Inovação em saúde mental sob a ótica de usuários de um movimento comunitário no nordeste do Brasil

Este estudo, oriundo da análise multidimensional sobre a categoria inovação no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (Fortaleza), cuja proposta é trabalhar dimensões subjetivas e psicossociais, objetiva interrogar se e como as experiências desenvolvidas se constituem efetivamente como...

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Veröffentlicht in:Ciência & saude coletiva 2012-03, Vol.17 (3), p.643-651
Hauptverfasser: Bosi, Maria Lúcia Magalhães, Carvalho, Liliane Brandão, Ximenes, Veronica Morais, Melo, Anna Karynne da Silva, Godoy, Maria Gabriela Curubeto
Format: Artikel
Sprache:eng
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creator Bosi, Maria Lúcia Magalhães
Carvalho, Liliane Brandão
Ximenes, Veronica Morais
Melo, Anna Karynne da Silva
Godoy, Maria Gabriela Curubeto
description Este estudo, oriundo da análise multidimensional sobre a categoria inovação no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (Fortaleza), cuja proposta é trabalhar dimensões subjetivas e psicossociais, objetiva interrogar se e como as experiências desenvolvidas se constituem efetivamente como práticas de cuidado inovadoras em saúde mental, na perspectiva dos usuários desse dispositivo. O percurso metodológico delineou-se na abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, em uma vertente crítico-interpretativa, empregando como técnicas, entrevistas em profundidade associadas a grupos focais. A categorização analítica das informações foi construída a partir de um modelo fundado nas dimensões constituintes da Reforma Psiquiátrica, abrangendo distintos planos: epistemológico, assistencial, jurídico-política e sociocultural. Os resultados revelam: ênfase no sujeito social doente, não mais na doença; acolhimento como fundamento propositivo das ações; co-produção de diálogos genuínos com múltiplos atores envolvidos; e construção da autonomia e fortalecimento do poder pessoal. Tais elementos evidenciam que as práticas de cuidado tecidas no cotidiano do Movimento implicam desconstrução com o modelo tradicional de atenção à saúde mental, potencializando novas formas de cidadania, desse modo, contribuindo para a desinstitucionalização. This study, originating from a multidimensional analysis on the innovation category in a Community Mental Health Movement of Bom Jardim (Fortaleza, Brazil) that examines subjective and psychosocial dimensions, seeks to examine to what extent the work developed by this movement is effectively an innovative model in mental healthcare from the perspective of users of this service. The methodology adopted was a qualitative case study method based on a critical-interpretive approach employing techniques such as in-depth interviews associated with focus groups. The categorization of the discursive material was conducted using a model based on the four main dimensions of psychiatric reform, namely conceptual, technical, legal and socio-cultural aspects. The results reveal the following: an emphasis on the individual rather than focusing on the sickness; care as the basis for purposeful actions; the co-production of genuine dialogue with multiple stakeholders, and the construction of autonomy emphasizing individual potential. In conclusion, it can be said that healthcare practices developed by the Movement involve deconstructing the
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O percurso metodológico delineou-se na abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, em uma vertente crítico-interpretativa, empregando como técnicas, entrevistas em profundidade associadas a grupos focais. A categorização analítica das informações foi construída a partir de um modelo fundado nas dimensões constituintes da Reforma Psiquiátrica, abrangendo distintos planos: epistemológico, assistencial, jurídico-política e sociocultural. Os resultados revelam: ênfase no sujeito social doente, não mais na doença; acolhimento como fundamento propositivo das ações; co-produção de diálogos genuínos com múltiplos atores envolvidos; e construção da autonomia e fortalecimento do poder pessoal. Tais elementos evidenciam que as práticas de cuidado tecidas no cotidiano do Movimento implicam desconstrução com o modelo tradicional de atenção à saúde mental, potencializando novas formas de cidadania, desse modo, contribuindo para a desinstitucionalização. This study, originating from a multidimensional analysis on the innovation category in a Community Mental Health Movement of Bom Jardim (Fortaleza, Brazil) that examines subjective and psychosocial dimensions, seeks to examine to what extent the work developed by this movement is effectively an innovative model in mental healthcare from the perspective of users of this service. The methodology adopted was a qualitative case study method based on a critical-interpretive approach employing techniques such as in-depth interviews associated with focus groups. The categorization of the discursive material was conducted using a model based on the four main dimensions of psychiatric reform, namely conceptual, technical, legal and socio-cultural aspects. The results reveal the following: an emphasis on the individual rather than focusing on the sickness; care as the basis for purposeful actions; the co-production of genuine dialogue with multiple stakeholders, and the construction of autonomy emphasizing individual potential. In conclusion, it can be said that healthcare practices developed by the Movement involve deconstructing the traditional model of mental healthcare, permitting new forms of citizenship, thereby contributing to deinstitutionalization.</description><identifier>ISSN: 1413-8123</identifier><identifier>EISSN: 1413-8123</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S1413-81232012000300010</identifier><language>eng</language><ispartof>Ciência &amp; saude coletiva, 2012-03, Vol.17 (3), p.643-651</ispartof><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><citedby>FETCH-LOGICAL-c1510-1d2adc1456c9434a21deb9d26a8b97b425c97f658eef418c6dca08cd8ebe138a3</citedby><cites>FETCH-LOGICAL-c1510-1d2adc1456c9434a21deb9d26a8b97b425c97f658eef418c6dca08cd8ebe138a3</cites></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,27923,27924</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</creatorcontrib><creatorcontrib>Carvalho, Liliane Brandão</creatorcontrib><creatorcontrib>Ximenes, Veronica Morais</creatorcontrib><creatorcontrib>Melo, Anna Karynne da Silva</creatorcontrib><creatorcontrib>Godoy, Maria Gabriela Curubeto</creatorcontrib><title>Inovação em saúde mental sob a ótica de usuários de um movimento comunitário no nordeste do Brasil</title><title>Ciência &amp; saude coletiva</title><description>Este estudo, oriundo da análise multidimensional sobre a categoria inovação no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (Fortaleza), cuja proposta é trabalhar dimensões subjetivas e psicossociais, objetiva interrogar se e como as experiências desenvolvidas se constituem efetivamente como práticas de cuidado inovadoras em saúde mental, na perspectiva dos usuários desse dispositivo. O percurso metodológico delineou-se na abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, em uma vertente crítico-interpretativa, empregando como técnicas, entrevistas em profundidade associadas a grupos focais. A categorização analítica das informações foi construída a partir de um modelo fundado nas dimensões constituintes da Reforma Psiquiátrica, abrangendo distintos planos: epistemológico, assistencial, jurídico-política e sociocultural. Os resultados revelam: ênfase no sujeito social doente, não mais na doença; acolhimento como fundamento propositivo das ações; co-produção de diálogos genuínos com múltiplos atores envolvidos; e construção da autonomia e fortalecimento do poder pessoal. Tais elementos evidenciam que as práticas de cuidado tecidas no cotidiano do Movimento implicam desconstrução com o modelo tradicional de atenção à saúde mental, potencializando novas formas de cidadania, desse modo, contribuindo para a desinstitucionalização. This study, originating from a multidimensional analysis on the innovation category in a Community Mental Health Movement of Bom Jardim (Fortaleza, Brazil) that examines subjective and psychosocial dimensions, seeks to examine to what extent the work developed by this movement is effectively an innovative model in mental healthcare from the perspective of users of this service. The methodology adopted was a qualitative case study method based on a critical-interpretive approach employing techniques such as in-depth interviews associated with focus groups. The categorization of the discursive material was conducted using a model based on the four main dimensions of psychiatric reform, namely conceptual, technical, legal and socio-cultural aspects. The results reveal the following: an emphasis on the individual rather than focusing on the sickness; care as the basis for purposeful actions; the co-production of genuine dialogue with multiple stakeholders, and the construction of autonomy emphasizing individual potential. In conclusion, it can be said that healthcare practices developed by the Movement involve deconstructing the traditional model of mental healthcare, permitting new forms of citizenship, thereby contributing to deinstitutionalization.</description><issn>1413-8123</issn><issn>1413-8123</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2012</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNplkM1KxDAUhYMoOI4-g3mBam6StulSB3UGBlyo63KbpBhpG0k6Az6OuPAB3LntizmtIoJwD_fnHO7iI-QU2BmkBTu_AwkiUcAFZ8AZY2InYHtk9mvs_5kPyVGMT4zxXEg-I4-rzm9xeB_ePLUtjTh8Gktb2_XY0OgrinT46J1Gujtv4mZ4Dc7HaWlp67dujHqqfbvpXD-5tBsrGBt7S42nlwGja47JQY1NtCc_fU4erq_uF8tkfXuzWlysEw0psAQMR6NBppkupJDIwdiqMDxDVRV5JXmqi7zOUmVtLUHpzGhkShtlKwtCoZiT_PuvDj7GYOvyObgWw0sJrByBlROw8h8w8QUbJmN4</recordid><startdate>201203</startdate><enddate>201203</enddate><creator>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</creator><creator>Carvalho, Liliane Brandão</creator><creator>Ximenes, Veronica Morais</creator><creator>Melo, Anna Karynne da Silva</creator><creator>Godoy, Maria Gabriela Curubeto</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope></search><sort><creationdate>201203</creationdate><title>Inovação em saúde mental sob a ótica de usuários de um movimento comunitário no nordeste do Brasil</title><author>Bosi, Maria Lúcia Magalhães ; Carvalho, Liliane Brandão ; Ximenes, Veronica Morais ; Melo, Anna Karynne da Silva ; Godoy, Maria Gabriela Curubeto</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c1510-1d2adc1456c9434a21deb9d26a8b97b425c97f658eef418c6dca08cd8ebe138a3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2012</creationdate><toplevel>peer_reviewed</toplevel><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</creatorcontrib><creatorcontrib>Carvalho, Liliane Brandão</creatorcontrib><creatorcontrib>Ximenes, Veronica Morais</creatorcontrib><creatorcontrib>Melo, Anna Karynne da Silva</creatorcontrib><creatorcontrib>Godoy, Maria Gabriela Curubeto</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Ciência &amp; saude coletiva</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Bosi, Maria Lúcia Magalhães</au><au>Carvalho, Liliane Brandão</au><au>Ximenes, Veronica Morais</au><au>Melo, Anna Karynne da Silva</au><au>Godoy, Maria Gabriela Curubeto</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Inovação em saúde mental sob a ótica de usuários de um movimento comunitário no nordeste do Brasil</atitle><jtitle>Ciência &amp; saude coletiva</jtitle><date>2012-03</date><risdate>2012</risdate><volume>17</volume><issue>3</issue><spage>643</spage><epage>651</epage><pages>643-651</pages><issn>1413-8123</issn><eissn>1413-8123</eissn><abstract>Este estudo, oriundo da análise multidimensional sobre a categoria inovação no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (Fortaleza), cuja proposta é trabalhar dimensões subjetivas e psicossociais, objetiva interrogar se e como as experiências desenvolvidas se constituem efetivamente como práticas de cuidado inovadoras em saúde mental, na perspectiva dos usuários desse dispositivo. O percurso metodológico delineou-se na abordagem qualitativa, na modalidade estudo de caso, em uma vertente crítico-interpretativa, empregando como técnicas, entrevistas em profundidade associadas a grupos focais. A categorização analítica das informações foi construída a partir de um modelo fundado nas dimensões constituintes da Reforma Psiquiátrica, abrangendo distintos planos: epistemológico, assistencial, jurídico-política e sociocultural. Os resultados revelam: ênfase no sujeito social doente, não mais na doença; acolhimento como fundamento propositivo das ações; co-produção de diálogos genuínos com múltiplos atores envolvidos; e construção da autonomia e fortalecimento do poder pessoal. Tais elementos evidenciam que as práticas de cuidado tecidas no cotidiano do Movimento implicam desconstrução com o modelo tradicional de atenção à saúde mental, potencializando novas formas de cidadania, desse modo, contribuindo para a desinstitucionalização. 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