floresta vista de cima: a categorização do mundo na língua dos Awa Guajá e na “língua” dos karawara

Nesta investigação, que associa linguística e antropologia, descrevemos e analisamos a diferença entre a variedade linguística falada cotidianamente pelos awa, humanos que habitam a terra, e por um conjunto de seres-espíritos denominados karawara, ou humanos que habitam o céu, tal como os Awa Guajá,...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Revista Brasileira de Linguística Antropológica 2023-12, Vol.15
Hauptverfasser: Maria Silva Magalhães, Marina, Felipe Garcia, Uirá
Format: Artikel
Sprache:por
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
container_end_page
container_issue
container_start_page
container_title Revista Brasileira de Linguística Antropológica
container_volume 15
creator Maria Silva Magalhães, Marina
Felipe Garcia, Uirá
description Nesta investigação, que associa linguística e antropologia, descrevemos e analisamos a diferença entre a variedade linguística falada cotidianamente pelos awa, humanos que habitam a terra, e por um conjunto de seres-espíritos denominados karawara, ou humanos que habitam o céu, tal como os Awa Guajá, um povo indígena que vive no noroeste do estado do Maranhão, concebem a distinção entre eles próprios e estas outras subjetividades com as quais estão em permanente contato. Essa população celeste se comunica com os humanos por meio de canções relacionadas ao universo xamânico. São canções que conectam os mundos dos vivos e dos espíritos, com grande importância para o sistema de cura e outras formas de conhecimento como a caça e a própria política awa, além de caracterizar uma estética discursiva singular. Neste trabalho, enfocaremos a diferença na categorização das referências e dos eventos/ações ao contrastarmos essas variedades, explicando o motivo de afirmarmos que existe, na língua Guajá, uma distinta classificação do mundo associada a cada uma delas.
doi_str_mv 10.26512/rbla.v15i1.51951
format Article
fullrecord <record><control><sourceid>crossref</sourceid><recordid>TN_cdi_crossref_primary_10_26512_rbla_v15i1_51951</recordid><sourceformat>XML</sourceformat><sourcesystem>PC</sourcesystem><sourcerecordid>10_26512_rbla_v15i1_51951</sourcerecordid><originalsourceid>FETCH-crossref_primary_10_26512_rbla_v15i1_519513</originalsourceid><addsrcrecordid>eNpjYJA0NNAzMjM1NNIvSspJ1CszNM001DM1tDQ1ZGLgNDI2NNc1NDY3ZQGyDc3NdC2MTSI4GHiLizOTDAwtzQ0NzA0sORnE0nLyi1KLSxIVyjJBZEqqQnJmbiIPA2taYk5xKi-U5mYwdHMNcfbQTS7KLy4uSk2LLygCKiuqjDc0iAe7IR7khniwG-LBbjAmRw8Ad5E6sA</addsrcrecordid><sourcetype>Aggregation Database</sourcetype><iscdi>true</iscdi><recordtype>article</recordtype></control><display><type>article</type><title>floresta vista de cima: a categorização do mundo na língua dos Awa Guajá e na “língua” dos karawara</title><source>EZB-FREE-00999 freely available EZB journals</source><creator>Maria Silva Magalhães, Marina ; Felipe Garcia, Uirá</creator><creatorcontrib>Maria Silva Magalhães, Marina ; Felipe Garcia, Uirá</creatorcontrib><description>Nesta investigação, que associa linguística e antropologia, descrevemos e analisamos a diferença entre a variedade linguística falada cotidianamente pelos awa, humanos que habitam a terra, e por um conjunto de seres-espíritos denominados karawara, ou humanos que habitam o céu, tal como os Awa Guajá, um povo indígena que vive no noroeste do estado do Maranhão, concebem a distinção entre eles próprios e estas outras subjetividades com as quais estão em permanente contato. Essa população celeste se comunica com os humanos por meio de canções relacionadas ao universo xamânico. São canções que conectam os mundos dos vivos e dos espíritos, com grande importância para o sistema de cura e outras formas de conhecimento como a caça e a própria política awa, além de caracterizar uma estética discursiva singular. Neste trabalho, enfocaremos a diferença na categorização das referências e dos eventos/ações ao contrastarmos essas variedades, explicando o motivo de afirmarmos que existe, na língua Guajá, uma distinta classificação do mundo associada a cada uma delas.</description><identifier>ISSN: 2176-834X</identifier><identifier>EISSN: 2317-1375</identifier><identifier>DOI: 10.26512/rbla.v15i1.51951</identifier><language>por</language><ispartof>Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 2023-12, Vol.15</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,776,780,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Maria Silva Magalhães, Marina</creatorcontrib><creatorcontrib>Felipe Garcia, Uirá</creatorcontrib><title>floresta vista de cima: a categorização do mundo na língua dos Awa Guajá e na “língua” dos karawara</title><title>Revista Brasileira de Linguística Antropológica</title><description>Nesta investigação, que associa linguística e antropologia, descrevemos e analisamos a diferença entre a variedade linguística falada cotidianamente pelos awa, humanos que habitam a terra, e por um conjunto de seres-espíritos denominados karawara, ou humanos que habitam o céu, tal como os Awa Guajá, um povo indígena que vive no noroeste do estado do Maranhão, concebem a distinção entre eles próprios e estas outras subjetividades com as quais estão em permanente contato. Essa população celeste se comunica com os humanos por meio de canções relacionadas ao universo xamânico. São canções que conectam os mundos dos vivos e dos espíritos, com grande importância para o sistema de cura e outras formas de conhecimento como a caça e a própria política awa, além de caracterizar uma estética discursiva singular. Neste trabalho, enfocaremos a diferença na categorização das referências e dos eventos/ações ao contrastarmos essas variedades, explicando o motivo de afirmarmos que existe, na língua Guajá, uma distinta classificação do mundo associada a cada uma delas.</description><issn>2176-834X</issn><issn>2317-1375</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2023</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNpjYJA0NNAzMjM1NNIvSspJ1CszNM001DM1tDQ1ZGLgNDI2NNc1NDY3ZQGyDc3NdC2MTSI4GHiLizOTDAwtzQ0NzA0sORnE0nLyi1KLSxIVyjJBZEqqQnJmbiIPA2taYk5xKi-U5mYwdHMNcfbQTS7KLy4uSk2LLygCKiuqjDc0iAe7IR7khniwG-LBbjAmRw8Ad5E6sA</recordid><startdate>20231219</startdate><enddate>20231219</enddate><creator>Maria Silva Magalhães, Marina</creator><creator>Felipe Garcia, Uirá</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>20231219</creationdate><title>floresta vista de cima</title><author>Maria Silva Magalhães, Marina ; Felipe Garcia, Uirá</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-crossref_primary_10_26512_rbla_v15i1_519513</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>por</language><creationdate>2023</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Maria Silva Magalhães, Marina</creatorcontrib><creatorcontrib>Felipe Garcia, Uirá</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Revista Brasileira de Linguística Antropológica</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Maria Silva Magalhães, Marina</au><au>Felipe Garcia, Uirá</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>floresta vista de cima: a categorização do mundo na língua dos Awa Guajá e na “língua” dos karawara</atitle><jtitle>Revista Brasileira de Linguística Antropológica</jtitle><date>2023-12-19</date><risdate>2023</risdate><volume>15</volume><issn>2176-834X</issn><eissn>2317-1375</eissn><abstract>Nesta investigação, que associa linguística e antropologia, descrevemos e analisamos a diferença entre a variedade linguística falada cotidianamente pelos awa, humanos que habitam a terra, e por um conjunto de seres-espíritos denominados karawara, ou humanos que habitam o céu, tal como os Awa Guajá, um povo indígena que vive no noroeste do estado do Maranhão, concebem a distinção entre eles próprios e estas outras subjetividades com as quais estão em permanente contato. Essa população celeste se comunica com os humanos por meio de canções relacionadas ao universo xamânico. São canções que conectam os mundos dos vivos e dos espíritos, com grande importância para o sistema de cura e outras formas de conhecimento como a caça e a própria política awa, além de caracterizar uma estética discursiva singular. Neste trabalho, enfocaremos a diferença na categorização das referências e dos eventos/ações ao contrastarmos essas variedades, explicando o motivo de afirmarmos que existe, na língua Guajá, uma distinta classificação do mundo associada a cada uma delas.</abstract><doi>10.26512/rbla.v15i1.51951</doi></addata></record>
fulltext fulltext
identifier ISSN: 2176-834X
ispartof Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 2023-12, Vol.15
issn 2176-834X
2317-1375
language por
recordid cdi_crossref_primary_10_26512_rbla_v15i1_51951
source EZB-FREE-00999 freely available EZB journals
title floresta vista de cima: a categorização do mundo na língua dos Awa Guajá e na “língua” dos karawara
url https://sfx.bib-bvb.de/sfx_tum?ctx_ver=Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc:UTF-8&ctx_tim=2025-02-10T15%3A20%3A28IST&url_ver=Z39.88-2004&url_ctx_fmt=infofi/fmt:kev:mtx:ctx&rfr_id=info:sid/primo.exlibrisgroup.com:primo3-Article-crossref&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:journal&rft.genre=article&rft.atitle=floresta%20vista%20de%20cima:%20a%20categoriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20mundo%20na%20l%C3%ADngua%20dos%20Awa%20Guaj%C3%A1%20e%20na%20%E2%80%9Cl%C3%ADngua%E2%80%9D%20dos%20karawara&rft.jtitle=Revista%20Brasileira%20de%20Lingu%C3%ADstica%20Antropol%C3%B3gica&rft.au=Maria%20Silva%20Magalh%C3%A3es,%20Marina&rft.date=2023-12-19&rft.volume=15&rft.issn=2176-834X&rft.eissn=2317-1375&rft_id=info:doi/10.26512/rbla.v15i1.51951&rft_dat=%3Ccrossref%3E10_26512_rbla_v15i1_51951%3C/crossref%3E%3Curl%3E%3C/url%3E&disable_directlink=true&sfx.directlink=off&sfx.report_link=0&rft_id=info:oai/&rft_id=info:pmid/&rfr_iscdi=true