Por que a sociedade sambaquiana deve ser considerada como de meio termo?

Há duas décadas, estudos arqueobotânicos demonstram a importância das plantas em sambaquis, recentemente apontando para um regime de economia mista, com pesca e coleta associadas à horticultura. No entanto, pesca e consumo de proteína animal são considerados centrais nas esferas econômicas e sociais...

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Veröffentlicht in:Revista de arqueologia (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2022-09, Vol.35 (3), p.3-31
Hauptverfasser: Scheel-Ybert, Rita, Boyadjian, Célia, Capucho, Taís
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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container_title Revista de arqueologia (Rio de Janeiro, Brazil)
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creator Scheel-Ybert, Rita
Boyadjian, Célia
Capucho, Taís
description Há duas décadas, estudos arqueobotânicos demonstram a importância das plantas em sambaquis, recentemente apontando para um regime de economia mista, com pesca e coleta associadas à horticultura. No entanto, pesca e consumo de proteína animal são considerados centrais nas esferas econômicas e sociais dessas pessoas, enquanto o papel das plantas permanece subestimado. A relevância das plantas é demonstrada por vestígios botânicos que são menos conspícuos do que os faunísticos, mas não menos significativos. Assim, discutimos aqui a sociedade sambaquiana enquanto “sociedade de meio termo”, conceito que engloba uma enorme variedade de modos de vida que não se enquadram na concepção ultrapassada da dicotomia forrageadores versus agricultores e que foram muito mais comuns e duradouros ​​do que se costuma pensar.
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No entanto, pesca e consumo de proteína animal são considerados centrais nas esferas econômicas e sociais dessas pessoas, enquanto o papel das plantas permanece subestimado. A relevância das plantas é demonstrada por vestígios botânicos que são menos conspícuos do que os faunísticos, mas não menos significativos. Assim, discutimos aqui a sociedade sambaquiana enquanto “sociedade de meio termo”, conceito que engloba uma enorme variedade de modos de vida que não se enquadram na concepção ultrapassada da dicotomia forrageadores versus agricultores e que foram muito mais comuns e duradouros ​​do que se costuma pensar.</description><issn>0102-0420</issn><issn>1982-1999</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2022</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNotkE9LAzEUxIMouNRePecL7Po2f5q8k0hRKxT0oOflbfIWVtzGJm3Bb-9SncsMMzCHnxC3LTTKeG_vCvXNSdtRN4j2QlQtelW3iHgpKmhB1WAUXItlKZ8wCx2At5XYvKUs90eWJEsKI0eKLAtNPe2PI-1IRj7NBWcZ0q6MkTNFmvOU5kVOPCZ54Dyl-xtxNdBX4eW_L8TH0-P7elNvX59f1g_bOrSAh1oZ7XqM3jsbBtTBO6e1C96DGawG5VS00WBk7HvUK6KVY2NWnix4Jj3ohWj-fkNOpWQeuu88TpR_uha6M4puRtGdUXQzCv0LwwVRxw</recordid><startdate>20220930</startdate><enddate>20220930</enddate><creator>Scheel-Ybert, Rita</creator><creator>Boyadjian, Célia</creator><creator>Capucho, Taís</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope><orcidid>https://orcid.org/0000-0003-2010-7967</orcidid></search><sort><creationdate>20220930</creationdate><title>Por que a sociedade sambaquiana deve ser considerada como de meio termo?</title><author>Scheel-Ybert, Rita ; Boyadjian, Célia ; Capucho, Taís</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c109t-2437b9d8875cf93c877337c8804f530272d5d49de9bb936aa67e4468a508ea3f3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng ; por</language><creationdate>2022</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Scheel-Ybert, Rita</creatorcontrib><creatorcontrib>Boyadjian, Célia</creatorcontrib><creatorcontrib>Capucho, Taís</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Revista de arqueologia (Rio de Janeiro, Brazil)</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Scheel-Ybert, Rita</au><au>Boyadjian, Célia</au><au>Capucho, Taís</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Por que a sociedade sambaquiana deve ser considerada como de meio termo?</atitle><jtitle>Revista de arqueologia (Rio de Janeiro, Brazil)</jtitle><date>2022-09-30</date><risdate>2022</risdate><volume>35</volume><issue>3</issue><spage>3</spage><epage>31</epage><pages>3-31</pages><issn>0102-0420</issn><eissn>1982-1999</eissn><abstract>Há duas décadas, estudos arqueobotânicos demonstram a importância das plantas em sambaquis, recentemente apontando para um regime de economia mista, com pesca e coleta associadas à horticultura. 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