Caracterização mineralógica, micromorfológica e geoquímica da fase fosfática de compostos organo-fosfatados obtidos pelo processo Humifert
As jazidas fosfáticas brasileiras são, principalmente, produtos da laterização de corpos ígneos carbonatíticos enriquecidos em apatita. O intemperismo laterítico concentra o mineral de minério numa primeira fase, mas sua progressão modifica e desestabiliza a apatita residual, gerando materiais de me...
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Veröffentlicht in: | Revista do Instituto Geológico (São Paulo) 2005-01, Vol.26 (1-2), p.31-44 |
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Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Toledo, Maria Cristina Motta de Passos, Camila M Ferrari, Viviane Carillo |
description | As jazidas fosfáticas brasileiras são, principalmente, produtos da laterização de corpos ígneos carbonatíticos enriquecidos em apatita. O intemperismo laterítico concentra o mineral de minério numa primeira fase, mas sua progressão modifica e desestabiliza a apatita residual, gerando materiais de menor qualidade do ponto de vista do aproveitamento mineral, embora ainda ricos em P2O5 (TOLEDO et al. 1999). Estes materiais, rejeitados, podem representar material valioso em processos alternativos de utilização de materiais fosfáticos, como o processo Humifert (STERNICHA 1988), que produz compostos organo-fosfatados a partir de minérios marginais ou de rejeitos de minas e de matéria orgânica úmida, pelo ataque nítrico, sendo os compostos formados mais solúveis que os fosfatos naturais iniciais e menos que os fertilizantes tradicionais. O processo Humifert foi aplicado pela primeira vez em materiais fosfáticos brasileiros por OBA (2000), e os compostos obtidos por este autor foram caracterizados neste trabalho, visando ao entendimento das transformações dos grãos de apatita, das interações entre os componentes presentes, das neoformações ocorridas e das propriedades adquiridas pelo material transformado, além de correlacionar esta caracterização com os materiais minerais originais utilizados pelo autor mencionado, provenientes de Catalão I (GO), Jacupiranga (SP) e Patos de Minas (MG), e com os resultados diferenciados dos ensaios agronômicos de seu trabalho. As observações em microscopia mostraram, nos produtos, fases correspondentes a compostos neoformados e grãos de apatita diferentes dos grãos dos materiais iniciais. As análises térmicas mostraram, além da perda da água livre dos produtos, um pico exotérmico a 490-520ºC, que foi relacionado a novos compostos. As medidas da solubilidade do P em diferentes extratores (água, ácido cítrico 2% e citrato neutro de amônio) mostraram um aumento de solubilidade dos produtos em relação aos respectivos materiais iniciais. Os melhores resultados agronômicos, dentre os produtos, foram apresentados por aqueles obtidos a partir de materiais mais intemperizados e com apatita não relacionada ao quartzo. |
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O processo Humifert foi aplicado pela primeira vez em materiais fosfáticos brasileiros por OBA (2000), e os compostos obtidos por este autor foram caracterizados neste trabalho, visando ao entendimento das transformações dos grãos de apatita, das interações entre os componentes presentes, das neoformações ocorridas e das propriedades adquiridas pelo material transformado, além de correlacionar esta caracterização com os materiais minerais originais utilizados pelo autor mencionado, provenientes de Catalão I (GO), Jacupiranga (SP) e Patos de Minas (MG), e com os resultados diferenciados dos ensaios agronômicos de seu trabalho. As observações em microscopia mostraram, nos produtos, fases correspondentes a compostos neoformados e grãos de apatita diferentes dos grãos dos materiais iniciais. As análises térmicas mostraram, além da perda da água livre dos produtos, um pico exotérmico a 490-520ºC, que foi relacionado a novos compostos. As medidas da solubilidade do P em diferentes extratores (água, ácido cítrico 2% e citrato neutro de amônio) mostraram um aumento de solubilidade dos produtos em relação aos respectivos materiais iniciais. Os melhores resultados agronômicos, dentre os produtos, foram apresentados por aqueles obtidos a partir de materiais mais intemperizados e com apatita não relacionada ao quartzo.</description><identifier>ISSN: 2176-1892</identifier><identifier>EISSN: 2176-1892</identifier><identifier>DOI: 10.5935/0100-929X.20050003</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista do Instituto Geológico (São Paulo), 2005-01, Vol.26 (1-2), p.31-44</ispartof><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Toledo, Maria Cristina Motta de</creatorcontrib><creatorcontrib>Passos, Camila M</creatorcontrib><creatorcontrib>Ferrari, Viviane Carillo</creatorcontrib><title>Caracterização mineralógica, micromorfológica e geoquímica da fase fosfática de compostos organo-fosfatados obtidos pelo processo Humifert</title><title>Revista do Instituto Geológico (São Paulo)</title><description>As jazidas fosfáticas brasileiras são, principalmente, produtos da laterização de corpos ígneos carbonatíticos enriquecidos em apatita. 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O processo Humifert foi aplicado pela primeira vez em materiais fosfáticos brasileiros por OBA (2000), e os compostos obtidos por este autor foram caracterizados neste trabalho, visando ao entendimento das transformações dos grãos de apatita, das interações entre os componentes presentes, das neoformações ocorridas e das propriedades adquiridas pelo material transformado, além de correlacionar esta caracterização com os materiais minerais originais utilizados pelo autor mencionado, provenientes de Catalão I (GO), Jacupiranga (SP) e Patos de Minas (MG), e com os resultados diferenciados dos ensaios agronômicos de seu trabalho. As observações em microscopia mostraram, nos produtos, fases correspondentes a compostos neoformados e grãos de apatita diferentes dos grãos dos materiais iniciais. As análises térmicas mostraram, além da perda da água livre dos produtos, um pico exotérmico a 490-520ºC, que foi relacionado a novos compostos. 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As medidas da solubilidade do P em diferentes extratores (água, ácido cítrico 2% e citrato neutro de amônio) mostraram um aumento de solubilidade dos produtos em relação aos respectivos materiais iniciais. Os melhores resultados agronômicos, dentre os produtos, foram apresentados por aqueles obtidos a partir de materiais mais intemperizados e com apatita não relacionada ao quartzo.</abstract><doi>10.5935/0100-929X.20050003</doi></addata></record> |
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