Quedas em idosos e sua relação com uso de medicamentos e sedentarismo: visão de uma população na atenção primária

O envelhecimento populacional acelerado brasileiro traz sérios desafios: aumento das quedas e redução da capacidade funcional. A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividad...

Ausführliche Beschreibung

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Veröffentlicht in:Saberes Plurais (Online) 2018-08, Vol.2 (2), p.82-109
Hauptverfasser: Santos, Milton Humberto Schanes dos, Moriguchi, Emilio Hideyuki, Blank, Danilo
Format: Artikel
Sprache:eng
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creator Santos, Milton Humberto Schanes dos
Moriguchi, Emilio Hideyuki
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description O envelhecimento populacional acelerado brasileiro traz sérios desafios: aumento das quedas e redução da capacidade funcional. A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividade popular, focando nos fatores de risco ambientais e epidemiologia. Este estudo analisou qualitativamente entrevistas de 13 frequentadores de 47 a 87 anos de idade de um posto de saúde de Porto Alegre, com o objetivo de registrar os aspectos subjetivos do conhecimento popular da relação existente entre a ocorrência de quedas, sedentarismo e uso de medicamentos em idosos. Metas derivadas dessa principal são sensibilizar profissionais de saúde para a implementação de ações educativas e elaborar um material educativo para esses profissionais. Entrevistas realizadas em duplas ou trios sob roteiro semiestruturado foram gravadas utilizando-se telefone celular. Dados obtidos submetidos à análise de conteúdo do tipo temática descrita por Minayo. Vídeos foram editados e disponibilizados restritamente como parte do material. Doenças, sintomas, equilíbrio e medicamentos é categoria que destacou benzodiazepínicos e analgésicos como favorecedores de quedas, assim como doenças, dores, automedicação e falta de cálcio.  Analgésicos e ansiolíticos protegeriam de quedas, paradoxalmente, assim como cálcio, vitamina D e alendronato. Ambiente, atividade física e envelhecimento destaca inadequação estrutural e de acessibilidade, dinapenia, sarcopenia, alterações de memória, marcha, equilíbrio e flexibilidade, além da redução da acuidade visual e atenção como favorecedores de quedas. Exercícios físicos, mesmo tardios, estruturas físicas dos lares, banhos de sol, condicionamento físico, caminhar, subir escadas, musculação e atividades domésticas preveniram quedas. Outra categoria, elementos de apoio, destacou ansiedade, depressão, desânimo, medo de cair novamente, isolamento social, ausência de apoio familiar ou de bengala como favorecedores de quedas. Acompanhamento médico e psicológico, presença de familiar ou acompanhante ao sair, estímulo ao autocuidado, diminuição da ansiedade, uso de bengalas, orientações aos pedestres e aos cuidadores de idosos e forte rede de relações as preveniram.
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A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividade popular, focando nos fatores de risco ambientais e epidemiologia. Este estudo analisou qualitativamente entrevistas de 13 frequentadores de 47 a 87 anos de idade de um posto de saúde de Porto Alegre, com o objetivo de registrar os aspectos subjetivos do conhecimento popular da relação existente entre a ocorrência de quedas, sedentarismo e uso de medicamentos em idosos. Metas derivadas dessa principal são sensibilizar profissionais de saúde para a implementação de ações educativas e elaborar um material educativo para esses profissionais. Entrevistas realizadas em duplas ou trios sob roteiro semiestruturado foram gravadas utilizando-se telefone celular. Dados obtidos submetidos à análise de conteúdo do tipo temática descrita por Minayo. Vídeos foram editados e disponibilizados restritamente como parte do material. Doenças, sintomas, equilíbrio e medicamentos é categoria que destacou benzodiazepínicos e analgésicos como favorecedores de quedas, assim como doenças, dores, automedicação e falta de cálcio.  Analgésicos e ansiolíticos protegeriam de quedas, paradoxalmente, assim como cálcio, vitamina D e alendronato. Ambiente, atividade física e envelhecimento destaca inadequação estrutural e de acessibilidade, dinapenia, sarcopenia, alterações de memória, marcha, equilíbrio e flexibilidade, além da redução da acuidade visual e atenção como favorecedores de quedas. Exercícios físicos, mesmo tardios, estruturas físicas dos lares, banhos de sol, condicionamento físico, caminhar, subir escadas, musculação e atividades domésticas preveniram quedas. Outra categoria, elementos de apoio, destacou ansiedade, depressão, desânimo, medo de cair novamente, isolamento social, ausência de apoio familiar ou de bengala como favorecedores de quedas. 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A relação de quedas nesta faixa etária com medicamentos e sedentarismo é bem conhecida. Materiais direcionados aos pacientes e profissionais de saúde carecem da subjetividade popular, focando nos fatores de risco ambientais e epidemiologia. Este estudo analisou qualitativamente entrevistas de 13 frequentadores de 47 a 87 anos de idade de um posto de saúde de Porto Alegre, com o objetivo de registrar os aspectos subjetivos do conhecimento popular da relação existente entre a ocorrência de quedas, sedentarismo e uso de medicamentos em idosos. Metas derivadas dessa principal são sensibilizar profissionais de saúde para a implementação de ações educativas e elaborar um material educativo para esses profissionais. Entrevistas realizadas em duplas ou trios sob roteiro semiestruturado foram gravadas utilizando-se telefone celular. Dados obtidos submetidos à análise de conteúdo do tipo temática descrita por Minayo. Vídeos foram editados e disponibilizados restritamente como parte do material. Doenças, sintomas, equilíbrio e medicamentos é categoria que destacou benzodiazepínicos e analgésicos como favorecedores de quedas, assim como doenças, dores, automedicação e falta de cálcio.  Analgésicos e ansiolíticos protegeriam de quedas, paradoxalmente, assim como cálcio, vitamina D e alendronato. Ambiente, atividade física e envelhecimento destaca inadequação estrutural e de acessibilidade, dinapenia, sarcopenia, alterações de memória, marcha, equilíbrio e flexibilidade, além da redução da acuidade visual e atenção como favorecedores de quedas. Exercícios físicos, mesmo tardios, estruturas físicas dos lares, banhos de sol, condicionamento físico, caminhar, subir escadas, musculação e atividades domésticas preveniram quedas. Outra categoria, elementos de apoio, destacou ansiedade, depressão, desânimo, medo de cair novamente, isolamento social, ausência de apoio familiar ou de bengala como favorecedores de quedas. 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