Cartografia do cuidado em saúde mental no encontro entre agente comunitário de saúde e usuário
Resumo: O estudo mapeou parte da produção de cuidado em saúde mental que acontece no encontro entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e usuário na Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia utilizada foi a cartografia, fundamentada na esquizoanálise, teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Gu...
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Veröffentlicht in: | Physis (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2017-06, Vol.27 (2), p.277-295 |
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Hauptverfasser: | , , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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creator | Samudio, Jania Lurdes Pires Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa Brant, Letícia Carneiro Sampaio, Cristina |
description | Resumo: O estudo mapeou parte da produção de cuidado em saúde mental que acontece no encontro entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e usuário na Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia utilizada foi a cartografia, fundamentada na esquizoanálise, teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guattari, cujo interesse é mapear as linhas de força que conectam o objeto de estudo. Para a captura da produção de cuidado, realizaram-se grupos focais com ACS de equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Montes Claros-MG. Como resultado, verificam-se deslocamentos no cuidado dos ACS, quando, saindo das linhas duras “profissionais psi cuidam” e “cuidar sem se envolver”, são atravessados por linhas maleáveis e de fuga, “oferecer escuta” e “pensar sobre o encontro com o usuário”; contudo, há reterritorialização por nova linha dura: “escutar não basta”. Aponta-se a potencialidade do ACS no cuidado em saúde mental na APS: um trabalhador aberto à invenção de sua subjetividade e à Reforma Psiquiátrica. Para tal, são necessários agenciamentos que contribuam para novas formas de cuidado em seu território de trabalho, dando-lhes visibilidade e reconhecimento.
Abstract The study mapped part of the production of mental health care that happens in the meeting between Community Health Agent (ACS) and users in Primary Health Care (PHC). The methodology used was cartography, based on schizoanalysis, the philosophical theory of Gilles Deleuze and Felix Guattari, whose interest is to map the lines of force that connect the object of study. To capture care production, focus groups were conducted with ACS from the Family Health Strategy (ESF) teams of Montes Claros-MG, Brazil. As a result, there is dislocation in the care of ACS, when, leaving the hard lines "psi professionals care" and "care without getting involved," are crossed by malleable lines and escape, “offer listening” and “thinking about the encounter with users”. However, there is reterritorialization through a new hard line: "listening is not enough". The potential of ACS in mental health care in APS is pointed out: a worker open to the invention of his subjectivity and to the Psychiatric Reform. In order to do this, it is necessary to organize agencies that contribute to new forms of care in their territory, giving them visibility and recognition. |
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Abstract The study mapped part of the production of mental health care that happens in the meeting between Community Health Agent (ACS) and users in Primary Health Care (PHC). The methodology used was cartography, based on schizoanalysis, the philosophical theory of Gilles Deleuze and Felix Guattari, whose interest is to map the lines of force that connect the object of study. To capture care production, focus groups were conducted with ACS from the Family Health Strategy (ESF) teams of Montes Claros-MG, Brazil. As a result, there is dislocation in the care of ACS, when, leaving the hard lines "psi professionals care" and "care without getting involved," are crossed by malleable lines and escape, “offer listening” and “thinking about the encounter with users”. However, there is reterritorialization through a new hard line: "listening is not enough". The potential of ACS in mental health care in APS is pointed out: a worker open to the invention of his subjectivity and to the Psychiatric Reform. In order to do this, it is necessary to organize agencies that contribute to new forms of care in their territory, giving them visibility and recognition.</description><identifier>ISSN: 0103-7331</identifier><identifier>EISSN: 0103-7331</identifier><identifier>DOI: 10.1590/s0103-73312017000200006</identifier><language>eng</language><ispartof>Physis (Rio de Janeiro, Brazil), 2017-06, Vol.27 (2), p.277-295</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><citedby>FETCH-LOGICAL-c1026-800f6fda56535d9c80b0ab605f7706e0cbcfef0b444abf43881066d61ed9b7cf3</citedby><cites>FETCH-LOGICAL-c1026-800f6fda56535d9c80b0ab605f7706e0cbcfef0b444abf43881066d61ed9b7cf3</cites></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Samudio, Jania Lurdes Pires</creatorcontrib><creatorcontrib>Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa</creatorcontrib><creatorcontrib>Brant, Letícia Carneiro</creatorcontrib><creatorcontrib>Sampaio, Cristina</creatorcontrib><title>Cartografia do cuidado em saúde mental no encontro entre agente comunitário de saúde e usuário</title><title>Physis (Rio de Janeiro, Brazil)</title><description>Resumo: O estudo mapeou parte da produção de cuidado em saúde mental que acontece no encontro entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e usuário na Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia utilizada foi a cartografia, fundamentada na esquizoanálise, teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guattari, cujo interesse é mapear as linhas de força que conectam o objeto de estudo. Para a captura da produção de cuidado, realizaram-se grupos focais com ACS de equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Montes Claros-MG. Como resultado, verificam-se deslocamentos no cuidado dos ACS, quando, saindo das linhas duras “profissionais psi cuidam” e “cuidar sem se envolver”, são atravessados por linhas maleáveis e de fuga, “oferecer escuta” e “pensar sobre o encontro com o usuário”; contudo, há reterritorialização por nova linha dura: “escutar não basta”. Aponta-se a potencialidade do ACS no cuidado em saúde mental na APS: um trabalhador aberto à invenção de sua subjetividade e à Reforma Psiquiátrica. Para tal, são necessários agenciamentos que contribuam para novas formas de cuidado em seu território de trabalho, dando-lhes visibilidade e reconhecimento.
Abstract The study mapped part of the production of mental health care that happens in the meeting between Community Health Agent (ACS) and users in Primary Health Care (PHC). The methodology used was cartography, based on schizoanalysis, the philosophical theory of Gilles Deleuze and Felix Guattari, whose interest is to map the lines of force that connect the object of study. To capture care production, focus groups were conducted with ACS from the Family Health Strategy (ESF) teams of Montes Claros-MG, Brazil. As a result, there is dislocation in the care of ACS, when, leaving the hard lines "psi professionals care" and "care without getting involved," are crossed by malleable lines and escape, “offer listening” and “thinking about the encounter with users”. However, there is reterritorialization through a new hard line: "listening is not enough". The potential of ACS in mental health care in APS is pointed out: a worker open to the invention of his subjectivity and to the Psychiatric Reform. In order to do this, it is necessary to organize agencies that contribute to new forms of care in their territory, giving them visibility and recognition.</description><issn>0103-7331</issn><issn>0103-7331</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2017</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNplkE1OwzAQhS0EEqVwBnyBwDiO7WSJIn4qVWIDa2v8VwU1MbKTBcfhGmx7MdJSISQWo-_pzcxbPEKuGdww0cBtBga8UJyzEpgCgHIekCdk8bs4_aPPyUXObwBVKZlYENNiGuMmYeiQukjt1Dmc6XuacfflPO39MOKWDrM32DiMaS_G5CluZnpqYz8N3bj7TF2k8_3xzdMpTwfzkpwF3GZ_deSSvD7cv7RPxfr5cdXerQvLoJRFDRBkcCik4MI1tgYDaCSIoBRID9bY4AOYqqrQhIrXNQMpnWTeNUbZwJdE_eTaFHNOPuj31PWYPjQDva9KH6rS_6ri3y8IYDc</recordid><startdate>201706</startdate><enddate>201706</enddate><creator>Samudio, Jania Lurdes Pires</creator><creator>Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa</creator><creator>Brant, Letícia Carneiro</creator><creator>Sampaio, Cristina</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>201706</creationdate><title>Cartografia do cuidado em saúde mental no encontro entre agente comunitário de saúde e usuário</title><author>Samudio, Jania Lurdes Pires ; Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa ; Brant, Letícia Carneiro ; Sampaio, Cristina</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c1026-800f6fda56535d9c80b0ab605f7706e0cbcfef0b444abf43881066d61ed9b7cf3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2017</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Samudio, Jania Lurdes Pires</creatorcontrib><creatorcontrib>Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa</creatorcontrib><creatorcontrib>Brant, Letícia Carneiro</creatorcontrib><creatorcontrib>Sampaio, Cristina</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Physis (Rio de Janeiro, Brazil)</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Samudio, Jania Lurdes Pires</au><au>Martins, Ana Clara de Freitas Dias Costa</au><au>Brant, Letícia Carneiro</au><au>Sampaio, Cristina</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Cartografia do cuidado em saúde mental no encontro entre agente comunitário de saúde e usuário</atitle><jtitle>Physis (Rio de Janeiro, Brazil)</jtitle><date>2017-06</date><risdate>2017</risdate><volume>27</volume><issue>2</issue><spage>277</spage><epage>295</epage><pages>277-295</pages><issn>0103-7331</issn><eissn>0103-7331</eissn><abstract>Resumo: O estudo mapeou parte da produção de cuidado em saúde mental que acontece no encontro entre Agente Comunitário de Saúde (ACS) e usuário na Atenção Primária à Saúde (APS). A metodologia utilizada foi a cartografia, fundamentada na esquizoanálise, teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guattari, cujo interesse é mapear as linhas de força que conectam o objeto de estudo. Para a captura da produção de cuidado, realizaram-se grupos focais com ACS de equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) de Montes Claros-MG. Como resultado, verificam-se deslocamentos no cuidado dos ACS, quando, saindo das linhas duras “profissionais psi cuidam” e “cuidar sem se envolver”, são atravessados por linhas maleáveis e de fuga, “oferecer escuta” e “pensar sobre o encontro com o usuário”; contudo, há reterritorialização por nova linha dura: “escutar não basta”. Aponta-se a potencialidade do ACS no cuidado em saúde mental na APS: um trabalhador aberto à invenção de sua subjetividade e à Reforma Psiquiátrica. Para tal, são necessários agenciamentos que contribuam para novas formas de cuidado em seu território de trabalho, dando-lhes visibilidade e reconhecimento.
Abstract The study mapped part of the production of mental health care that happens in the meeting between Community Health Agent (ACS) and users in Primary Health Care (PHC). The methodology used was cartography, based on schizoanalysis, the philosophical theory of Gilles Deleuze and Felix Guattari, whose interest is to map the lines of force that connect the object of study. To capture care production, focus groups were conducted with ACS from the Family Health Strategy (ESF) teams of Montes Claros-MG, Brazil. As a result, there is dislocation in the care of ACS, when, leaving the hard lines "psi professionals care" and "care without getting involved," are crossed by malleable lines and escape, “offer listening” and “thinking about the encounter with users”. However, there is reterritorialization through a new hard line: "listening is not enough". The potential of ACS in mental health care in APS is pointed out: a worker open to the invention of his subjectivity and to the Psychiatric Reform. In order to do this, it is necessary to organize agencies that contribute to new forms of care in their territory, giving them visibility and recognition.</abstract><doi>10.1590/s0103-73312017000200006</doi><tpages>19</tpages></addata></record> |
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