“A melhor vista da felicidade”: o consumo visual da paisagem da Orla Conde como legado do Porto Maravilha na cidade do Rio de Janeiro

Este artigo pretende enfocar a paisagem do percurso da “Orla Conde” que margeia o renovado porto da cidade do Rio de Janeiro. A partir da observação participante, análises de discursos, retóricas publicitárias e imagéticas, nos permitimos analisar a enorme distância entre conceitos usados no context...

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Veröffentlicht in:Ponto Urbe 2022, Vol.30
Hauptverfasser: Barbosa, Antônio Agenor, Cáceres, Luz Stella Rodríguez
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Cáceres, Luz Stella Rodríguez
description Este artigo pretende enfocar a paisagem do percurso da “Orla Conde” que margeia o renovado porto da cidade do Rio de Janeiro. A partir da observação participante, análises de discursos, retóricas publicitárias e imagéticas, nos permitimos analisar a enorme distância entre conceitos usados no contexto das reformas urbanas empreendidas e o que de fato há para se experienciar na paisagem circundante. Tal percurso tem como ponto de chegada uma recém inaugurada roda-gigante, cujo slogan publicitário nos convida para apreciar "a melhor vista da felicidade". Nosso recurso analítico é a descrição e a prática do percurso proposto e, ao fazê-lo, nos interrogamos sobre as possibilidades de flanar e de se encantar no espaço linear que propõe o trajeto fixo, apoiado numa linha projetual que não nos convida a desvios nem encruzilhadas e que nos conduz para um artefato de fantasia e de entretenimento direcionado apenas para o consumo visual da paisagem. This article aims to explore the landscape of the “Orla Conde” route that borders the renovated port of Rio de Janeiro city. From participant observation, discourse analysis, advertising and imagery rhetoric, we allow ourselves to analyze the huge gap between concepts used in the context of urban reforms undertaken and what actually is to be experienced in the surrounding landscape. This route has as its arrival point a recently inaugurated Ferris wheel, whose advertising slogan invites us to enjoy "the best view of happiness". Our analitic resource is the description and practice of the proposed route and, in doing so, we wonder about the possibilities of wandering and enchanting ourselves in a merely linear space with a fixed route, supported by a design line that does not insinuate or invite us to deviations nor crossroads and that leads us to an artifact of fantasy and entertainment intended only for its visual consumption.
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A partir da observação participante, análises de discursos, retóricas publicitárias e imagéticas, nos permitimos analisar a enorme distância entre conceitos usados no contexto das reformas urbanas empreendidas e o que de fato há para se experienciar na paisagem circundante. Tal percurso tem como ponto de chegada uma recém inaugurada roda-gigante, cujo slogan publicitário nos convida para apreciar "a melhor vista da felicidade". Nosso recurso analítico é a descrição e a prática do percurso proposto e, ao fazê-lo, nos interrogamos sobre as possibilidades de flanar e de se encantar no espaço linear que propõe o trajeto fixo, apoiado numa linha projetual que não nos convida a desvios nem encruzilhadas e que nos conduz para um artefato de fantasia e de entretenimento direcionado apenas para o consumo visual da paisagem. This article aims to explore the landscape of the “Orla Conde” route that borders the renovated port of Rio de Janeiro city. From participant observation, discourse analysis, advertising and imagery rhetoric, we allow ourselves to analyze the huge gap between concepts used in the context of urban reforms undertaken and what actually is to be experienced in the surrounding landscape. This route has as its arrival point a recently inaugurated Ferris wheel, whose advertising slogan invites us to enjoy "the best view of happiness". Our analitic resource is the description and practice of the proposed route and, in doing so, we wonder about the possibilities of wandering and enchanting ourselves in a merely linear space with a fixed route, supported by a design line that does not insinuate or invite us to deviations nor crossroads and that leads us to an artifact of fantasy and entertainment intended only for its visual consumption.</description><identifier>ISSN: 1981-3341</identifier><identifier>EISSN: 1981-3341</identifier><identifier>DOI: 10.4000/pontourbe.12029</identifier><language>eng</language><ispartof>Ponto Urbe, 2022, Vol.30</ispartof><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><cites>FETCH-crossref_primary_10_4000_pontourbe_120293</cites></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,778,782,4012,27906,27907,27908</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Barbosa, Antônio Agenor</creatorcontrib><creatorcontrib>Cáceres, Luz Stella Rodríguez</creatorcontrib><title>“A melhor vista da felicidade”: o consumo visual da paisagem da Orla Conde como legado do Porto Maravilha na cidade do Rio de Janeiro</title><title>Ponto Urbe</title><description>Este artigo pretende enfocar a paisagem do percurso da “Orla Conde” que margeia o renovado porto da cidade do Rio de Janeiro. A partir da observação participante, análises de discursos, retóricas publicitárias e imagéticas, nos permitimos analisar a enorme distância entre conceitos usados no contexto das reformas urbanas empreendidas e o que de fato há para se experienciar na paisagem circundante. Tal percurso tem como ponto de chegada uma recém inaugurada roda-gigante, cujo slogan publicitário nos convida para apreciar "a melhor vista da felicidade". Nosso recurso analítico é a descrição e a prática do percurso proposto e, ao fazê-lo, nos interrogamos sobre as possibilidades de flanar e de se encantar no espaço linear que propõe o trajeto fixo, apoiado numa linha projetual que não nos convida a desvios nem encruzilhadas e que nos conduz para um artefato de fantasia e de entretenimento direcionado apenas para o consumo visual da paisagem. This article aims to explore the landscape of the “Orla Conde” route that borders the renovated port of Rio de Janeiro city. From participant observation, discourse analysis, advertising and imagery rhetoric, we allow ourselves to analyze the huge gap between concepts used in the context of urban reforms undertaken and what actually is to be experienced in the surrounding landscape. This route has as its arrival point a recently inaugurated Ferris wheel, whose advertising slogan invites us to enjoy "the best view of happiness". Our analitic resource is the description and practice of the proposed route and, in doing so, we wonder about the possibilities of wandering and enchanting ourselves in a merely linear space with a fixed route, supported by a design line that does not insinuate or invite us to deviations nor crossroads and that leads us to an artifact of fantasy and entertainment intended only for its visual consumption.</description><issn>1981-3341</issn><issn>1981-3341</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2022</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNqVj8FKw0AQhhdRsGjPXucF2u4mgRpvUhQRRBHvyzQ7aRc2mTCbFLz16jvoy_VJzKqIV2Fgfvi_GfiUujB6XmitFx23PQ-yprnJdFYeqYkpL80szwtz_CefqmmMfq3NMi_KcplN1Nth_34NDYUtC-x87BEcQk3BV96ho8P-4woYKm7j0HAiBgwJ6dBH3FCT8qMEhBW3jkZwpAJt0DGM88TSMzyg4M6HLUKL8P03lc9-ZAjusSUvfK5OagyRpj_7TC1ub15Wd7NKOEah2nbiG5RXa7RN0vZX2n5J5_-_-ARgB2W0</recordid><startdate>2022</startdate><enddate>2022</enddate><creator>Barbosa, Antônio Agenor</creator><creator>Cáceres, Luz Stella Rodríguez</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>2022</creationdate><title>“A melhor vista da felicidade”: o consumo visual da paisagem da Orla Conde como legado do Porto Maravilha na cidade do Rio de Janeiro</title><author>Barbosa, Antônio Agenor ; Cáceres, Luz Stella Rodríguez</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-crossref_primary_10_4000_pontourbe_120293</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2022</creationdate><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Barbosa, Antônio Agenor</creatorcontrib><creatorcontrib>Cáceres, Luz Stella Rodríguez</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Ponto Urbe</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Barbosa, Antônio Agenor</au><au>Cáceres, Luz Stella Rodríguez</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>“A melhor vista da felicidade”: o consumo visual da paisagem da Orla Conde como legado do Porto Maravilha na cidade do Rio de Janeiro</atitle><jtitle>Ponto Urbe</jtitle><date>2022</date><risdate>2022</risdate><volume>30</volume><issn>1981-3341</issn><eissn>1981-3341</eissn><abstract>Este artigo pretende enfocar a paisagem do percurso da “Orla Conde” que margeia o renovado porto da cidade do Rio de Janeiro. 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From participant observation, discourse analysis, advertising and imagery rhetoric, we allow ourselves to analyze the huge gap between concepts used in the context of urban reforms undertaken and what actually is to be experienced in the surrounding landscape. This route has as its arrival point a recently inaugurated Ferris wheel, whose advertising slogan invites us to enjoy "the best view of happiness". Our analitic resource is the description and practice of the proposed route and, in doing so, we wonder about the possibilities of wandering and enchanting ourselves in a merely linear space with a fixed route, supported by a design line that does not insinuate or invite us to deviations nor crossroads and that leads us to an artifact of fantasy and entertainment intended only for its visual consumption.</abstract><doi>10.4000/pontourbe.12029</doi></addata></record>
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