Etnografia na rodoviária: fluxos e trajetórias socias em um espaço cosmopolita
A proposta deste ensaio é pensar a rodoviária como um espaço de encontro cosmopolita, refletindo acerca das idéias de cosmopolitismo de Gustavo Lins Ribeiro, Ulf Hannerz e Marshall Sahlins. O cosmopolitismo é aqui estudado a partir de depoimentos de trabalhadores da rodoviária, que já passaram por u...
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Veröffentlicht in: | ILUMINURAS (Online) 2005-08, Vol.6 (13) |
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Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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description | A proposta deste ensaio é pensar a rodoviária como um espaço de encontro cosmopolita, refletindo acerca das idéias de cosmopolitismo de Gustavo Lins Ribeiro, Ulf Hannerz e Marshall Sahlins. O cosmopolitismo é aqui estudado a partir de depoimentos de trabalhadores da rodoviária, que já passaram por um processo migratório ou que são permanentemente atravessados por deslocamentos e portanto, por diferentes culturas, ethos e visões de mundo Pensar a rodoviária como um espaço cosmopolita requer uma abordagem singular da noção de cosmopolitismo, ou ainda requer explicitar o termo para tentar justificar sua utilização na etnografia de um espaço como a rodoviária. Ulf Hannerz (1990), em artigo sobre cosmopolitas e locais, menciona a mudança na concepção de cosmopolitismo ao longo de diferentes décadas, citando um estudo de Robert Merton em que este aponta na Segunda Guerra Mundial o sujeito cosmopolita como aquele que ultrapassava os limites da localidade na qual habitava, vivendo inserido em uma estrutura de nação. Hoje, segundo Hannerz, é a integração internacional que determina a universalidade. Uma cultura mundial é criada através de um entrelaçamento de culturas locais diversificadas, sem o apoio nítido de um território específico. Para o autor, a idéia de cosmopolitismo não está necessariamente e unicamente ligada ao deslocamento concreto, mas antes, a um estado mental, uma forma de administrar o significado que revela uma orientação e uma forma de se envolver com o Outro. |
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O cosmopolitismo é aqui estudado a partir de depoimentos de trabalhadores da rodoviária, que já passaram por um processo migratório ou que são permanentemente atravessados por deslocamentos e portanto, por diferentes culturas, ethos e visões de mundo Pensar a rodoviária como um espaço cosmopolita requer uma abordagem singular da noção de cosmopolitismo, ou ainda requer explicitar o termo para tentar justificar sua utilização na etnografia de um espaço como a rodoviária. Ulf Hannerz (1990), em artigo sobre cosmopolitas e locais, menciona a mudança na concepção de cosmopolitismo ao longo de diferentes décadas, citando um estudo de Robert Merton em que este aponta na Segunda Guerra Mundial o sujeito cosmopolita como aquele que ultrapassava os limites da localidade na qual habitava, vivendo inserido em uma estrutura de nação. Hoje, segundo Hannerz, é a integração internacional que determina a universalidade. 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Para o autor, a idéia de cosmopolitismo não está necessariamente e unicamente ligada ao deslocamento concreto, mas antes, a um estado mental, uma forma de administrar o significado que revela uma orientação e uma forma de se envolver com o Outro.</description><issn>1984-1191</issn><issn>1984-1191</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2005</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNpNkMtKAzEYhYMoWGrXbvMC0-baJO6k1AsUROg-_M1Fpsw0QzIVfRxXPoCPMC-moyKuzuFbHPgOQpeUzBkTcrmgRouKUkPnhhF1giZ_4PRfP0ezUvaEEKa0oEs9QY_r_pCeMsQa8AFwTj4918NbruEKx-b4kgoOuM-wD_3w8UULLsmNEVp8bHEoHQzvCbtU2tSlpu7hAp1FaEqY_eYUbW_W29VdtXm4vV9dbyqnqapAGOl3XisvGHNOBaO5iNyDZlp7T3wMTmpOBTOSq7CT0hlPBIMQuBDR8Cla_My6nErJIdou1y3kV0uJ_f7Ejtp21LbjJ_wTsmRWvg</recordid><startdate>20050801</startdate><enddate>20050801</enddate><creator>Eckert, Cornelia</creator><creator>Rechenberg, Fernanda</creator><creator>Rocha, Ana Luiza Carvalho da</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>20050801</creationdate><title>Etnografia na rodoviária: fluxos e trajetórias socias em um espaço cosmopolita</title><author>Eckert, Cornelia ; Rechenberg, Fernanda ; Rocha, Ana Luiza Carvalho da</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c817-a495dbd87d422cc7e9834f3da8288dd0dfec5831429537eb55c9d042aee344f93</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2005</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Eckert, Cornelia</creatorcontrib><creatorcontrib>Rechenberg, Fernanda</creatorcontrib><creatorcontrib>Rocha, Ana Luiza Carvalho da</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>ILUMINURAS (Online)</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Eckert, Cornelia</au><au>Rechenberg, Fernanda</au><au>Rocha, Ana Luiza Carvalho da</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Etnografia na rodoviária: fluxos e trajetórias socias em um espaço cosmopolita</atitle><jtitle>ILUMINURAS (Online)</jtitle><date>2005-08-01</date><risdate>2005</risdate><volume>6</volume><issue>13</issue><issn>1984-1191</issn><eissn>1984-1191</eissn><abstract>A proposta deste ensaio é pensar a rodoviária como um espaço de encontro cosmopolita, refletindo acerca das idéias de cosmopolitismo de Gustavo Lins Ribeiro, Ulf Hannerz e Marshall Sahlins. 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