Inteligência artificial, pós-humanismo e Educação: entre o simulacro e a assemblagem

Argumenta-se contra a personalização de agentes de inteligência artificial (IA) generativas baseadas em modelos de linguagem natural tais como ChatGPT e Bard. Propõe-se que projetar “humanidade” nesse tipo de artefato é uma forma de apego antropocêntrico improdutivo educacionalmente; sugere-se, como...

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Veröffentlicht in:Dialogia (São Paulo) 2023-04 (44), p.e23906
1. Verfasser: Buzato, Marcelo El Khouri
Format: Artikel
Sprache:eng
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description Argumenta-se contra a personalização de agentes de inteligência artificial (IA) generativas baseadas em modelos de linguagem natural tais como ChatGPT e Bard. Propõe-se que projetar “humanidade” nesse tipo de artefato é uma forma de apego antropocêntrico improdutivo educacionalmente; sugere-se, como alternativa, o modelo da assemblagem cognitiva (novo inconsciente) de Katherine Hayles, no qual cognições técnicas (não-conscientes) produzem modos de atenção-reconhecimento que têm agencia moral e política, mas não se confundem com consciências humanas. Explica-se a projeção de uma teoria da mente no artefato a partir do arcabouço da pós-fenomomenlogia e adverte-se que nem demonizar a inteligência artificial, nem tratar esses simulacros como inteligências de facto, “empodera” o humano, mas apenas reencena versões progressivamente mais reducionistas do humano idealizado do humanismo. Urge que se utilieze de forma mais transparente as articulações entre consciência e modos não-humanos de atenção-reconhecimento para que tanto estudantes IAs não se tornem cada vez menos “inteligentes”.
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Propõe-se que projetar “humanidade” nesse tipo de artefato é uma forma de apego antropocêntrico improdutivo educacionalmente; sugere-se, como alternativa, o modelo da assemblagem cognitiva (novo inconsciente) de Katherine Hayles, no qual cognições técnicas (não-conscientes) produzem modos de atenção-reconhecimento que têm agencia moral e política, mas não se confundem com consciências humanas. Explica-se a projeção de uma teoria da mente no artefato a partir do arcabouço da pós-fenomomenlogia e adverte-se que nem demonizar a inteligência artificial, nem tratar esses simulacros como inteligências de facto, “empodera” o humano, mas apenas reencena versões progressivamente mais reducionistas do humano idealizado do humanismo. 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Propõe-se que projetar “humanidade” nesse tipo de artefato é uma forma de apego antropocêntrico improdutivo educacionalmente; sugere-se, como alternativa, o modelo da assemblagem cognitiva (novo inconsciente) de Katherine Hayles, no qual cognições técnicas (não-conscientes) produzem modos de atenção-reconhecimento que têm agencia moral e política, mas não se confundem com consciências humanas. Explica-se a projeção de uma teoria da mente no artefato a partir do arcabouço da pós-fenomomenlogia e adverte-se que nem demonizar a inteligência artificial, nem tratar esses simulacros como inteligências de facto, “empodera” o humano, mas apenas reencena versões progressivamente mais reducionistas do humano idealizado do humanismo. 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