic><topic>Rational emotions</topic><topic>realização prática do Direito</topic><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Faria Silvestre, Ana Carolina</creatorcontrib><collection>Dialnet (Open Access Full Text)</collection><collection>Dialnet</collection><jtitle>Revista de estudos jurídicos UNESP</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Faria Silvestre, Ana Carolina</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>As emoçoes racionais e a realizaçao prática do direito à luz da proposta de Martha Nussbaum: o papel das obras literárias e das emoçoes racionais no processo de tomada de decisao judicial</atitle><jtitle>Revista de estudos jurídicos UNESP</jtitle><date>2011</date><risdate>2011</risdate><volume>15</volume><issue>22</issue><spage>285</spage><epage>307</epage><pages>285-307</pages><issn>1414-3097</issn><abstract>What is the role of emotions in the rational decision-making process and in the
judicial decision-making process, as a species belonging to the genre? The ability to put this
question in a committed way implies facing criticism from the traditional position, anchored in
the Western philosophical tradition, which assumes a structural dualism between emotion and
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proving to be particularly damaging in the context of public deliberation. The rational decision is
also a non-emotional decision and, therefore, a good judge, in addition to being a person
intellectually endowed with solid knowledge about the Law and things about the world should be
able to suppress his/her emotions. However, questions Nussbaum, can the judge decide
righteously without emotions? The judges are not neutral and their judgments calls-involvesproduces
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from rational discourse, they must be assumed in their inevitability and importance in the rational
decision-making and under the judicial decision-making as well.
Qual será o papel das emoções no processo de tomada de decisão racional e no
processo de tomada de decisão judicial, enquanto espécie pertencente ao gênero? A possibilidade
de se colocar comprometidamente esta pergunta implica no enfrentamento crítico da posição
tradicional, ancorada na tradição filosófica ocidental, que assume uma dualidade estrutural entre
as emoções e a razão. As emoções, sustentam, devem ser dominadas ou, preferencialmente,
estirpadas do debate racional - revelando-se especialmente nocivas no âmbito da deliberação
pública. A decisão racional é também uma decisão não-emotiva e, portanto, um bom julgador,
para além de ser uma pessoa intelectualmente dotada de conhecimentos sólidos sobre as leis e
sobre as coisas do mundo, deve ser capaz de suprimir suas emoções. No entanto, questiona
Nussbaum, será possível decidir um caso com justiça sem a convocação das emoções? Os juízes
não são neutros e o seu julgamento convoca-envolve-produz emoções (racionais e irracionais). As
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