O impacto da pandemia pela COVID-19 na saúde mental: qual é o papel da Atenção Primária à Saúde?

Introdução: Em momentos como a pandemia causada pela COVID-19, há evidências de que a morbimortalidade relacionada à saúde mental tende a superar a relacionada diretamente à infecção, sendo resultado da própria pandemia e também das medidas de distanciamento social. Objetivo: Apresentar uma proposta...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de medicina de família e comunidade 2020-09, Vol.15 (42), p.2532
Hauptverfasser: Nabuco, Guilherme, Pires de Oliveira, Maria Helena Pereira, Afonso, Marcelo Pellizzaro Dias
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Introdução: Em momentos como a pandemia causada pela COVID-19, há evidências de que a morbimortalidade relacionada à saúde mental tende a superar a relacionada diretamente à infecção, sendo resultado da própria pandemia e também das medidas de distanciamento social. Objetivo: Apresentar uma proposta para a atuação das equipes de Atenção Primária no enfrentamento ao adoecimento mental relacionado à pandemia. Métodos: Revisando os fatores de risco e estressores, e resgatando os atributos e potencialidades da atenção primária à saúde, foi escrito um ensaio científico apresentando propostas do papel da APS. Resultados e Discussão: Os principais fatores de risco para adoecimento mental identificados incluem: vulnerabilidade social, contrair a doença ou conviver com alguém infectado, existência de transtorno mental prévio, ser idoso e ser profissional de saúde. O isolamento físico e o excesso de informações nem sempre confiáveis somam estressores à crise. As especificidades do luto durante a pandemia também aumentam o risco de lutos complicados. No contexto brasileiro, há ainda a crise político-institucional aumentando a ansiedade e insegurança da população. Propõe-se que a Atenção Primária à Saúde, com suas características e atributos, deve: identificar as famílias com risco aumentado para adoecimento mental; articular intersetorialmente para que as demandas dos mais vulneráveis sejam atendidas; orientar a população sobre como minimizar os fatores geradores de ansiedade; apoiar as famílias para possibilitar o processo de luto. Conclusões: Este ensaio pretende qualificar a discussão sobre o papel da APS na saúde mental da população e, portanto, subsidiar ações que potencializem o cuidado prestado pelas equipes durante a pandemia de COVID-19.
ISSN:1809-5909
2179-7994
DOI:10.5712/rbmfc15(42)2532