O enigma do Clube da Esquina:vozes de uma outra África na pedagogia do congado
O artigo procura analisar por um ponto de vista discursivo o descompasso entre a inventividade das canções do Clube da Esquina e o reconhecimento midiático em grau de equilíbrio com outros movimentos marcantes na história da música popular brasileira, como a Bossa-Nova e o tropicalismo. A importânci...
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Veröffentlicht in: | Desenredo 2017-06, Vol.13 (1) |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Varoni de Carvalho, Pedro Henrique |
description | O artigo procura analisar por um ponto de vista discursivo o descompasso entre a inventividade das canções do Clube da Esquina e o reconhecimento midiático em grau de equilíbrio com outros movimentos marcantes na história da música popular brasileira, como a Bossa-Nova e o tropicalismo. A importância político-poética da canção popular como espaço de resistência criou no Brasil uma relação simbiótica entre a voz que fala e a voz que canta, conforme demonstra Luís Tatit. Milton e os demais artistas do Clube da Esquina, filiados ao discurso que associa o mineiro à introspecção e discrição, não articularam essa relação nos canais midiáticos, quando o fazem – no final da ditadura- embalam a associação de suas canções com o discurso político de Tancredo Neves. Esse movimento revela contradições entre o espaço de resistência a partir de uma herança cultural negra que vem dos ternos de congo e das festas de rua de Minas Gerais, base interdiscursiva das canções do Clube da Esquina, com o discurso da mineiridade como estratégia histórica de dominação econômica e política. Procuramos discutir as relações entre os dispositivos midiáticos e os jogos de poder em torno da canção brasileira com base na genealogia de Foucault e ao fazê-lo entender as manifestações da cultura popular rural e sua influência na canção urbana como espaços de resistência criativa. |
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A importância político-poética da canção popular como espaço de resistência criou no Brasil uma relação simbiótica entre a voz que fala e a voz que canta, conforme demonstra Luís Tatit. Milton e os demais artistas do Clube da Esquina, filiados ao discurso que associa o mineiro à introspecção e discrição, não articularam essa relação nos canais midiáticos, quando o fazem – no final da ditadura- embalam a associação de suas canções com o discurso político de Tancredo Neves. Esse movimento revela contradições entre o espaço de resistência a partir de uma herança cultural negra que vem dos ternos de congo e das festas de rua de Minas Gerais, base interdiscursiva das canções do Clube da Esquina, com o discurso da mineiridade como estratégia histórica de dominação econômica e política. Procuramos discutir as relações entre os dispositivos midiáticos e os jogos de poder em torno da canção brasileira com base na genealogia de Foucault e ao fazê-lo entender as manifestações da cultura popular rural e sua influência na canção urbana como espaços de resistência criativa.</description><identifier>ISSN: 2236-5400</identifier><identifier>EISSN: 1808-656X</identifier><identifier>DOI: 10.5335/rdes.v13i1.6770</identifier><language>eng</language><ispartof>Desenredo, 2017-06, Vol.13 (1)</ispartof><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,27903,27904</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Varoni de Carvalho, Pedro Henrique</creatorcontrib><title>O enigma do Clube da Esquina:vozes de uma outra África na pedagogia do congado</title><title>Desenredo</title><description>O artigo procura analisar por um ponto de vista discursivo o descompasso entre a inventividade das canções do Clube da Esquina e o reconhecimento midiático em grau de equilíbrio com outros movimentos marcantes na história da música popular brasileira, como a Bossa-Nova e o tropicalismo. A importância político-poética da canção popular como espaço de resistência criou no Brasil uma relação simbiótica entre a voz que fala e a voz que canta, conforme demonstra Luís Tatit. Milton e os demais artistas do Clube da Esquina, filiados ao discurso que associa o mineiro à introspecção e discrição, não articularam essa relação nos canais midiáticos, quando o fazem – no final da ditadura- embalam a associação de suas canções com o discurso político de Tancredo Neves. Esse movimento revela contradições entre o espaço de resistência a partir de uma herança cultural negra que vem dos ternos de congo e das festas de rua de Minas Gerais, base interdiscursiva das canções do Clube da Esquina, com o discurso da mineiridade como estratégia histórica de dominação econômica e política. 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