ARTE DE PARTEJAR: APRENDIZADOS E ENSINAMENTOS DE MULHERES PARTEIRAS DE COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO VALE DO GUAPORÉ – RO
Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação feita com mulheres de comunidades remanescentes de quilombos do Vale do Guaporé – RO.O objetivo foi analisar as experiências das mulheres parteiras afro-guaporenses a partir dos anos 1940, época em que a medicina oficial ainda não havia alcançad...
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Veröffentlicht in: | Revista Presença Geográfica 2019-08, Vol.6 (1), p.194 |
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Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Santiago, Joely Coelho |
description | Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação feita com mulheres de comunidades remanescentes de quilombos do Vale do Guaporé – RO.O objetivo foi analisar as experiências das mulheres parteiras afro-guaporenses a partir dos anos 1940, época em que a medicina oficial ainda não havia alcançado a região. O estudo foi realizado por intermédio de entrevistas e conversas formais e informais com mulheres nascidas e criadas na região guaporense, com idade entre 74 e 82 anos de idade, por meio do qual foi possível estabelecer diálogos com bases nas teorias de Michelle Perrot (2017), Schumaher & Brazil (2007), Gilberto Freyre (2006) e Maria Odaléa Bruggemann (2001). Acerca da compreensão da história regional, os estudos de Flávio Gomes (2015) e Marco Teixeira & Dante Fonseca (2001). Por meio de narrativas orais de vida de mulheres remanescentes de quilombos identificamos as práticas e os cuidados das mulheres parteiras, que, na arte de partejar apararam e salvaram vidas, além de cuidar das mulheres parturientes e dos recém-nascidos no período de resguardo, bem como, seus conhecimentos ancestrais em ervas medicinais usadas no trabalho de partejar, que, nesse contexto, se tornam relevantes para a preservação das práticas culturais das mulheres de comunidades remanescentes de quilombos no Vale do Guaporé. Desta forma, espera-se contribuir para o reconhecimento e a valorização da memória das mulheres parteiras remanescentes de quilombos, visto que as mulheres negras, camada social mais invisível da sociedade, contribuíram/contribuem de forma relevante não só nas suas comunidades remanescentes de quilombos, como também em outras localidades da região do Vale do Guaporé – comunidades indígenas, bolivianas e ribeirinhas – contudo, suas práticas foram silenciadas pela história. |
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O estudo foi realizado por intermédio de entrevistas e conversas formais e informais com mulheres nascidas e criadas na região guaporense, com idade entre 74 e 82 anos de idade, por meio do qual foi possível estabelecer diálogos com bases nas teorias de Michelle Perrot (2017), Schumaher & Brazil (2007), Gilberto Freyre (2006) e Maria Odaléa Bruggemann (2001). Acerca da compreensão da história regional, os estudos de Flávio Gomes (2015) e Marco Teixeira & Dante Fonseca (2001). Por meio de narrativas orais de vida de mulheres remanescentes de quilombos identificamos as práticas e os cuidados das mulheres parteiras, que, na arte de partejar apararam e salvaram vidas, além de cuidar das mulheres parturientes e dos recém-nascidos no período de resguardo, bem como, seus conhecimentos ancestrais em ervas medicinais usadas no trabalho de partejar, que, nesse contexto, se tornam relevantes para a preservação das práticas culturais das mulheres de comunidades remanescentes de quilombos no Vale do Guaporé. Desta forma, espera-se contribuir para o reconhecimento e a valorização da memória das mulheres parteiras remanescentes de quilombos, visto que as mulheres negras, camada social mais invisível da sociedade, contribuíram/contribuem de forma relevante não só nas suas comunidades remanescentes de quilombos, como também em outras localidades da região do Vale do Guaporé – comunidades indígenas, bolivianas e ribeirinhas – contudo, suas práticas foram silenciadas pela história.</description><identifier>ISSN: 2446-6646</identifier><identifier>EISSN: 2446-6646</identifier><identifier>DOI: 10.36026/rpgeo.v6i1.4496</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista Presença Geográfica, 2019-08, Vol.6 (1), p.194</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,864,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Santiago, Joely Coelho</creatorcontrib><title>ARTE DE PARTEJAR: APRENDIZADOS E ENSINAMENTOS DE MULHERES PARTEIRAS DE COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO VALE DO GUAPORÉ – RO</title><title>Revista Presença Geográfica</title><description>Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação feita com mulheres de comunidades remanescentes de quilombos do Vale do Guaporé – RO.O objetivo foi analisar as experiências das mulheres parteiras afro-guaporenses a partir dos anos 1940, época em que a medicina oficial ainda não havia alcançado a região. O estudo foi realizado por intermédio de entrevistas e conversas formais e informais com mulheres nascidas e criadas na região guaporense, com idade entre 74 e 82 anos de idade, por meio do qual foi possível estabelecer diálogos com bases nas teorias de Michelle Perrot (2017), Schumaher & Brazil (2007), Gilberto Freyre (2006) e Maria Odaléa Bruggemann (2001). Acerca da compreensão da história regional, os estudos de Flávio Gomes (2015) e Marco Teixeira & Dante Fonseca (2001). Por meio de narrativas orais de vida de mulheres remanescentes de quilombos identificamos as práticas e os cuidados das mulheres parteiras, que, na arte de partejar apararam e salvaram vidas, além de cuidar das mulheres parturientes e dos recém-nascidos no período de resguardo, bem como, seus conhecimentos ancestrais em ervas medicinais usadas no trabalho de partejar, que, nesse contexto, se tornam relevantes para a preservação das práticas culturais das mulheres de comunidades remanescentes de quilombos no Vale do Guaporé. Desta forma, espera-se contribuir para o reconhecimento e a valorização da memória das mulheres parteiras remanescentes de quilombos, visto que as mulheres negras, camada social mais invisível da sociedade, contribuíram/contribuem de forma relevante não só nas suas comunidades remanescentes de quilombos, como também em outras localidades da região do Vale do Guaporé – comunidades indígenas, bolivianas e ribeirinhas – contudo, suas práticas foram silenciadas pela história.</description><issn>2446-6646</issn><issn>2446-6646</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2019</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNqdj79OwzAQhy0EEhXtzugXaHBSy_zZjvigRokdnISBxapQiopArWwJiY2RzjwSb8KTEKcMzEz3u_vdN3yEHKcsmQmWiRO_eezWyatYpQnn52KPjDLOxVQILvb_5EMyCeGJMZadnXLB0hH5ANsglUirGG7AXlCoLGqp7kGamiJFXSsNJeqmX_vHsi3maLHeEcrCcM1N2WolQfaFxRI01nmP4FDetqow5WXkDb2DAuO8bqEy9mtLv98_qTVjcrBcPIdu8juPCLvCJp9PH_w6BN8t3cavXhb-zaXMDdJukHZR2kXp2T-QH-LZWUU</recordid><startdate>20190829</startdate><enddate>20190829</enddate><creator>Santiago, Joely Coelho</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>20190829</creationdate><title>ARTE DE PARTEJAR: APRENDIZADOS E ENSINAMENTOS DE MULHERES PARTEIRAS DE COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO VALE DO GUAPORÉ – RO</title><author>Santiago, Joely Coelho</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-crossref_primary_10_36026_rpgeo_v6i1_44963</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2019</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Santiago, Joely Coelho</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Revista Presença Geográfica</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Santiago, Joely Coelho</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>ARTE DE PARTEJAR: APRENDIZADOS E ENSINAMENTOS DE MULHERES PARTEIRAS DE COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO VALE DO GUAPORÉ – RO</atitle><jtitle>Revista Presença Geográfica</jtitle><date>2019-08-29</date><risdate>2019</risdate><volume>6</volume><issue>1</issue><spage>194</spage><pages>194-</pages><issn>2446-6646</issn><eissn>2446-6646</eissn><abstract>Esta pesquisa apresenta resultados de uma investigação feita com mulheres de comunidades remanescentes de quilombos do Vale do Guaporé – RO.O objetivo foi analisar as experiências das mulheres parteiras afro-guaporenses a partir dos anos 1940, época em que a medicina oficial ainda não havia alcançado a região. O estudo foi realizado por intermédio de entrevistas e conversas formais e informais com mulheres nascidas e criadas na região guaporense, com idade entre 74 e 82 anos de idade, por meio do qual foi possível estabelecer diálogos com bases nas teorias de Michelle Perrot (2017), Schumaher & Brazil (2007), Gilberto Freyre (2006) e Maria Odaléa Bruggemann (2001). Acerca da compreensão da história regional, os estudos de Flávio Gomes (2015) e Marco Teixeira & Dante Fonseca (2001). 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Desta forma, espera-se contribuir para o reconhecimento e a valorização da memória das mulheres parteiras remanescentes de quilombos, visto que as mulheres negras, camada social mais invisível da sociedade, contribuíram/contribuem de forma relevante não só nas suas comunidades remanescentes de quilombos, como também em outras localidades da região do Vale do Guaporé – comunidades indígenas, bolivianas e ribeirinhas – contudo, suas práticas foram silenciadas pela história.</abstract><doi>10.36026/rpgeo.v6i1.4496</doi></addata></record> |
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