Toxicidade e teratogenicidade de óleos essenciais de priprioca em larvas de paulistinha (Danio rerio)
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creator | Layana Aquino Moura Dutra-Costa, Bruna Patrícia M. A. P. Falcão A. L. A. Maleski L. A. D. Andrade A. I. Andrade C. C. Almeida Lopes-Ferreira, Monica C. Lima A. M. Kasper Castro, Kelly C. F. L. E. S. Barata Rosas, Christian Jesus Jarquin Diógenes Henrique De Siqueira-Silva Lima, Monica Gomes Maximino, Caio |
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Introdução:
O
óleo essencial de Cyperus
articulatus
L, conhecida como Priprioca, apresenta uma gama de efeitos
farmacológicos, incluindo efeitos antibacterianos, analgesia, e
efeitos anticonvulsivantes. Sua toxicidade é desconhecida.
Objetivo:
Determinar
a toxicidade aguda ou letal de óleos essenciais de priprioca em
estágios embrionários de peixes (Danio
rerio).
Métodos:
Os
óleos essenciais (OEs) de Priprioca utilizados foram preparados no
Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Bioativos da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém/PA,
através de hidrodestilação em Clevenger (OE-HE) a partir de 500 g
de rizomas da espécie nos meses de junho e julho de 2015, resultando
em 1,5 ml de cada OE; ou por arraste à vapor (OE-AV) a partir de 2,5
kg de rizomas. Em
uma modificação do Fish Embryo Test (FET, OECD nº 236; DOI:
10.1787/20745761), 480 embriões de paulistinha foram utilizados,
divididos em 5 embriões por poço de 4 placas de 24 poços, com duas
placas para cada OE; a segunda placa de cada OE representava a
duplicata do FET. Ovos
de peixe-zebra recém-fertilizados foram expostos às concentrações
dos OEs de Priprioca (0,000625
ppm, 0,00125 ppm, 0,0025 ppm, 0,005 ppm, e 0,01 ppm) em
teste por um período de 96 horas, com quatro poços por
concentração, seguido de duplicata. A cada 24 horas, foram feitas
quatro observações apicais e registrados como indicadores letais:
(i) coagulação de ovos fertilizados, (ii) falta de formação de
somito, (iii) falta de descolamento do broto da cauda do saco
vitelino, e (iv) falta de batimento cardíaco. Como indicadores
subletais, foram registrados: (1) falta de olho/cabeça, (2) sem
movimentação, (3) absorção do saco vitelínico, (4) edema de
pericárdio, (5) edema de saco vitelínico, (6) bexiga não-inflada,
(7) alteração de pigmentação. No final do período de exposição,
a toxicidade aguda foi determinada com base em um único resultado
positivo em qualquer uma das quatro observações apicais
registradas, e a CL50 é definida a partir desse desfecho. Para a
teratogenicidade, foram consideradas as seguintes observ |
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Introdução:
O
óleo essencial de Cyperus
articulatus
L, conhecida como Priprioca, apresenta uma gama de efeitos
farmacológicos, incluindo efeitos antibacterianos, analgesia, e
efeitos anticonvulsivantes. Sua toxicidade é desconhecida.
Objetivo:
Determinar
a toxicidade aguda ou letal de óleos essenciais de priprioca em
estágios embrionários de peixes (Danio
rerio).
Métodos:
Os
óleos essenciais (OEs) de Priprioca utilizados foram preparados no
Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Bioativos da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém/PA,
através de hidrodestilação em Clevenger (OE-HE) a partir de 500 g
de rizomas da espécie nos meses de junho e julho de 2015, resultando
em 1,5 ml de cada OE; ou por arraste à vapor (OE-AV) a partir de 2,5
kg de rizomas. Em
uma modificação do Fish Embryo Test (FET, OECD nº 236; DOI:
10.1787/20745761), 480 embriões de paulistinha foram utilizados,
divididos em 5 embriões por poço de 4 placas de 24 poços, com duas
placas para cada OE; a segunda placa de cada OE representava a
duplicata do FET. Ovos
de peixe-zebra recém-fertilizados foram expostos às concentrações
dos OEs de Priprioca (0,000625
ppm, 0,00125 ppm, 0,0025 ppm, 0,005 ppm, e 0,01 ppm) em
teste por um período de 96 horas, com quatro poços por
concentração, seguido de duplicata. A cada 24 horas, foram feitas
quatro observações apicais e registrados como indicadores letais:
(i) coagulação de ovos fertilizados, (ii) falta de formação de
somito, (iii) falta de descolamento do broto da cauda do saco
vitelino, e (iv) falta de batimento cardíaco. Como indicadores
subletais, foram registrados: (1) falta de olho/cabeça, (2) sem
movimentação, (3) absorção do saco vitelínico, (4) edema de
pericárdio, (5) edema de saco vitelínico, (6) bexiga não-inflada,
(7) alteração de pigmentação. No final do período de exposição,
a toxicidade aguda foi determinada com base em um único resultado
positivo em qualquer uma das quatro observações apicais
registradas, e a CL50 é definida a partir desse desfecho. Para a
teratogenicidade, foram consideradas as seguintes observações: (a)
cauda curva, (b) cauda encurtada, (c) escoliose, e (d) crescimento
retardado. O manejo dos animais seguiu as normativas do CONCEA, e os
protocolos foram aprovados pelo CEUA da UEPA (Protocolo 06/18).
Resultados:
Houve
efeito concentração-dependente
do
OE-HE (χ2
=
29,13, p = 0,0001) e do OE-AV (χ2=
30,28, p = 0,0001) sobre a toxicidade aguda. A concentração de
0,000625
ppm foi definida como tóxica para os dois extratos. Foram
registrados como características subletais e teratogenicidade: falta
de olho/cabeça; ausência de movimentação; edema pericárdio;
edema de saco vitelínico; e crescimento retardado.
Conclusão:
O
extrato de Priprioca apresentou efeito toxicológico no
desenvolvimento embrionário e má formação. Entretanto, a
frequência de eventos foi baixa.
Apoio:
N/A</description><identifier>DOI: 10.6084/m9.figshare.8187635</identifier><language>eng</language><publisher>Figshare</publisher><subject>FOS: Clinical medicine ; Toxicology ; Toxicology (incl. Clinical Toxicology)</subject><creationdate>2019</creationdate><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>780,1894</link.rule.ids><linktorsrc>$$Uhttps://commons.datacite.org/doi.org/10.6084/m9.figshare.8187635$$EView_record_in_DataCite.org$$FView_record_in_$$GDataCite.org$$Hfree_for_read</linktorsrc></links><search><creatorcontrib>Layana Aquino Moura</creatorcontrib><creatorcontrib>Dutra-Costa, Bruna Patrícia</creatorcontrib><creatorcontrib>M. A. P. Falcão</creatorcontrib><creatorcontrib>A. L. A. Maleski</creatorcontrib><creatorcontrib>L. A. D. Andrade</creatorcontrib><creatorcontrib>A. I. Andrade</creatorcontrib><creatorcontrib>C. C. Almeida</creatorcontrib><creatorcontrib>Lopes-Ferreira, Monica</creatorcontrib><creatorcontrib>C. Lima</creatorcontrib><creatorcontrib>A. M. Kasper</creatorcontrib><creatorcontrib>Castro, Kelly C. F.</creatorcontrib><creatorcontrib>L. E. S. Barata</creatorcontrib><creatorcontrib>Rosas, Christian Jesus Jarquin</creatorcontrib><creatorcontrib>Diógenes Henrique De Siqueira-Silva</creatorcontrib><creatorcontrib>Lima, Monica Gomes</creatorcontrib><creatorcontrib>Maximino, Caio</creatorcontrib><title>Toxicidade e teratogenicidade de óleos essenciais de priprioca em larvas de paulistinha (Danio rerio)</title><description>@page { margin: 2cm }
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Introdução:
O
óleo essencial de Cyperus
articulatus
L, conhecida como Priprioca, apresenta uma gama de efeitos
farmacológicos, incluindo efeitos antibacterianos, analgesia, e
efeitos anticonvulsivantes. Sua toxicidade é desconhecida.
Objetivo:
Determinar
a toxicidade aguda ou letal de óleos essenciais de priprioca em
estágios embrionários de peixes (Danio
rerio).
Métodos:
Os
óleos essenciais (OEs) de Priprioca utilizados foram preparados no
Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Bioativos da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém/PA,
através de hidrodestilação em Clevenger (OE-HE) a partir de 500 g
de rizomas da espécie nos meses de junho e julho de 2015, resultando
em 1,5 ml de cada OE; ou por arraste à vapor (OE-AV) a partir de 2,5
kg de rizomas. Em
uma modificação do Fish Embryo Test (FET, OECD nº 236; DOI:
10.1787/20745761), 480 embriões de paulistinha foram utilizados,
divididos em 5 embriões por poço de 4 placas de 24 poços, com duas
placas para cada OE; a segunda placa de cada OE representava a
duplicata do FET. Ovos
de peixe-zebra recém-fertilizados foram expostos às concentrações
dos OEs de Priprioca (0,000625
ppm, 0,00125 ppm, 0,0025 ppm, 0,005 ppm, e 0,01 ppm) em
teste por um período de 96 horas, com quatro poços por
concentração, seguido de duplicata. A cada 24 horas, foram feitas
quatro observações apicais e registrados como indicadores letais:
(i) coagulação de ovos fertilizados, (ii) falta de formação de
somito, (iii) falta de descolamento do broto da cauda do saco
vitelino, e (iv) falta de batimento cardíaco. Como indicadores
subletais, foram registrados: (1) falta de olho/cabeça, (2) sem
movimentação, (3) absorção do saco vitelínico, (4) edema de
pericárdio, (5) edema de saco vitelínico, (6) bexiga não-inflada,
(7) alteração de pigmentação. No final do período de exposição,
a toxicidade aguda foi determinada com base em um único resultado
positivo em qualquer uma das quatro observações apicais
registradas, e a CL50 é definida a partir desse desfecho. Para a
teratogenicidade, foram consideradas as seguintes observações: (a)
cauda curva, (b) cauda encurtada, (c) escoliose, e (d) crescimento
retardado. O manejo dos animais seguiu as normativas do CONCEA, e os
protocolos foram aprovados pelo CEUA da UEPA (Protocolo 06/18).
Resultados:
Houve
efeito concentração-dependente
do
OE-HE (χ2
=
29,13, p = 0,0001) e do OE-AV (χ2=
30,28, p = 0,0001) sobre a toxicidade aguda. A concentração de
0,000625
ppm foi definida como tóxica para os dois extratos. Foram
registrados como características subletais e teratogenicidade: falta
de olho/cabeça; ausência de movimentação; edema pericárdio;
edema de saco vitelínico; e crescimento retardado.
Conclusão:
O
extrato de Priprioca apresentou efeito toxicológico no
desenvolvimento embrionário e má formação. Entretanto, a
frequência de eventos foi baixa.
Apoio:
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O
óleo essencial de Cyperus
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farmacológicos, incluindo efeitos antibacterianos, analgesia, e
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Objetivo:
Determinar
a toxicidade aguda ou letal de óleos essenciais de priprioca em
estágios embrionários de peixes (Danio
rerio).
Métodos:
Os
óleos essenciais (OEs) de Priprioca utilizados foram preparados no
Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Bioativos da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém/PA,
através de hidrodestilação em Clevenger (OE-HE) a partir de 500 g
de rizomas da espécie nos meses de junho e julho de 2015, resultando
em 1,5 ml de cada OE; ou por arraste à vapor (OE-AV) a partir de 2,5
kg de rizomas. Em
uma modificação do Fish Embryo Test (FET, OECD nº 236; DOI:
10.1787/20745761), 480 embriões de paulistinha foram utilizados,
divididos em 5 embriões por poço de 4 placas de 24 poços, com duas
placas para cada OE; a segunda placa de cada OE representava a
duplicata do FET. Ovos
de peixe-zebra recém-fertilizados foram expostos às concentrações
dos OEs de Priprioca (0,000625
ppm, 0,00125 ppm, 0,0025 ppm, 0,005 ppm, e 0,01 ppm) em
teste por um período de 96 horas, com quatro poços por
concentração, seguido de duplicata. A cada 24 horas, foram feitas
quatro observações apicais e registrados como indicadores letais:
(i) coagulação de ovos fertilizados, (ii) falta de formação de
somito, (iii) falta de descolamento do broto da cauda do saco
vitelino, e (iv) falta de batimento cardíaco. Como indicadores
subletais, foram registrados: (1) falta de olho/cabeça, (2) sem
movimentação, (3) absorção do saco vitelínico, (4) edema de
pericárdio, (5) edema de saco vitelínico, (6) bexiga não-inflada,
(7) alteração de pigmentação. No final do período de exposição,
a toxicidade aguda foi determinada com base em um único resultado
positivo em qualquer uma das quatro observações apicais
registradas, e a CL50 é definida a partir desse desfecho. Para a
teratogenicidade, foram consideradas as seguintes observações: (a)
cauda curva, (b) cauda encurtada, (c) escoliose, e (d) crescimento
retardado. O manejo dos animais seguiu as normativas do CONCEA, e os
protocolos foram aprovados pelo CEUA da UEPA (Protocolo 06/18).
Resultados:
Houve
efeito concentração-dependente
do
OE-HE (χ2
=
29,13, p = 0,0001) e do OE-AV (χ2=
30,28, p = 0,0001) sobre a toxicidade aguda. A concentração de
0,000625
ppm foi definida como tóxica para os dois extratos. Foram
registrados como características subletais e teratogenicidade: falta
de olho/cabeça; ausência de movimentação; edema pericárdio;
edema de saco vitelínico; e crescimento retardado.
Conclusão:
O
extrato de Priprioca apresentou efeito toxicológico no
desenvolvimento embrionário e má formação. Entretanto, a
frequência de eventos foi baixa.
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