Ensino fundamental de nove anos como política educacional: sobre o processo de implementação e alguns desdobramentos para crianças (d)e famílias de baixa renda
Este artigo reúne análises sobre concepções, indução e implementação de uma política educacional – o Ensino Fundamental de nove anos – que, na prática, traz como principal mudança o ajuste legal e a inserção de meninas e meninos de seis anos (e menos) num sistema escolar historicamente precarizado,...
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Veröffentlicht in: | Revista Pedagógica (Chapecó) 2013-07, Vol.14 (29), p.227 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Sponchiado, Justina Inês |
description | Este artigo reúne análises sobre concepções, indução e implementação de uma política educacional – o Ensino Fundamental de nove anos – que, na prática, traz como principal mudança o ajuste legal e a inserção de meninas e meninos de seis anos (e menos) num sistema escolar historicamente precarizado, sem que tivesse havido algum diálogo ou esforço de integração com a educação infantil e nem uma devida preparação para receber tais crianças. Sem exceções, os familiares entrevistados em pesquisa desenvolvida pela autora posicionam-se contrários à antecipação da idade de entrada no EF, falam de sofrimentos e dificuldades de suas crianças face às novas rotinas, e expressam preocupação com o atropelo seus ritmos – próprios da ainda pequena infância – , no processoensinoaprendizagem; e até mesmo com a saúde e segurança de suas crianças, posto que a escola reúne “grandes e pequenos” sem os cuidados elementares que notam demandar tal situação (pelo menos recreio e banheiros em separado e com fechaduras que funcionem; água filtrada, reivindicam). Relacionando tais dados gerados no contexto da pesquisa, com análises sobre formas de exclusão que ocorrem mesmo quando as crianças se mantém na escola, o presente artigo contribui para uma apreciação crítica da situação vivenciada pelas novas gerações decrianças filhas de trabalhadores de baixa renda – os que mais esperam e apostam na escola pública, como verificado no universo da pesquisa, pois que de fato não dispõem de outros modos de acesso ao conhecimento socialmente valorizado. |
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Sem exceções, os familiares entrevistados em pesquisa desenvolvida pela autora posicionam-se contrários à antecipação da idade de entrada no EF, falam de sofrimentos e dificuldades de suas crianças face às novas rotinas, e expressam preocupação com o atropelo seus ritmos – próprios da ainda pequena infância – , no processoensinoaprendizagem; e até mesmo com a saúde e segurança de suas crianças, posto que a escola reúne “grandes e pequenos” sem os cuidados elementares que notam demandar tal situação (pelo menos recreio e banheiros em separado e com fechaduras que funcionem; água filtrada, reivindicam). Relacionando tais dados gerados no contexto da pesquisa, com análises sobre formas de exclusão que ocorrem mesmo quando as crianças se mantém na escola, o presente artigo contribui para uma apreciação crítica da situação vivenciada pelas novas gerações decrianças filhas de trabalhadores de baixa renda – os que mais esperam e apostam na escola pública, como verificado no universo da pesquisa, pois que de fato não dispõem de outros modos de acesso ao conhecimento socialmente valorizado. </description><identifier>ISSN: 1415-8175</identifier><identifier>EISSN: 1984-1566</identifier><identifier>DOI: 10.22196/rp.v14i29.1452</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista Pedagógica (Chapecó), 2013-07, Vol.14 (29), p.227</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,864,27923,27924</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Sponchiado, Justina Inês</creatorcontrib><title>Ensino fundamental de nove anos como política educacional: sobre o processo de implementação e alguns desdobramentos para crianças (d)e famílias de baixa renda</title><title>Revista Pedagógica (Chapecó)</title><description>Este artigo reúne análises sobre concepções, indução e implementação de uma política educacional – o Ensino Fundamental de nove anos – que, na prática, traz como principal mudança o ajuste legal e a inserção de meninas e meninos de seis anos (e menos) num sistema escolar historicamente precarizado, sem que tivesse havido algum diálogo ou esforço de integração com a educação infantil e nem uma devida preparação para receber tais crianças. Sem exceções, os familiares entrevistados em pesquisa desenvolvida pela autora posicionam-se contrários à antecipação da idade de entrada no EF, falam de sofrimentos e dificuldades de suas crianças face às novas rotinas, e expressam preocupação com o atropelo seus ritmos – próprios da ainda pequena infância – , no processoensinoaprendizagem; e até mesmo com a saúde e segurança de suas crianças, posto que a escola reúne “grandes e pequenos” sem os cuidados elementares que notam demandar tal situação (pelo menos recreio e banheiros em separado e com fechaduras que funcionem; água filtrada, reivindicam). Relacionando tais dados gerados no contexto da pesquisa, com análises sobre formas de exclusão que ocorrem mesmo quando as crianças se mantém na escola, o presente artigo contribui para uma apreciação crítica da situação vivenciada pelas novas gerações decrianças filhas de trabalhadores de baixa renda – os que mais esperam e apostam na escola pública, como verificado no universo da pesquisa, pois que de fato não dispõem de outros modos de acesso ao conhecimento socialmente valorizado. </description><issn>1415-8175</issn><issn>1984-1566</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2013</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNqVkEtOwzAQhi0EEhV0zXaWsEgahyQkbFERB2BvTRwHWXI8kaet4DwgddVT5GI4gQt0NSP9jxl9QtzJLM1z2VSbMKYHWdi8SWVR5hdiJZu6SGRZVZdxL2SZ1PKpvBZrZttmWZOVsqjqlfjZeraeoN_7Dgfjd-igM-DpYAA9MWgaCEZy02lnNYLp9hq1JY_uGZjaYCDKgbRhpjlph9GZpWg6Tt8EscZ97D1HjbvoX47E3hEDgg4W_XREhvvuwUCPw3RyFmcztGg_EYKJf92Kqx4dm_X_vBGb1-37y1uiAzEH06sx2AHDl5KZWnioMKo_Hmrm8Xh-4hf2i3Bs</recordid><startdate>20130715</startdate><enddate>20130715</enddate><creator>Sponchiado, Justina Inês</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>20130715</creationdate><title>Ensino fundamental de nove anos como política educacional: sobre o processo de implementação e alguns desdobramentos para crianças (d)e famílias de baixa renda</title><author>Sponchiado, Justina Inês</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-crossref_primary_10_22196_rp_v14i29_14523</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2013</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Sponchiado, Justina Inês</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Revista Pedagógica (Chapecó)</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Sponchiado, Justina Inês</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Ensino fundamental de nove anos como política educacional: sobre o processo de implementação e alguns desdobramentos para crianças (d)e famílias de baixa renda</atitle><jtitle>Revista Pedagógica (Chapecó)</jtitle><date>2013-07-15</date><risdate>2013</risdate><volume>14</volume><issue>29</issue><spage>227</spage><pages>227-</pages><issn>1415-8175</issn><eissn>1984-1566</eissn><abstract>Este artigo reúne análises sobre concepções, indução e implementação de uma política educacional – o Ensino Fundamental de nove anos – que, na prática, traz como principal mudança o ajuste legal e a inserção de meninas e meninos de seis anos (e menos) num sistema escolar historicamente precarizado, sem que tivesse havido algum diálogo ou esforço de integração com a educação infantil e nem uma devida preparação para receber tais crianças. 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