ANTIDEPRESSIVOS E SEXUALIDADE: UMA REVISÃO

Foram estudadas as ações dos antidepressivos (ADs) em cada fase da resposta sexual. Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermát...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de sexualidade humana 2015-12, Vol.26 (2)
1. Verfasser: Barbieri Filho, Arnaldo
Format: Artikel
Sprache:eng
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description Foram estudadas as ações dos antidepressivos (ADs) em cada fase da resposta sexual. Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermática. Os anti-histamínicos1 (anti-H1) causam sonolência, o que prejudica o desejo e a excitação. Os que estimulam o receptor pós-sináptico 5HT2A têm os seguintes efeitos: diminuem a dopamina no centro mesolímbico do prazer causando diminuição do desejo, aumentam a prolactina diminuindo o desejo e a excitação, inibem a ação do óxido nítrico (NO) dificultando a excitação, causam anestesia genital, inibem o reflexo medular da emissão espermática dificultando o orgasmo. Alguns ADs causam menos disfunções sexuais (DSs) como: Bupropiona, Agomelatina e Vilazodona, que estimulam a dopamina; Mirtazapina e Nefazodona antagonizando o receptor pós-sináptico 5HT2A; Moclobemida, pois parece que os aumentos dopaminérgico e noradrenérgico compensam o aumento serotoninérgico; Reboxetina, que é noradrenérgica; Tianeptina, que parece estimular a dopamina mas não o receptor 5HT2A. Quando um AD causa DS deve-se a princípio esperar, pois o quadro pode se resolver espontaneamente. A segunda opção é diminuir a dose da medicação, a terceira é dar um intervalo medicamentoso, a quarta é trocar o AD e a quinta é acrescentar outra droga ao AD. Podem ser usadas drogas dopaminérgicas, antisserotoninérgicas em 5HT2A, colinérgicas, inibidores da fosfodiesterase5, Buspirona e outras. As drogas acrescentadas podem ter eficácia apenas parcial na melhora das DSs.
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Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermática. Os anti-histamínicos1 (anti-H1) causam sonolência, o que prejudica o desejo e a excitação. Os que estimulam o receptor pós-sináptico 5HT2A têm os seguintes efeitos: diminuem a dopamina no centro mesolímbico do prazer causando diminuição do desejo, aumentam a prolactina diminuindo o desejo e a excitação, inibem a ação do óxido nítrico (NO) dificultando a excitação, causam anestesia genital, inibem o reflexo medular da emissão espermática dificultando o orgasmo. Alguns ADs causam menos disfunções sexuais (DSs) como: Bupropiona, Agomelatina e Vilazodona, que estimulam a dopamina; Mirtazapina e Nefazodona antagonizando o receptor pós-sináptico 5HT2A; Moclobemida, pois parece que os aumentos dopaminérgico e noradrenérgico compensam o aumento serotoninérgico; Reboxetina, que é noradrenérgica; Tianeptina, que parece estimular a dopamina mas não o receptor 5HT2A. Quando um AD causa DS deve-se a princípio esperar, pois o quadro pode se resolver espontaneamente. A segunda opção é diminuir a dose da medicação, a terceira é dar um intervalo medicamentoso, a quarta é trocar o AD e a quinta é acrescentar outra droga ao AD. Podem ser usadas drogas dopaminérgicas, antisserotoninérgicas em 5HT2A, colinérgicas, inibidores da fosfodiesterase5, Buspirona e outras. As drogas acrescentadas podem ter eficácia apenas parcial na melhora das DSs.</description><identifier>ISSN: 0103-6122</identifier><identifier>EISSN: 2675-1194</identifier><identifier>DOI: 10.35919/rbsh.v26i2.137</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista brasileira de sexualidade humana, 2015-12, Vol.26 (2)</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,864,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Barbieri Filho, Arnaldo</creatorcontrib><title>ANTIDEPRESSIVOS E SEXUALIDADE: UMA REVISÃO</title><title>Revista brasileira de sexualidade humana</title><description>Foram estudadas as ações dos antidepressivos (ADs) em cada fase da resposta sexual. Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermática. Os anti-histamínicos1 (anti-H1) causam sonolência, o que prejudica o desejo e a excitação. Os que estimulam o receptor pós-sináptico 5HT2A têm os seguintes efeitos: diminuem a dopamina no centro mesolímbico do prazer causando diminuição do desejo, aumentam a prolactina diminuindo o desejo e a excitação, inibem a ação do óxido nítrico (NO) dificultando a excitação, causam anestesia genital, inibem o reflexo medular da emissão espermática dificultando o orgasmo. Alguns ADs causam menos disfunções sexuais (DSs) como: Bupropiona, Agomelatina e Vilazodona, que estimulam a dopamina; Mirtazapina e Nefazodona antagonizando o receptor pós-sináptico 5HT2A; Moclobemida, pois parece que os aumentos dopaminérgico e noradrenérgico compensam o aumento serotoninérgico; Reboxetina, que é noradrenérgica; Tianeptina, que parece estimular a dopamina mas não o receptor 5HT2A. Quando um AD causa DS deve-se a princípio esperar, pois o quadro pode se resolver espontaneamente. A segunda opção é diminuir a dose da medicação, a terceira é dar um intervalo medicamentoso, a quarta é trocar o AD e a quinta é acrescentar outra droga ao AD. Podem ser usadas drogas dopaminérgicas, antisserotoninérgicas em 5HT2A, colinérgicas, inibidores da fosfodiesterase5, Buspirona e outras. 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Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermática. Os anti-histamínicos1 (anti-H1) causam sonolência, o que prejudica o desejo e a excitação. Os que estimulam o receptor pós-sináptico 5HT2A têm os seguintes efeitos: diminuem a dopamina no centro mesolímbico do prazer causando diminuição do desejo, aumentam a prolactina diminuindo o desejo e a excitação, inibem a ação do óxido nítrico (NO) dificultando a excitação, causam anestesia genital, inibem o reflexo medular da emissão espermática dificultando o orgasmo. Alguns ADs causam menos disfunções sexuais (DSs) como: Bupropiona, Agomelatina e Vilazodona, que estimulam a dopamina; Mirtazapina e Nefazodona antagonizando o receptor pós-sináptico 5HT2A; Moclobemida, pois parece que os aumentos dopaminérgico e noradrenérgico compensam o aumento serotoninérgico; Reboxetina, que é noradrenérgica; Tianeptina, que parece estimular a dopamina mas não o receptor 5HT2A. Quando um AD causa DS deve-se a princípio esperar, pois o quadro pode se resolver espontaneamente. A segunda opção é diminuir a dose da medicação, a terceira é dar um intervalo medicamentoso, a quarta é trocar o AD e a quinta é acrescentar outra droga ao AD. Podem ser usadas drogas dopaminérgicas, antisserotoninérgicas em 5HT2A, colinérgicas, inibidores da fosfodiesterase5, Buspirona e outras. As drogas acrescentadas podem ter eficácia apenas parcial na melhora das DSs.</abstract><doi>10.35919/rbsh.v26i2.137</doi></addata></record>
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