“Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência

Neste estudo apresentamos análises de três poemas do livro Negra Nua Crua, da poeta e slammer paulistana Mel Duarte. A temática em debate suscita reflexões quanto à urgência de se pensar a poesia falada/escrita num contexto marginal-periférico, enquanto uma prática de resistência e reexistência. Tra...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Travessias 2020-08, Vol.14 (2), p.251-266
Hauptverfasser: Da Silva, Patrícia Pereira, Klein, Geane Valesca Da Cunha
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
container_end_page 266
container_issue 2
container_start_page 251
container_title Travessias
container_volume 14
creator Da Silva, Patrícia Pereira
Klein, Geane Valesca Da Cunha
description Neste estudo apresentamos análises de três poemas do livro Negra Nua Crua, da poeta e slammer paulistana Mel Duarte. A temática em debate suscita reflexões quanto à urgência de se pensar a poesia falada/escrita num contexto marginal-periférico, enquanto uma prática de resistência e reexistência. Trata-se de uma pesquisa inserida no escopo dos estudos literários e dos estudos culturais, de modo que o percurso metodológico se funda no estabelecimento de uma hipótese de leitura, a qual conduz todo o processo analítico de interpretação e de manejo/constituição do referencial teórico. Partimos da hipótese segundo a qual dos corpos-vozes do eu-lírico-poético-político emanam questões do universo subjetivo da mulher negra em sua relação com o mundo, ruindo os estereótipos historicamente impostos. O corpus analítico inclui os poemas Não desiste!, Menina melanina e Negra Nua Crua. A base teórica perpassa os estudos de Bosi (1977:1996:2002), Candido (2006), Nascimento (2006:2019), hooks (2019), Dalcastagnè (2006), Toni C. (2006:2009), dentre outros. Nossas conclusões evidenciam que Mel Duarte representa um todo muito maior de jovens poetas trovadoras da contemporaneidade, mulheres negras que transformam narrativas invisibibilizadas em arte-sujeito, formando um quilombo urbano de oralidade e oralitura poética, griôs na escrevivência de suas/nossas reexistências.
doi_str_mv 10.48075/rt.v14i2.25525
format Article
fullrecord <record><control><sourceid>crossref</sourceid><recordid>TN_cdi_crossref_primary_10_48075_rt_v14i2_25525</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><sourcerecordid>10_48075_rt_v14i2_25525</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-crossref_primary_10_48075_rt_v14i2_255253</originalsourceid><addsrcrecordid>eNqVTzFOw0AQPEUgEUFq2qUnzvmcUxxaAqKhS39amTU65NjO3jmCLi_gBSBBGb7hn-QlnB2EaClWu7Mzo9EIcR7LaJrKmZ6wjzbx1KpIaa30QAzjearGep7ooz_3iRg59ySlVLNU6UQNxet--7ZAqLHADSO0H0DOtztvM7yE8Ce2eZjA7KCuDsTFfvt-1ZEVucCskB9tiQU8ENxTAYsG2RNQuW6w9BU0qyDl9rOzdhoOrpDxVWbB3EF6_sVn4jjHwtHoZ5-Kye3N8vpunHHlHFNuarYh8MXE0vTNDXvTNzd98-T_jm92sGoZ</addsrcrecordid><sourcetype>Aggregation Database</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype></control><display><type>article</type><title>“Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência</title><source>DOAJ Directory of Open Access Journals</source><creator>Da Silva, Patrícia Pereira ; Klein, Geane Valesca Da Cunha</creator><creatorcontrib>Da Silva, Patrícia Pereira ; Klein, Geane Valesca Da Cunha</creatorcontrib><description>Neste estudo apresentamos análises de três poemas do livro Negra Nua Crua, da poeta e slammer paulistana Mel Duarte. A temática em debate suscita reflexões quanto à urgência de se pensar a poesia falada/escrita num contexto marginal-periférico, enquanto uma prática de resistência e reexistência. Trata-se de uma pesquisa inserida no escopo dos estudos literários e dos estudos culturais, de modo que o percurso metodológico se funda no estabelecimento de uma hipótese de leitura, a qual conduz todo o processo analítico de interpretação e de manejo/constituição do referencial teórico. Partimos da hipótese segundo a qual dos corpos-vozes do eu-lírico-poético-político emanam questões do universo subjetivo da mulher negra em sua relação com o mundo, ruindo os estereótipos historicamente impostos. O corpus analítico inclui os poemas Não desiste!, Menina melanina e Negra Nua Crua. A base teórica perpassa os estudos de Bosi (1977:1996:2002), Candido (2006), Nascimento (2006:2019), hooks (2019), Dalcastagnè (2006), Toni C. (2006:2009), dentre outros. Nossas conclusões evidenciam que Mel Duarte representa um todo muito maior de jovens poetas trovadoras da contemporaneidade, mulheres negras que transformam narrativas invisibibilizadas em arte-sujeito, formando um quilombo urbano de oralidade e oralitura poética, griôs na escrevivência de suas/nossas reexistências.</description><identifier>ISSN: 1982-5935</identifier><identifier>EISSN: 1982-5935</identifier><identifier>DOI: 10.48075/rt.v14i2.25525</identifier><language>eng</language><ispartof>Travessias, 2020-08, Vol.14 (2), p.251-266</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><orcidid>0000-0002-8828-687X ; 0000-0002-2325-6581</orcidid></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,860,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Da Silva, Patrícia Pereira</creatorcontrib><creatorcontrib>Klein, Geane Valesca Da Cunha</creatorcontrib><title>“Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência</title><title>Travessias</title><description>Neste estudo apresentamos análises de três poemas do livro Negra Nua Crua, da poeta e slammer paulistana Mel Duarte. A temática em debate suscita reflexões quanto à urgência de se pensar a poesia falada/escrita num contexto marginal-periférico, enquanto uma prática de resistência e reexistência. Trata-se de uma pesquisa inserida no escopo dos estudos literários e dos estudos culturais, de modo que o percurso metodológico se funda no estabelecimento de uma hipótese de leitura, a qual conduz todo o processo analítico de interpretação e de manejo/constituição do referencial teórico. Partimos da hipótese segundo a qual dos corpos-vozes do eu-lírico-poético-político emanam questões do universo subjetivo da mulher negra em sua relação com o mundo, ruindo os estereótipos historicamente impostos. O corpus analítico inclui os poemas Não desiste!, Menina melanina e Negra Nua Crua. A base teórica perpassa os estudos de Bosi (1977:1996:2002), Candido (2006), Nascimento (2006:2019), hooks (2019), Dalcastagnè (2006), Toni C. (2006:2009), dentre outros. Nossas conclusões evidenciam que Mel Duarte representa um todo muito maior de jovens poetas trovadoras da contemporaneidade, mulheres negras que transformam narrativas invisibibilizadas em arte-sujeito, formando um quilombo urbano de oralidade e oralitura poética, griôs na escrevivência de suas/nossas reexistências.</description><issn>1982-5935</issn><issn>1982-5935</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2020</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNqVTzFOw0AQPEUgEUFq2qUnzvmcUxxaAqKhS39amTU65NjO3jmCLi_gBSBBGb7hn-QlnB2EaClWu7Mzo9EIcR7LaJrKmZ6wjzbx1KpIaa30QAzjearGep7ooz_3iRg59ySlVLNU6UQNxet--7ZAqLHADSO0H0DOtztvM7yE8Ce2eZjA7KCuDsTFfvt-1ZEVucCskB9tiQU8ENxTAYsG2RNQuW6w9BU0qyDl9rOzdhoOrpDxVWbB3EF6_sVn4jjHwtHoZ5-Kye3N8vpunHHlHFNuarYh8MXE0vTNDXvTNzd98-T_jm92sGoZ</recordid><startdate>20200831</startdate><enddate>20200831</enddate><creator>Da Silva, Patrícia Pereira</creator><creator>Klein, Geane Valesca Da Cunha</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-8828-687X</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-2325-6581</orcidid></search><sort><creationdate>20200831</creationdate><title>“Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência</title><author>Da Silva, Patrícia Pereira ; Klein, Geane Valesca Da Cunha</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-crossref_primary_10_48075_rt_v14i2_255253</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2020</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Da Silva, Patrícia Pereira</creatorcontrib><creatorcontrib>Klein, Geane Valesca Da Cunha</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Travessias</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Da Silva, Patrícia Pereira</au><au>Klein, Geane Valesca Da Cunha</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>“Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência</atitle><jtitle>Travessias</jtitle><date>2020-08-31</date><risdate>2020</risdate><volume>14</volume><issue>2</issue><spage>251</spage><epage>266</epage><pages>251-266</pages><issn>1982-5935</issn><eissn>1982-5935</eissn><abstract>Neste estudo apresentamos análises de três poemas do livro Negra Nua Crua, da poeta e slammer paulistana Mel Duarte. A temática em debate suscita reflexões quanto à urgência de se pensar a poesia falada/escrita num contexto marginal-periférico, enquanto uma prática de resistência e reexistência. Trata-se de uma pesquisa inserida no escopo dos estudos literários e dos estudos culturais, de modo que o percurso metodológico se funda no estabelecimento de uma hipótese de leitura, a qual conduz todo o processo analítico de interpretação e de manejo/constituição do referencial teórico. Partimos da hipótese segundo a qual dos corpos-vozes do eu-lírico-poético-político emanam questões do universo subjetivo da mulher negra em sua relação com o mundo, ruindo os estereótipos historicamente impostos. O corpus analítico inclui os poemas Não desiste!, Menina melanina e Negra Nua Crua. A base teórica perpassa os estudos de Bosi (1977:1996:2002), Candido (2006), Nascimento (2006:2019), hooks (2019), Dalcastagnè (2006), Toni C. (2006:2009), dentre outros. Nossas conclusões evidenciam que Mel Duarte representa um todo muito maior de jovens poetas trovadoras da contemporaneidade, mulheres negras que transformam narrativas invisibibilizadas em arte-sujeito, formando um quilombo urbano de oralidade e oralitura poética, griôs na escrevivência de suas/nossas reexistências.</abstract><doi>10.48075/rt.v14i2.25525</doi><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-8828-687X</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-2325-6581</orcidid></addata></record>
fulltext fulltext
identifier ISSN: 1982-5935
ispartof Travessias, 2020-08, Vol.14 (2), p.251-266
issn 1982-5935
1982-5935
language eng
recordid cdi_crossref_primary_10_48075_rt_v14i2_25525
source DOAJ Directory of Open Access Journals
title “Da palavra à estética, a periferia é poética!”: a poesia marginal de Mel Duarte enquanto uma prática de resistência e reexistência
url https://sfx.bib-bvb.de/sfx_tum?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2025-02-14T16%3A24%3A16IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-crossref&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=%E2%80%9CDa%20palavra%20%C3%A0%20est%C3%A9tica,%20a%20periferia%20%C3%A9%20po%C3%A9tica!%E2%80%9D:%20a%20poesia%20marginal%20de%20Mel%20Duarte%20enquanto%20uma%20pr%C3%A1tica%20de%20resist%C3%AAncia%20e%20reexist%C3%AAncia&rft.jtitle=Travessias&rft.au=Da%20Silva,%20Patr%C3%ADcia%20Pereira&rft.date=2020-08-31&rft.volume=14&rft.issue=2&rft.spage=251&rft.epage=266&rft.pages=251-266&rft.issn=1982-5935&rft.eissn=1982-5935&rft_id=info:doi/10.48075/rt.v14i2.25525&rft_dat=%3Ccrossref%3E10_48075_rt_v14i2_25525%3C/crossref%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&disable_directlink=true&sfx.directlink=off&sfx.report_link=0&rft_id=info:oai/&rft_id=info:pmid/&rfr_iscdi=true