Reflexão sobre a formação do docente para a EJA

Este artigo tem como foco refletir sobre o papel da formação do docente para a educação de jovens e adultos (EJA) nas campanhas de alfabetização. Como a EJA se torna modalidade de ensino somente em 1996, por meio da LDB, a formação de professores para essa área não era prioridade. As companhas de al...

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Veröffentlicht in:Revista Teias 2024-05, Vol.25 (77), p.295-305
Hauptverfasser: Cicci Romero, Márcia, dos Santos, Sônia Maria
Format: Artikel
Sprache:eng
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description Este artigo tem como foco refletir sobre o papel da formação do docente para a educação de jovens e adultos (EJA) nas campanhas de alfabetização. Como a EJA se torna modalidade de ensino somente em 1996, por meio da LDB, a formação de professores para essa área não era prioridade. As companhas de alfabetização no Brasil tiveram seu início na década de 1940 e mesmo nas décadas posteriores, muitos governantes, continuaram a acreditar que o Brasil poderia erradicar o analfabetismo por meio de campanhas e programas de alfabetização. Segundo as referências documentais e bibliográficas que nos subsidiaram, a campanha mais cara e com pouco sucesso, foi o MOBRAL, que durou aproximadamente dez anos. Em seguida tivemos a Fundação Educar. Nos anos 1990 tivemos surgiram vários programas para erradicação do analfabetismo nos municípios brasileiros, o mais estudado foi o Programa Alfabetização Solidária, que tinha muita semelhança com as campanhas anteriores. A campanha mais recente foi a Brasil Alfabetizado, que não evoluiu nada em relação aos docentes e as concepções de leitura e escrita. Para esses programas e campanhas qualquer ser humano pode alfabetizar, não havendo necessidade de habilitação em nenhuma licenciatura. Nossos resultados apontaram que apesar de ter existido várias campanhas e programas de alfabetização na história da educação de jovens e adultos, podemos afirmar que não houve preocupação com a formação inicial e continuada dos professores de EJA, e esta quando se dava, acontecia de forma rasa, para ensinar pessoas leigas e estudantes da graduação para atuar nos projetos.
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Como a EJA se torna modalidade de ensino somente em 1996, por meio da LDB, a formação de professores para essa área não era prioridade. As companhas de alfabetização no Brasil tiveram seu início na década de 1940 e mesmo nas décadas posteriores, muitos governantes, continuaram a acreditar que o Brasil poderia erradicar o analfabetismo por meio de campanhas e programas de alfabetização. Segundo as referências documentais e bibliográficas que nos subsidiaram, a campanha mais cara e com pouco sucesso, foi o MOBRAL, que durou aproximadamente dez anos. Em seguida tivemos a Fundação Educar. Nos anos 1990 tivemos surgiram vários programas para erradicação do analfabetismo nos municípios brasileiros, o mais estudado foi o Programa Alfabetização Solidária, que tinha muita semelhança com as campanhas anteriores. A campanha mais recente foi a Brasil Alfabetizado, que não evoluiu nada em relação aos docentes e as concepções de leitura e escrita. Para esses programas e campanhas qualquer ser humano pode alfabetizar, não havendo necessidade de habilitação em nenhuma licenciatura. Nossos resultados apontaram que apesar de ter existido várias campanhas e programas de alfabetização na história da educação de jovens e adultos, podemos afirmar que não houve preocupação com a formação inicial e continuada dos professores de EJA, e esta quando se dava, acontecia de forma rasa, para ensinar pessoas leigas e estudantes da graduação para atuar nos projetos.</description><identifier>ISSN: 1518-5370</identifier><identifier>EISSN: 1982-0305</identifier><identifier>DOI: 10.12957/teias.2024.82305</identifier><language>eng</language><ispartof>Revista Teias, 2024-05, Vol.25 (77), p.295-305</ispartof><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed><orcidid>0000-0002-0993-389X ; 0000-0002-7217-1576</orcidid></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>314,780,784,27915,27916</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Cicci Romero, Márcia</creatorcontrib><creatorcontrib>dos Santos, Sônia Maria</creatorcontrib><title>Reflexão sobre a formação do docente para a EJA</title><title>Revista Teias</title><description>Este artigo tem como foco refletir sobre o papel da formação do docente para a educação de jovens e adultos (EJA) nas campanhas de alfabetização. Como a EJA se torna modalidade de ensino somente em 1996, por meio da LDB, a formação de professores para essa área não era prioridade. As companhas de alfabetização no Brasil tiveram seu início na década de 1940 e mesmo nas décadas posteriores, muitos governantes, continuaram a acreditar que o Brasil poderia erradicar o analfabetismo por meio de campanhas e programas de alfabetização. Segundo as referências documentais e bibliográficas que nos subsidiaram, a campanha mais cara e com pouco sucesso, foi o MOBRAL, que durou aproximadamente dez anos. Em seguida tivemos a Fundação Educar. Nos anos 1990 tivemos surgiram vários programas para erradicação do analfabetismo nos municípios brasileiros, o mais estudado foi o Programa Alfabetização Solidária, que tinha muita semelhança com as campanhas anteriores. A campanha mais recente foi a Brasil Alfabetizado, que não evoluiu nada em relação aos docentes e as concepções de leitura e escrita. Para esses programas e campanhas qualquer ser humano pode alfabetizar, não havendo necessidade de habilitação em nenhuma licenciatura. Nossos resultados apontaram que apesar de ter existido várias campanhas e programas de alfabetização na história da educação de jovens e adultos, podemos afirmar que não houve preocupação com a formação inicial e continuada dos professores de EJA, e esta quando se dava, acontecia de forma rasa, para ensinar pessoas leigas e estudantes da graduação para atuar nos projetos.</description><issn>1518-5370</issn><issn>1982-0305</issn><fulltext>true</fulltext><rsrctype>article</rsrctype><creationdate>2024</creationdate><recordtype>article</recordtype><recordid>eNotj01KA0EUhBtRMMQcwN1coMfX_93LEOIfAUGyb970DwwkTujOQs_jwoPkYs6MwoMqquBRHyH3DFrGnTIP59RjbTlw2VouQF2RBXOWUxj99egVs1QJA7dkVWvfgZLOca3kgvD3lA_p8_I9NHXoSmqwyUM54uVniuJ0IX2cU3PCgmO5fV3fkZuMh5pW_7ok-8ftfvNMd29PL5v1jgarFNWgRQQVhYjTxg6tsVGCU8icENk4oblkMK50LnBARG6Y0SYbCGgDiiVhf29DGWotKftT6Y9YvjwDP2P7GdtP2H7GFr_0yEsg</recordid><startdate>20240523</startdate><enddate>20240523</enddate><creator>Cicci Romero, Márcia</creator><creator>dos Santos, Sônia Maria</creator><scope>AAYXX</scope><scope>CITATION</scope><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-0993-389X</orcidid><orcidid>https://orcid.org/0000-0002-7217-1576</orcidid></search><sort><creationdate>20240523</creationdate><title>Reflexão sobre a formação do docente para a EJA</title><author>Cicci Romero, Márcia ; dos Santos, Sônia Maria</author></sort><facets><frbrtype>5</frbrtype><frbrgroupid>cdi_FETCH-LOGICAL-c855-6063d05d33d1295ba878d4095a1933f7936241098299c20aaa271767f70ca8ca3</frbrgroupid><rsrctype>articles</rsrctype><prefilter>articles</prefilter><language>eng</language><creationdate>2024</creationdate><toplevel>online_resources</toplevel><creatorcontrib>Cicci Romero, Márcia</creatorcontrib><creatorcontrib>dos Santos, Sônia Maria</creatorcontrib><collection>CrossRef</collection><jtitle>Revista Teias</jtitle></facets><delivery><delcategory>Remote Search Resource</delcategory><fulltext>fulltext</fulltext></delivery><addata><au>Cicci Romero, Márcia</au><au>dos Santos, Sônia Maria</au><format>journal</format><genre>article</genre><ristype>JOUR</ristype><atitle>Reflexão sobre a formação do docente para a EJA</atitle><jtitle>Revista Teias</jtitle><date>2024-05-23</date><risdate>2024</risdate><volume>25</volume><issue>77</issue><spage>295</spage><epage>305</epage><pages>295-305</pages><issn>1518-5370</issn><eissn>1982-0305</eissn><abstract>Este artigo tem como foco refletir sobre o papel da formação do docente para a educação de jovens e adultos (EJA) nas campanhas de alfabetização. 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