Cultura popular: tessituras de resistência na manifestação dos Cocos de roda

No contexto dos estudos culturais, este artigo tem como objetivo discutir o conceito de Cultura Popular, no recorte da manifestação popular do Coco de Roda em Igarassu, dentro de perspectiva sociológica que compreende a cultura popular como resistente ao mercado e às estruturas de poder dominantes....

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Veröffentlicht in:Ciência & trópico 2024-12, Vol.48 (2)
Hauptverfasser: Silva, Natasha Hevelyn Oliveira da, Sousa, João Morais de
Format: Artikel
Sprache:por
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Sousa, João Morais de
description No contexto dos estudos culturais, este artigo tem como objetivo discutir o conceito de Cultura Popular, no recorte da manifestação popular do Coco de Roda em Igarassu, dentro de perspectiva sociológica que compreende a cultura popular como resistente ao mercado e às estruturas de poder dominantes. No aporte teórico, a cultura é compreendida como um sistema de símbolos (Geertz, 1978) construído mediante o processo de socialização, ou seja, trata-se dos costumes, hábitos, códigos e crenças que são aprendidos pelos sujeitos a partir da sua inserção na sociedade (Laraia, 2020). Faz-se necessário compreender a cultura como um processo social e material, de modo que as questões relativas à economia não estão separadas da cultura, compondo uma totalidade indissociável. Nessa ótica, a acepção da cultura está intimamente conectada aos conflitos sociais, às questões políticas e todo o arcabouço das relações de poder presente nas sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). E a cultura popular como referente às tradições, costumes, usos e memórias das classes populares (Bosi, 2000), em que também prepondera o conflito e se estabelece um limiar entre agência e estrutura. Nesse sentido, a cultura popular é compreendida como tenaz e com capacidade para resistir e construir alternativas contra-hegemônicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). No que tange à metodologia, utilizamos o método qualitativo (Minayo, 2001), uma vez que intentamos uma investigação dos aspectos simbólicos relativos à vivência dessa manifestação. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a estratégia da observação direta e participante, e entrevistas semiestruturadas com fazedores do Coco de Roda em Igarassu. Para a análise de dados, foi utilizada a perspectiva crítica de Guareschi (2014) e análise de conteúdo (Bardin, 1997). O resultado desta pesquisa sugeriu que essas manifestações populares vêm resistindo e contribuindo para a formação de agências participativas, solidárias e contra-hegemônicas. Portanto, o impacto social deste trabalho está em desvelar essas realidade, promover visibilidade para a temática e fortalecer a construção de outros trabalhos e políticas públicas que valorizem a cultura popular como parte do desenvolvimento de uma sociedade humana, integrada e diversa. Palavras-chave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.   In the context of cultural studies, this article aims to discuss the concept of Popular Culture, focusing on the popular manifestation of "Coco de Roda" in Igarassu
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No aporte teórico, a cultura é compreendida como um sistema de símbolos (Geertz, 1978) construído mediante o processo de socialização, ou seja, trata-se dos costumes, hábitos, códigos e crenças que são aprendidos pelos sujeitos a partir da sua inserção na sociedade (Laraia, 2020). Faz-se necessário compreender a cultura como um processo social e material, de modo que as questões relativas à economia não estão separadas da cultura, compondo uma totalidade indissociável. Nessa ótica, a acepção da cultura está intimamente conectada aos conflitos sociais, às questões políticas e todo o arcabouço das relações de poder presente nas sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). E a cultura popular como referente às tradições, costumes, usos e memórias das classes populares (Bosi, 2000), em que também prepondera o conflito e se estabelece um limiar entre agência e estrutura. Nesse sentido, a cultura popular é compreendida como tenaz e com capacidade para resistir e construir alternativas contra-hegemônicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). No que tange à metodologia, utilizamos o método qualitativo (Minayo, 2001), uma vez que intentamos uma investigação dos aspectos simbólicos relativos à vivência dessa manifestação. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a estratégia da observação direta e participante, e entrevistas semiestruturadas com fazedores do Coco de Roda em Igarassu. Para a análise de dados, foi utilizada a perspectiva crítica de Guareschi (2014) e análise de conteúdo (Bardin, 1997). O resultado desta pesquisa sugeriu que essas manifestações populares vêm resistindo e contribuindo para a formação de agências participativas, solidárias e contra-hegemônicas. Portanto, o impacto social deste trabalho está em desvelar essas realidade, promover visibilidade para a temática e fortalecer a construção de outros trabalhos e políticas públicas que valorizem a cultura popular como parte do desenvolvimento de uma sociedade humana, integrada e diversa. Palavras-chave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.   In the context of cultural studies, this article aims to discuss the concept of Popular Culture, focusing on the popular manifestation of "Coco de Roda" in Igarassu, from a sociological perspective that views popular culture as resistant to market forces and dominant power structures. Theoretical framework views culture as a system of symbols (Geertz, 1978) constructed through the process of socialization, encompassing customs, habits, codes, and beliefs learned by individuals through their integration into society (Laraia, 2020). To understand culture, it must be viewed as a social and material process, where economic issues are inseparable from culture, forming an indissociable whole. From this perspective, culture is closely linked to social conflicts, political issues, and the entire framework of power relations in societies (Canclini, 1983; Williams, 2011). Popular culture refers to the traditions, customs, practices, and memories of the lower classes (Bosi, 2000), where conflicts prevail and a threshold is established between agency and structure. Thus, popular is understood culture as resilient and capable of resisting and constructing counter-hegemonic alternatives (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Methodologically, we employed qualitative methods (Minayo, 2001) to investigate the symbolic aspects related to the experience of this manifestation. Data collection techniques included direct participant observation and semi-structured interviews with practitioners of "Coco de Roda" in Igarassu. As data analysis methods, we employed critical perspective (Guareschi, 2014) and content analysis (Bardin, 1997). this research suggests that these popular manifestations have resisted and contributed to the formation of participatory, supportive, and counter-hegemonic agencies. Therefore, the social impact of this study lies in unveiling these realities, promoting visibility for the theme, and strengthening the development of other works and public policies that value popular culture as part of the development of a humane, integrated, and diverse society. Keywords: Culture. Popular Culture.Resistance.   En el contexto de los estudios culturales, este artículo tiene como objetivo es discutir el concepto de Cultura Popular, centrándose en la manifestación popular del Coco de Roda en Igarassu, desde una perspectiva sociológica que considera la cultura popular como resistente a las fuerzas del mercado y las estructuras de poder dominantes. En el marco teórico, la cultura se entiende como un sistema de símbolos (Geertz, 1978) construido a través del proceso de socialización, abarcando costumbres, hábitos, códigos y creencias aprendidos por los individuos mediante su integración en la sociedad (Laraia, 2020). Para entender la cultura, debe considerarse como un proceso social y material, donde los problemas económicos son inseparables de la cultura, formando un todo indivisible. Desde esta perspectiva, la cultura está estrechamente ligada a conflictos sociales, problemas políticos y al marco completo de relaciones de poder en las sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). La cultura popular se refiere a las tradiciones, costumbres, prácticas y memorias de las clases populares (Bosi, 2000), donde prevalecen los conflictos y se establece un umbral entre agencia y estructura. Así, entendemos la cultura popular como resiliente y capaz de resistir y construir alternativas contrahegemónicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Metodológicamente, empleamos métodos cualitativos (Minayo, 2001) para investigar los aspectos simbólicos relacionados con la experiencia de esta manifestación. Las técnicas de recolección de datos incluyeron observación directa y participante, así como entrevistas semiestructuradas con practicantes del Coco de Roda en Igarassu. Como análisis de datos, utilizamos la perspectiva crítica (Guareschi, 2014) y el análisis de contenido (Bardin, 1997). Este trabajo sugiere que estas manifestaciones populares han resistido y contribuido a la formación de agencias participativas, solidarias y contrahegemónicas. Por lo tanto, el impacto social de este estudio radica en desvelar estas realidades, promover la visibilidad del tema y fortalecer el desarrollo de otros trabajos y políticas públicas que valoren la cultura popular como parte del desarrollo de una sociedad humana, integrada y diversa. Palabras clave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.  </description><identifier>ISSN: 0304-2685</identifier><identifier>EISSN: 2526-9372</identifier><identifier>DOI: 10.33148/CETROPv48n2(2024)2284</identifier><language>por</language><ispartof>Ciência &amp; trópico, 2024-12, Vol.48 (2)</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><orcidid>0000-0002-6508-6840 ; 0009-0001-3627-966X</orcidid></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Silva, Natasha Hevelyn Oliveira da</creatorcontrib><creatorcontrib>Sousa, João Morais de</creatorcontrib><title>Cultura popular: tessituras de resistência na manifestação dos Cocos de roda</title><title>Ciência &amp; trópico</title><description>No contexto dos estudos culturais, este artigo tem como objetivo discutir o conceito de Cultura Popular, no recorte da manifestação popular do Coco de Roda em Igarassu, dentro de perspectiva sociológica que compreende a cultura popular como resistente ao mercado e às estruturas de poder dominantes. No aporte teórico, a cultura é compreendida como um sistema de símbolos (Geertz, 1978) construído mediante o processo de socialização, ou seja, trata-se dos costumes, hábitos, códigos e crenças que são aprendidos pelos sujeitos a partir da sua inserção na sociedade (Laraia, 2020). Faz-se necessário compreender a cultura como um processo social e material, de modo que as questões relativas à economia não estão separadas da cultura, compondo uma totalidade indissociável. Nessa ótica, a acepção da cultura está intimamente conectada aos conflitos sociais, às questões políticas e todo o arcabouço das relações de poder presente nas sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). E a cultura popular como referente às tradições, costumes, usos e memórias das classes populares (Bosi, 2000), em que também prepondera o conflito e se estabelece um limiar entre agência e estrutura. Nesse sentido, a cultura popular é compreendida como tenaz e com capacidade para resistir e construir alternativas contra-hegemônicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). No que tange à metodologia, utilizamos o método qualitativo (Minayo, 2001), uma vez que intentamos uma investigação dos aspectos simbólicos relativos à vivência dessa manifestação. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a estratégia da observação direta e participante, e entrevistas semiestruturadas com fazedores do Coco de Roda em Igarassu. Para a análise de dados, foi utilizada a perspectiva crítica de Guareschi (2014) e análise de conteúdo (Bardin, 1997). O resultado desta pesquisa sugeriu que essas manifestações populares vêm resistindo e contribuindo para a formação de agências participativas, solidárias e contra-hegemônicas. Portanto, o impacto social deste trabalho está em desvelar essas realidade, promover visibilidade para a temática e fortalecer a construção de outros trabalhos e políticas públicas que valorizem a cultura popular como parte do desenvolvimento de uma sociedade humana, integrada e diversa. Palavras-chave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.   In the context of cultural studies, this article aims to discuss the concept of Popular Culture, focusing on the popular manifestation of "Coco de Roda" in Igarassu, from a sociological perspective that views popular culture as resistant to market forces and dominant power structures. Theoretical framework views culture as a system of symbols (Geertz, 1978) constructed through the process of socialization, encompassing customs, habits, codes, and beliefs learned by individuals through their integration into society (Laraia, 2020). To understand culture, it must be viewed as a social and material process, where economic issues are inseparable from culture, forming an indissociable whole. From this perspective, culture is closely linked to social conflicts, political issues, and the entire framework of power relations in societies (Canclini, 1983; Williams, 2011). Popular culture refers to the traditions, customs, practices, and memories of the lower classes (Bosi, 2000), where conflicts prevail and a threshold is established between agency and structure. Thus, popular is understood culture as resilient and capable of resisting and constructing counter-hegemonic alternatives (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Methodologically, we employed qualitative methods (Minayo, 2001) to investigate the symbolic aspects related to the experience of this manifestation. Data collection techniques included direct participant observation and semi-structured interviews with practitioners of "Coco de Roda" in Igarassu. As data analysis methods, we employed critical perspective (Guareschi, 2014) and content analysis (Bardin, 1997). this research suggests that these popular manifestations have resisted and contributed to the formation of participatory, supportive, and counter-hegemonic agencies. Therefore, the social impact of this study lies in unveiling these realities, promoting visibility for the theme, and strengthening the development of other works and public policies that value popular culture as part of the development of a humane, integrated, and diverse society. Keywords: Culture. Popular Culture.Resistance.   En el contexto de los estudios culturales, este artículo tiene como objetivo es discutir el concepto de Cultura Popular, centrándose en la manifestación popular del Coco de Roda en Igarassu, desde una perspectiva sociológica que considera la cultura popular como resistente a las fuerzas del mercado y las estructuras de poder dominantes. En el marco teórico, la cultura se entiende como un sistema de símbolos (Geertz, 1978) construido a través del proceso de socialización, abarcando costumbres, hábitos, códigos y creencias aprendidos por los individuos mediante su integración en la sociedad (Laraia, 2020). Para entender la cultura, debe considerarse como un proceso social y material, donde los problemas económicos son inseparables de la cultura, formando un todo indivisible. Desde esta perspectiva, la cultura está estrechamente ligada a conflictos sociales, problemas políticos y al marco completo de relaciones de poder en las sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). La cultura popular se refiere a las tradiciones, costumbres, prácticas y memorias de las clases populares (Bosi, 2000), donde prevalecen los conflictos y se establece un umbral entre agencia y estructura. Así, entendemos la cultura popular como resiliente y capaz de resistir y construir alternativas contrahegemónicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Metodológicamente, empleamos métodos cualitativos (Minayo, 2001) para investigar los aspectos simbólicos relacionados con la experiencia de esta manifestación. Las técnicas de recolección de datos incluyeron observación directa y participante, así como entrevistas semiestructuradas con practicantes del Coco de Roda en Igarassu. Como análisis de datos, utilizamos la perspectiva crítica (Guareschi, 2014) y el análisis de contenido (Bardin, 1997). Este trabajo sugiere que estas manifestaciones populares han resistido y contribuido a la formación de agencias participativas, solidarias y contrahegemónicas. Por lo tanto, el impacto social de este estudio radica en desvelar estas realidades, promover la visibilidad del tema y fortalecer el desarrollo de otros trabajos y políticas públicas que valoren la cultura popular como parte del desarrollo de una sociedad humana, integrada y diversa. 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No aporte teórico, a cultura é compreendida como um sistema de símbolos (Geertz, 1978) construído mediante o processo de socialização, ou seja, trata-se dos costumes, hábitos, códigos e crenças que são aprendidos pelos sujeitos a partir da sua inserção na sociedade (Laraia, 2020). Faz-se necessário compreender a cultura como um processo social e material, de modo que as questões relativas à economia não estão separadas da cultura, compondo uma totalidade indissociável. Nessa ótica, a acepção da cultura está intimamente conectada aos conflitos sociais, às questões políticas e todo o arcabouço das relações de poder presente nas sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). E a cultura popular como referente às tradições, costumes, usos e memórias das classes populares (Bosi, 2000), em que também prepondera o conflito e se estabelece um limiar entre agência e estrutura. Nesse sentido, a cultura popular é compreendida como tenaz e com capacidade para resistir e construir alternativas contra-hegemônicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). No que tange à metodologia, utilizamos o método qualitativo (Minayo, 2001), uma vez que intentamos uma investigação dos aspectos simbólicos relativos à vivência dessa manifestação. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a estratégia da observação direta e participante, e entrevistas semiestruturadas com fazedores do Coco de Roda em Igarassu. Para a análise de dados, foi utilizada a perspectiva crítica de Guareschi (2014) e análise de conteúdo (Bardin, 1997). O resultado desta pesquisa sugeriu que essas manifestações populares vêm resistindo e contribuindo para a formação de agências participativas, solidárias e contra-hegemônicas. Portanto, o impacto social deste trabalho está em desvelar essas realidade, promover visibilidade para a temática e fortalecer a construção de outros trabalhos e políticas públicas que valorizem a cultura popular como parte do desenvolvimento de uma sociedade humana, integrada e diversa. Palavras-chave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.   In the context of cultural studies, this article aims to discuss the concept of Popular Culture, focusing on the popular manifestation of "Coco de Roda" in Igarassu, from a sociological perspective that views popular culture as resistant to market forces and dominant power structures. Theoretical framework views culture as a system of symbols (Geertz, 1978) constructed through the process of socialization, encompassing customs, habits, codes, and beliefs learned by individuals through their integration into society (Laraia, 2020). To understand culture, it must be viewed as a social and material process, where economic issues are inseparable from culture, forming an indissociable whole. From this perspective, culture is closely linked to social conflicts, political issues, and the entire framework of power relations in societies (Canclini, 1983; Williams, 2011). Popular culture refers to the traditions, customs, practices, and memories of the lower classes (Bosi, 2000), where conflicts prevail and a threshold is established between agency and structure. Thus, popular is understood culture as resilient and capable of resisting and constructing counter-hegemonic alternatives (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Methodologically, we employed qualitative methods (Minayo, 2001) to investigate the symbolic aspects related to the experience of this manifestation. Data collection techniques included direct participant observation and semi-structured interviews with practitioners of "Coco de Roda" in Igarassu. As data analysis methods, we employed critical perspective (Guareschi, 2014) and content analysis (Bardin, 1997). this research suggests that these popular manifestations have resisted and contributed to the formation of participatory, supportive, and counter-hegemonic agencies. Therefore, the social impact of this study lies in unveiling these realities, promoting visibility for the theme, and strengthening the development of other works and public policies that value popular culture as part of the development of a humane, integrated, and diverse society. Keywords: Culture. Popular Culture.Resistance.   En el contexto de los estudios culturales, este artículo tiene como objetivo es discutir el concepto de Cultura Popular, centrándose en la manifestación popular del Coco de Roda en Igarassu, desde una perspectiva sociológica que considera la cultura popular como resistente a las fuerzas del mercado y las estructuras de poder dominantes. En el marco teórico, la cultura se entiende como un sistema de símbolos (Geertz, 1978) construido a través del proceso de socialización, abarcando costumbres, hábitos, códigos y creencias aprendidos por los individuos mediante su integración en la sociedad (Laraia, 2020). Para entender la cultura, debe considerarse como un proceso social y material, donde los problemas económicos son inseparables de la cultura, formando un todo indivisible. Desde esta perspectiva, la cultura está estrechamente ligada a conflictos sociales, problemas políticos y al marco completo de relaciones de poder en las sociedades (Canclini, 1983; Williams, 2011). La cultura popular se refiere a las tradiciones, costumbres, prácticas y memorias de las clases populares (Bosi, 2000), donde prevalecen los conflictos y se establece un umbral entre agencia y estructura. Así, entendemos la cultura popular como resiliente y capaz de resistir y construir alternativas contrahegemónicas (Gramsci, 1995; Thompson, 1998). Metodológicamente, empleamos métodos cualitativos (Minayo, 2001) para investigar los aspectos simbólicos relacionados con la experiencia de esta manifestación. Las técnicas de recolección de datos incluyeron observación directa y participante, así como entrevistas semiestructuradas con practicantes del Coco de Roda en Igarassu. Como análisis de datos, utilizamos la perspectiva crítica (Guareschi, 2014) y el análisis de contenido (Bardin, 1997). Este trabajo sugiere que estas manifestaciones populares han resistido y contribuido a la formación de agencias participativas, solidarias y contrahegemónicas. Por lo tanto, el impacto social de este estudio radica en desvelar estas realidades, promover la visibilidad del tema y fortalecer el desarrollo de otros trabajos y políticas públicas que valoren la cultura popular como parte del desarrollo de una sociedad humana, integrada y diversa. Palabras clave: Cultura. Cultura Popular. Resistência.  </abstract><doi>10.33148/CETROPv48n2(2024)2284</doi><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-6508-6840</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0009-0001-3627-966X</orcidid></addata></record>
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