Caracterização preliminar do comércio ilegal de animais silvestres na Feira Livre do Bairro da Liberdade, Manacapuru, Estado do Amazonas, Brasil

Sabe-se que a caça e a pesca fornecem a maior parte da proteína presente na dieta das populações amazônicas, e que com o subdesenvolvimento existente na maioria dessas comunidades a caça de subsistência geralmente passa a ser predatória, fomentando assim atividades ilegais de comércio de animais e s...

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Veröffentlicht in:Sitientibus. Série ciências biológicas 2010-12, Vol.10 (2), p.236-243
Hauptverfasser: Alves, Luiz Cláudio Pinto de Sá, Andriolo, Artur
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Sabe-se que a caça e a pesca fornecem a maior parte da proteína presente na dieta das populações amazônicas, e que com o subdesenvolvimento existente na maioria dessas comunidades a caça de subsistência geralmente passa a ser predatória, fomentando assim atividades ilegais de comércio de animais e seus produtos. O objetivo do presente estudo foi registrar e quantificar o comércio ilegal de animais silvestres na Feira Livre do Bairro da Liberdade, em Manacapuru, Estado do Amazonas. Para isso foi realizado nesse local um censo diário entre 20 e 22 de abril de 2009. No último dia de amostragem, após a realização do censo, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os proprietários dos três estandes onde a venda ilegal foi registrada. Durante os censos foram registradas a venda ilegal de cinco espécies de mamíferos, sendo elas o peixe-boi (Trichechus inunguis), a anta (Tapirus terrestris), o veado (Mazama sp.), a paca (Cuniculus paca) e a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), além de uma espécie de testudines (tracajá, Podocnemis unifilis) e uma de peixe ilegalmente comercializada na região (pirarucu, Arapaima gigas). Os entrevistados citaram diversos outros animais, sendo os mesmos comercializados mortos para serem geralmente utilizados como alimento (porcos-do-mato, cutias, macacos, tatus, tartarugas, jacarés, além de mutuns, jacus, papagaios e outras aves) e vivos (ariranha, Pteronura brasiliensis, papagaios e macacos). Os resultados apresentados neste estudo enfatizam a necessidade de uma maior fiscalização do comércio ilegal de animais silvestres na cidade de Manacapuru e região por agências ambientais do governo. É urgentemente necessário que seja implementado um programa de educação ambiental, que irá contribuir para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado na região.
ISSN:1519-6097
2238-4103
DOI:10.13102/scb7968