Nem a Favor, nem Contra, Bem ao Contrário: Metapolítica dos Coletes Amarelos e a Situação Recolonial
O que significa o movimento social dos « coletes amarelos » (gilets jaunes) que desafia o poder na França há mais de um ano? Essa « revolta das rotatórias » já é o principal movimento popular na França desde 1968, e até talvez de 1936, mas ela se deixa dificilmente definir. Efetivamente, tem manifes...
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Veröffentlicht in: | Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea 2020-12, Vol.8 (2), p.383-403 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Lacour, Philippe Claude Thierry |
description | O que significa o movimento social dos « coletes amarelos » (gilets jaunes) que desafia o poder na França há mais de um ano? Essa « revolta das rotatórias » já é o principal movimento popular na França desde 1968, e até talvez de 1936, mas ela se deixa dificilmente definir. Efetivamente, tem manifestantes de esquerda e de direita, de todos os gêneros e lugares do país, todas as idades e categorias sócio-profissionais. Diante desse desafio, defendo que tal revolta não se iguala ao movimento social brasileiro de 2013, que evoluiu gradualmente para a extrema direita. De fato, mesmo que tivesse começado com reivindicações em torno do custo de vida (gasolina, poder de compra, taxas), evoluiu fortemente em favor de uma conscientização multiforme, até se definir hoje como um movimento constituinte, que ambiciona uma reformulação do pacto social de base da nação francesa. É então sem exagero nem lirismo que se pode falar de um movimento revolucionário. Ora, resta saber o que estamos a ponto de rejeitar para inventar um mundo novo. Defenderei a hipótese de que o povo Francês tenta se libertar de uma situação quase colonial imposta pela União Européia. |
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Essa « revolta das rotatórias » já é o principal movimento popular na França desde 1968, e até talvez de 1936, mas ela se deixa dificilmente definir. Efetivamente, tem manifestantes de esquerda e de direita, de todos os gêneros e lugares do país, todas as idades e categorias sócio-profissionais. Diante desse desafio, defendo que tal revolta não se iguala ao movimento social brasileiro de 2013, que evoluiu gradualmente para a extrema direita. De fato, mesmo que tivesse começado com reivindicações em torno do custo de vida (gasolina, poder de compra, taxas), evoluiu fortemente em favor de uma conscientização multiforme, até se definir hoje como um movimento constituinte, que ambiciona uma reformulação do pacto social de base da nação francesa. É então sem exagero nem lirismo que se pode falar de um movimento revolucionário. Ora, resta saber o que estamos a ponto de rejeitar para inventar um mundo novo. Defenderei a hipótese de que o povo Francês tenta se libertar de uma situação quase colonial imposta pela União Européia.</description><identifier>ISSN: 2317-9570</identifier><identifier>EISSN: 2317-9570</identifier><identifier>DOI: 10.26512/rfmc.v8i2.28981</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 2020-12, Vol.8 (2), p.383-403</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><orcidid>0000-0003-3226-584X</orcidid></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,864,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Lacour, Philippe Claude Thierry</creatorcontrib><title>Nem a Favor, nem Contra, Bem ao Contrário: Metapolítica dos Coletes Amarelos e a Situação Recolonial</title><title>Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea</title><description>O que significa o movimento social dos « coletes amarelos » (gilets jaunes) que desafia o poder na França há mais de um ano? 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